Linhas de trem da Supervia

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A malha ferroviária urbana de passageiros da Região Metropolitana do Rio de Janeiro, administrada pela concessionária Supervia e pela empresa estatal Central possui diversos ramais, ou linhas, que são descritas em mais detalhes neste artigo.

[editar] Linhas da antiga Estrada de Ferro Central do Brasil tendo como concessionária a Supervia, exceto o Ramal de Barrinha

[editar] Ramal Deodoro(22,050 km de extensão)

O trecho mais adensado do sistema fica entre a Central do Brasil e o bairro de Deodoro, na entrada da Zona Oeste da cidade, passando por vários bairros importantes da Zona Norte, com destaque para Praça da Bandeira, São Cristóvão, Maracanã, Méier, Engenho de Dentro, Cascadura, Madureira e Marechal Hermes.

O percurso é de cerca de 40 minutos e é conhecido como "Parador". Algumas de suas estações principais, como São Francisco Xavier, Méier e Madureira ganharam escadas rolantes recentemente, além da modernização de outras, como Cascadura, Piedade e Quintino. O serviço possui freqüência e qualidade equiparável com o metrô, excetuando-se algumas carências específicas, como a modernização da Estação São Cristóvão e a implementação de ar-condicionado em todas as TUEs.

No ano de 2006, após mais de 2 décadas sem nenhuma aquisição de frota, começaram a circular novos trens fabricados na Coréia. Serão um total de 20 TUEs que estarão em operação até meados de 2007, para o Rio 2007. O Ramal liga duas das principais praças de eventos dos Jogos Pan-Americanos, o Estádio João Havelange, em construção no Engenho de Dentro, e o Estádio do Maracanã.

Possui integração com linhas de ônibus para toda a cidade partindo das estações de Méier, Cascadura, Madureira, Marechal Hermes e Deodoro, feita exclusivamente através do Rio-Card. A partir da Central, uma linha circular integra todo o Centro, sem tarifa adicional. Para a Central existem linhas de ônibus com integração para os bairros do Catumbi e do Rio Comprido.

Por otimização operacional, a Supervia optou preferencialmente pelo serviço booster na linha paradora, partindo de Bangu e Campo Grande, o que reforçam a oferta no Ramal de Santa Cruz. A lógica principal está na grande demanda especialmente entre a Zona Norte e a Zona Oeste, especialmente na ligação entre os bairros do Méier, Madureira, Realengo, Padre Miguel, Bangu e Campo Grande. Com isso, consegue-se melhor aproveitamento nesse serviço, diferenciando-se na característica predominante das viagens que em geral estão em ligações bairro-centro e centro-bairro.

No horário de maior movimento, o intervalo de partidas de trens paradores é na faixa de 6 a 8 minutos. Para as estações de transferência, aonde se pode incluir o atendimento também pelos trens semi-diretos, o intervalo médio é na faixa de apenas 3 minutos. Considerando os 2 sentidos, estações como Madureira ou Engenho de Dentro recebem cerca de 40 paradas de trens em suas plataformas no horário de pico. Já no trecho entre as estações da Central do Brasil e de São Cristóvão, que movimentam os trens de todos os ramais, a cada minuto em média circula um trem por uma de suas 6 linhas, no horário de pico.

[editar] Ramal de Santa Cruz(54,775 km de extensão)

Atravessa diversos bairros da Zona Oeste, desde Deodoro até Santa Cruz. Suas primeiras estações atendem ao enorme complexo militar que vai de Deodoro a Realengo, e depois atinge regiões periféricas da cidade com alto adensamento e reduzidos índices de desenvolvimento humano (IDH), ainda passando por importantes pólos da região como Bangu e Campo Grande.

Liga o Centro da Cidade até a Zona Oeste, 54 quilômetros distante, em uma velocidade média de 40 km/h. Existe duas modalidades de serviço atualmente: o semi-direto e o parador. O serviço semi-direto(ou rápido) para apenas nas estações de transferência dentro da Zona Norte. Quando chega-se à Zona Oeste para-se em todas as estações. Já o serviço parador para em todas as estações da linha, e nas estações do Ramal de Deodoro.

O serviço semi-expresso(ou direto) ocorre apenas entre as estações de Santa Cruz e a estação Central do Brasil. O serviço parador ocorre entre as estações de Deodoro e Central do Brasil, Bangu e Central do Brasil e Campo Grande e Central do Brasil, além de ocorrer nos horários de menor movimento, como domingos, feriados e últimas partidas.

Há serviços de integração com ônibus (exclusivamente através do Rio-Card) para toda a periferia da Zona Oeste, através de integrações nas estações de Bangu, Campo Grande e Santa Cruz. Essa integração resultou numa melhoria na qualidade do transporte de diversos bairros da Zona Oeste, antes limitados pela opção de ônibus pela Av. Brasil, que em horários de maior movimento podem representar economia em mais de 1 hora no tempo de viagem. Este Ramal possui enorme potencial de expansão pois é uma região que ainda possui grande crescimento populacional e suas demandas principais de transporte para a Baixada Fluminense, Zona Norte e Centro estão bem atendidas pelo trem.

