Lisímaco
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Lisímaco (c. 360 a.C.-281 a.C.) foi um oficial grego tessalônico e "sucessor" de Alexandre, sendo depois rei (306 a.C. na Trácia e Ásia Menor.
Filho de Agátocles, era cidadão de Pella na Macedônia. Durante as campahas de Alexandre contra o Império Persa ele era um dos seus guarda-costas imediatos, distinguindo-se dos demais na Índia. Após a morte de Alexandre (323 a.C.) ele foi indicado para governar a Trácia e a Chersonésia. Por um longo período ele esteve principalmente ocupado em lutar contra o rei odrisiano Seuthes III.
Em 315 a.C. ele uniu Cassandro, Ptolomeu e Seleuco contra Antígono, que, contudo, desviou sua atenção por provocar as tribos cítias e trácias contra ele. Em 309 a.C. ele fundou Lisimáquia numa localização privilegiada no istmo que liga a Chesonésia ao continente. Ele seguiu o exemplo de Antígono e tomou para si o título de rei. Em 302 a.C. quando a segunda aliança entre Cassandro, Ptolomeu e Seleuco foi feita, Lisímaco, reforçado pelas tropas de Cassandro, penetrou na Ásia Menor encontrando uma pequena resistência. AO se aproximar Antígono, ele se retirou para residência de inverno próximo a Heráclea Pôntica, casando-se com a rainha viúva Amastris, uma princesa persa. Seleuco se uniu a ele em 301 a.C., e na Batalha de Ipsus Antígono foi derrotado e morto. Seus domínios foram divididos entre os vencedores, com Lisímaco recebendo grande parte da Ásia Menor.
Sentindo que Seleuco havia se tornado perigosamente poderoso, Lisímaco agora se aliou a Ptolomeu, casando-se sua filha Arsínoe II do Egito. Amastris, que havia se divorciado dele, retornou a Heráclea. Quando o filho de Antígono Demétrio I da Macedônia renovou as hostilidades (279 a.C.) durante sua ausência da Grécia, Lisímaco atacou suas cidades na Ásia Menor, mas em 294 a.C. selaram a paz segundo a qual Demétrio foi reconhecido como governante da Macedônia. Ele tentou levar o seu poder além do Danúbio, mas foi derrotado e feito prisioneiro pelo rei getae Dromichaetes, que em seguida, o libertou sob termos amigáveis. Demétrio em seguida ameaçou a Trácia, mas se retirou em conseqüência de um levante na Beócia e de um ataque de Pirro de Épiro.
Em 288 a.C. Lisímaco e em seguida Pirro invadiram a Macedônia, e expulsaram Demétrio do país. A Pirro foi permitido permanecer de posse da Macedônia com o título de rei, mas em 285 a.C. ele foi expulso por Lisímaco.
Problemas domésticos amarguraram os últimos anos da vida de Lisímaco. Amastris foi assassinada por seus dois filhos; Lisímaco os condenou à morte. Em seu retorno Arsínoe lhe pediu como presente Heráclea, o que ele concedeu, apesar de ele ter prometido libertar a cidade. Em 284 a.C. Arsínoe, desejosa em conquistar a sucessão para seus filhos em detrimento de Agátocles (o primogênito de Lisímaco), fazendo intrigas contra ele com a ajuda de seu irmão Ptolomeu Cerauno; eles o acusaram de conspirar com Seleuco para tomar o trono, sendo então condenado a morte.
Esse feito atroz de Lisímaco causou grande indignação. Muitas das cidades da Ásia Menor se revoltaram, e seus amigos de confiança desertaram. A viúva de Agátocles fugiu para Seleuco, que por sua vez invadiu os territórios de Lisímaco na Ásia. Em 281 a.C., Lisímaco cruzou o Helesponto entrando na Lídia, e na decisiva Batalha de Corupédio ele foi morto. Após alguns dias seu corpo, vigiado por um dedicado cão, foi encontrado no campo de batalha, e entregue a seu filho Alexandre, que o sepultou em Lisimáquia.