Luís da Câmara Cascudo
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Luís da Câmara Cascudo (Natal, 30 de dezembro de 1898 - Natal, 30 de julho de 1986) foi um historiador, folclorista, antropólogo, advogado e jornalista brasileiro.
Passou toda a sua vida em Natal e dedicou-se ao estudo da cultura brasileira. Foi professor da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. O Instituto de Antropologia desta universidade tem seu nome. Pesquisador das manifestações culturais brasileiras, deixou uma extensa obra, inclusive o Dicionário do Folclore Brasileiro (1952). Entre seus muitos títulos destacam-se: Alma patrícia (1921), obra de estréia, Contos tradicionais do Brasil (1946). Estudioso do período das invasões holandesas, publicou Geografia do Brasil holandês (1956). Suas memórias, O tempo e eu (1971) foram editadas postumamente. Quase chegou a ser demitido por estudar figuras folclóricas como o lobisomem.
[editar] Posições políticas
Durante a década de 1930, em combate e contraponto à influência marxista que viria a desaguar na Revolução Comunista de 1935, quando Natal foi palco e sede do primeiro governo marxista da América Latina, Cascudo aderiu ao integralismo brasileiro e foi membro destacado e Chefe Regional da Ação Integralista Brasileira - AIB, o partido político nacionalista de maior projeção que existiu no Brasil até hoje, exercendo enorme influência com a sua doutrina na elite intelectual potiguar. Fiel ao seu pensamento anti-marxista, apoiou o contra-golpe de 1964 que instaurou uma ditadura militar no Brasil que anulou a Constituição e suprimiu temporariamente as liberdades democráticas, num dos períodos mais conturbados da história brasileira.