O semi-direto para Santa Cruz possui intervalo médio de 12 minutos no horário de maior movimento. Os trens paradores para Campo Grande e Bangu partem alternadamente a cada 12 minutos, nesse mesmo horário. Com isso, uma vez que os horários são harmoniosamente distribuídos, dentro do ramal circula um trem a cada 6 minutos, por sentido.

Veja os intervalos atuais do ramal Semi-expresso de Santa Cruz.

[editar] Ramal de Japeri(km 61,749 de extensão)

Começa na Central do Brasil e acaba em Japeri, estação que em que se pode fazer transferência para embarcar no trem para Paracambi.

Em função da vantagem comparativa em termos de tarifa, é o ramal que possui maior demanda atual, especialmente nas ligações da Baixada Fluminense com a Zona Norte, a Zona Oeste e o Centro da Cidade do Rio de Janeiro. É enorme a demanda entre as 5 últimas estações deste ramal e a Central do Brasil, representando uma significativa porção de viagens do total do sistema. Da mesma maneira que são os trechos onde as passagens de ônibus com destino ao Centro do Rio são mais que o dobro da tarifa dos trens, são as áreas com menor IDH de todo o estado do Rio de Janeiro, segundo dados da Fundação CIDE.

Com isso, as partidas nesse trecho são alternadas entre as que atravessam todo o ramal, a partir de Japeri, com outras que partem/destinam-se a Nova Iguaçu ou a Queimados (esta última, apenas no pico da manhã e em horários de menor movimento em dias de semana). Esse planejamento permitiu melhor atendimento da demanda das demais estações do ramal, especialmente a Nova Iguaçu.

Todos os trens do Ramal de Japeri circulam no trecho do Ramal de Deodoro como semi-diretos, da mesma maneira que os semi-diretos do Ramal Santa Cruz. Há 2 partidas diárias extras da Estação Engenho de Dentro para Queimados, no horário de pico da tarde, de forma a oferecer maior conforto em horários críticos, atendendo a demanda do deslocamento entre a Zona Norte e a Baixada Fluminense, em especial.

A novidade para 2007 é que está prevista a entrada em operação de uma linha entre Nilópolis e a Central do Brasil, assim que todos os trens vindos da Coréia do Sul estejam disponíveis. Essa linha seria paradora, e melhoraria o atendimento para os bairros de Ancheita e Ricardo de Albuquerque e para o município de Nilópolis, que possui demanda reprimida em função da oferta atual. A Supervia também está reconstruindo a antiga Estação Silva Freire, que será rebatizada de "Méier 2" e atenderá os Ramais de Santa Cruz e Japeri, a 250 metros da estação do Méier. Essa estação permitirá o acesso direto do bairro para a Baixada Fluminense, resolvendo um problema de saturação do trecho do trem parador entre Méier e Engenho de Dentro e permitindo maior conforto aos usuários e melhor programação dos trens.

O intervalo médio no horário de pico na linha Japeri - Central é de 12 minutos, e as partidas de Nova Iguaçu e Queimados (pico da manhã) ocorrem alternadamente, a cada 15 minutos, e no pico da tarde as partidas para Nova Iguaçu são a cada 30 minutos.

Veja as estações durante o trajeto, o mais longo de todas as linhas de trem da Supervia e que possui o maior tempo em aceleração contínua (entre Engenheiro Pedreira e Japeri + 5/7 minutos de aceleração, segundo informações com velocidades acima de 80 km/h). Veja a listagem de estações:

[editar] Ramal de Belford Roxo

Começa na Central e acaba em Belford Roxo, passando ainda por São João de Meriti, na Baixada Fluminense. Usa a anteriormente chamada linha Auxiliar, da Estrada de Ferro Central do Brasil. Possui um serviço parador, que pára em todas as estações e o EXPRESSO, que pára em apenas 8 estações.

O Ramal ainda possui a Estação Wal-Mart, entre as estações de Del Castilho e Pilares, que foi construída a cerca de 5 anos. Essa estação, além do acesso a este hipermercado, serve para o acesso ao Norte Shopping, dada a proximidade. Infelizmente, parece que nunca entrou efetivamente em operação.

Recentemente, a Supervia possibilitou, através do uso do Rio-Card. a integração tarifária sem custo adicional entre as estações Mercadão de Madureira e Madureira (Ramal de Deodoro), facilitando a integração entre a Baixada Fluminense e a Zona Oeste da cidade, principalmente. A linha faz integração com o metrô na Pavuna, Triagem, São Cristóvão e Central, e com ônibus na estação Mercadão de Madureira (essa última apenas com o Rio-Card).

Os trens circulam com intervalos de 20 minutos em média nos horários de maior movimento. Das linhas que seguem até a Central, é a que representa menor demanda, especialmente em função ao paralelo que exerce com a linha 2 do Metrô. O trajeto passa por algumas áreas de grande favelização, especialmente no Jacarezinho, aonde a estação é dentro da favela. A ausência de integração com as linhas municipais de São João de Meriti e Belford Roxo impossibilitam o melhor aproveitamento desta linha, considerando que apenas os 2 municípios possuem quase 1 milhão de habitantes.

