Mario Schmidt
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Mario Schmidt é um professor e historiador do Brasil, conhecido principalmente por sua série de livros Nova História Crítica, feita para o ensino escolar.
[editar] Críticas
A imparcialidade de Mario Schmidt está sendo questionada em seus livros; ele expressa sua opinião claramente na maioria dos capítulos, num modo semelhante a uma doutrinação, o que chegou a gerar acusações de anti-semitismo. Exemplos são:
- O capítulo sobre o Egito antigo: afirma que a existência do Egito é uma "bofetada nos racistas", que, segundo ele, acreditariam que os negros não têm a capacidade de construir nenhuma grande civilização; em seguida, afirma que os egípcios, por estarem na África, eram negros, ignorando a conexão geográfica e cultural deste povo com o Oriente Médio e as imagens no próprio livro que mostram os egípcios com pele clara.
- No livro destinado à 7ª série, deixa clara sua opinião sociológica ao questionar a teoria de que algumas pessoas evoluem financeiramente por suas habilidades, utilizando-se da pergunta retórica: "Será que Einstein criaria a teoria da relatividade se fosse menino de rua?", sem mencionar que provavelmente nenhum menino de rua jamais criaria essa teoria, mesmo com uma boa educação.
- No final de cada capítulo, há uma seção de nome "Reflexões Críticas", composta de inúmeras perguntas para discussão; tais perguntas evidentemente refletem a ideologia do autor, com parcialidade explícita.
- Também no fim dos capítulos, é utilizado um testo cujo propósito seria permitir que o aluno visse outros pontos de vista; no entanto, na maioria das vezes, o texto concorda com as opiniões apresentadas pelo autor, ao invés de apresentar uma versão diferente.
- Na hora de definir os termos esquerda e direita no contexto político, o autor claramente favorece a esquerda, definindo-a como o lado dos que querem reduzir as desigualdades sociais e afirmando que ser de direita significa achar que "as desigualdades sociais são bons para todos", distorcendo a realidade e ignorando importantes diferenças entre a direita e a esquerda, como em assuntos como o aborto.
- No capítulo da dominação espanhola sobre o México, coloca os astecas sempre como vítimas, mostrando imagens de uma festa, afirmando que os espanhóis foram gentilmente convidados e aproveitaram-se da oportunidade para massacrar a civilização da região, sem informar que a festa era na verdade um ritual de antropofagia onde os espanhóis seriam as vítimas.
- Nos capítulos seguintes sobre os indígenas das Américas, sempre coloca os indíos como vítimas, enfatizando que as sociedades indígenas tinham paz e desigualdade social, omitindo as constantes guerras tribais. Em resposta à opinião de algumas pessoas que o canibalismo indígena era absurdo, usa uma retórica que induz o leitor a acreditar que as guerras européias eram piores que a antropofagia (novamente omitindo as guerras indígenas). Também dá pouca ênfase às matanças que ocorriam no Império Asteca e conclui com a retórica "em qual sociedade você preferiria viver?" [A européia ou a indígena?].
- Ocasionalmente apresenta opiniões anacronistas, como, por exemplo, quando condena as conquistas e brutalidades dos países europeus, dando a entender que a Europa era a única região do mundo onde estes eventos ocorriam. Cita o eurocentrismo como um absurdo, mas, no livro da quinta série, ao citar que China, no idioma local, significava "Império do Centro", diz que isso é a "coisa mais normal, não é mesmo?", pois segundo ele todos os povos se acham os mais importantes (o que mostra uma doutrinação de ódio à Europa).
- O autor tem o hábito de colocar a culpa de tudo nos Estados Unidos, como por exemplo no capítulo da Primeira Guerra Mundial, onde critica os americanos em qualquer oportunidade: critica-os por não entrarem na guerra, dizendo que lucravam com isso de maneira anti-ética; em seguida critica a preocupação americana com a guerra e a hipótese de interferirem; e em seguida critica os americanos por entrarem no conflito, dizendo que isso gerou desequilíbrio. Deste modo, os americanos são criticados por não entrarem na guerra e em seguida por entrarem, o que os deixa em situação delicada, pois em teoria qualquer coisa que fizessem seria "errada".