Murilo Rubião
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Murilo Eugênio Rubião (Carmo de Minas, 1º de junho de 1916 — Belo Horizonte, 1991) foi um jornalista e escritor brasileiro.
É autor de diversos contos que trazem como marca principal situações inexplicáveis, surreais, características do chamado realismo fantástico. Nos contos de Murilo Rubião, tais situações servem de metáfora aos absurdos e aos dramas da existência humana.
Murilo Rubião iniciou seus estudos em Conceição do Rio Verde, Minas Gerais, concluindo-os na Faculdade de Direito em Belo Horizonte, onde se formou em 1942. Foi professor, redator da Folha de Minas, diretor de jornal e também da Rádio Inconfidência de Belo Horizonte. Chegou a ocupar a chefia de gabinete de Juscelino Kubitschek quando este foi governador de Minas Gerais. Atuou entre 1956 e 1961 na Embaixada do Brasil na Espanha.
Sua personalidade era caracterizada não apenas pela timidez e cerimônia, mas também por não ser adepto de qualquer crença religiosa. Escritor meticuloso, costumava reelaborar seus contos mesmo depois de publicados, chegando a alterar o final de algumas histórias e até mesmo seu título, conforme comentários do editor da coletânea Contos reunidos.
Seu primeiro livro de contos, O ex-mágico, foi publicado em 1947. Murilo Rubião publicou em vida apenas 32 contos. Após a sua morte, um conto que permanecia inédito (A diáspora) foi publicado num livro que reuniu toda a sua obra, Contos reunidos. Os principais contos de Murilo Rubião foram traduzidos para o inglês, o alemão e o espanhol. Alguns foram adaptados para o teatro e também para o cinema.
Apesar de sua obra ser muito pouco extensa, Murilo Rubião é considerado o maior autor de realismo fantástico no Brasil.
[editar] Obras do autor
- O ex-mágico (1947);
- A estrela vermelha (1953);
- Os dragões e outros contos (1965);
- O pirotécnico Zacarias (1974);
- O convidado (1974);
- A casa do girassol vermelho (1978);
- O homem do boné cinzento e outras histórias (1990).