Veja a listagem das estações:

[editar] Ramal de Paracambi

Uma linha em bitola larga eletrificada singela liga os municípios de Japeri e Paracambi, no fundo da Baixada Fluminense. Possui cerca de 7 km de extensão e 2 estações (Paracambi e Lages e 1 parada Doutor Eiras. O trem circula a cada 40 minutos, fazendo apenas 2 paradas diariamente em Dr. Eiras, uma em cada sentido.

[editar] Ramal de Barrinha

Está previsto para 2007 o retorno às operações do trem de Barrinha, que não é operado pela Supervia, e sim pela Central, empresa do governo do Estado.

O trajeto liga Japeri a Barra do Piraí, em um trajeto de 46 Km, cortando os Municípios de Paulo de Frontin e Mendes, contando com 09 estações e 2 Paradas: Estação Japeri, Parada Engenheiro Mário Belo, Parada Engenheiro Gurgel, Estação Palmeira da Serra, Estação Engenheiro Paulo de Frontin, Estação Humberto Antunes, Estação Mendes, Estação Martins Costa, Estação Morsing, Estação Santana da Barra e Estação Barra do Piraí.

O serviço será feito no conceito de trens regionais, com 4 viagens diárias em 1 TUE de 4 carros elétrica, em trecho operado pela concessionária de cargas MRS Logística.

Esse serviço operou até 1996 quando um gravíssimo acidente envolvendo um trem de carga e o trem de passageiros forçou o abandono do serviço.

[editar] Linhas da antiga Estrada de Ferro Leopoldina

[editar] Ramal de Saracuruna(km 34,021 de extensão)

Este trecho foi um dos que mais sofreu modificações desde a concessão para a Supervia. Naquela época, a linha circulava entre a Estação de Barão de Mauá (Leopoldina) e Gramacho. A partir daí, havia a transferência para o Ramal de Vila Inhomirim, na bitola métrica em linha singela, com trens a diesel.

Duas mudanças significativas ocorreram na linha: primeira, que os trens passaram a circular a partir da Central do Brasil, compartilhando o trecho com o Ramal de Belford Roxo, o que limita o tráfego dos 2 ramais, especialmente por questões de manobras próximo a Estação de Triagem; já a segunda mudança foi a construção do trecho em bitola larga eletrificada (linha singela) entre Gramacho e Saracuruna, além da completa reforma de 3 estações no trecho.

Isso foi importante pois esta linha em bitola métrica era compartilhada entre o tráfego de cargas e o tráfego dos trens do Ramal Vila Inhomirim, que desde então partem de Saracuruna, assim como trens para Guapimirim, estes operados pela Central, uma empresa do governo do estado sucessora da extinta Flumitrens.

O Ramal passa por toda a parte da Zona Norte do Rio de Janeiro conhecida como Zona da Leopoldina, com bairros importantes como Bonsucesso, Ramos e Penha. Ainda passa por Duque de Caxias, o maior pólo da Baixada Fluminense.

Apesar disso, a demanda desta linha é inferior ao seu potencial por ausência de integração com ônibus nos municípios de Magé, Duque de Caxias e Rio de Janeiro, que competem através das linhas expressas pela Avenida Brasil com destino ao Centro, além de inúmeras linhas sobrepostas ao trajeto dos trens. Especialmente em Duque de Caxias, o preço da tarifa dos ônibus não é tão superior ao dos trens que justifiquem longas caminhadas ou o uso de bicicletas até a estação, como ocorre especialmente no Ramal de Japeri. Outro problema é a ausência de estações, especialmente no trecho entre Duque de Caxias e Gramacho, e o excesso de paradas muito próximas entre Vigário Geral e Penha.

As partidas nos horários de maior movimento ocorrem em média a cada 10 minutos, sendo que os trens que circulam até Saracuruna são apenas a cada 30 minutos. Os demais circulam apenas entre Gramacho e Central do Brasil. Essa limitação é em função do limite operacional por haver apenas uma linha eletrificada nesse trecho (ou seja, o trem corre nos 2 sentidos usando os mesmos trilhos).

Veja as estações acerca da estrada de ferro:

[editar] Ramal de Vila Inhomirim

Operado pela Supervia, em bitola métrica em composições com locomotivas movidas a diesel. Apesar da enorme demanda, atende a um número limitado de passageiros, em função da baixa velocidade operacional (em torno de 15 km/h) e da escassez de horários, os trens circulam com intervalos superiores a 1 hora.

A extensão do trecho em bitola larga eletrificada até Piabetá seria fundamental para o melhor atendimento da demanda, visto que há inclusive grandes fluxos internos na Baixada Fluminense em trajetos como Piabetá ou Imbariê para Duque de Caxias, por exemplo. E Piabetá é o maior pólo comercial da região do fundo da Baía de Guanabara, sendo um núcleo maior inclusive que a sede do município de Magé.

Uma curiosidade desse ramal é que o trecho entre Piabeta e Vila Inhomirim pertenceu à primeira ferrovia do Brasil, que foi a Estrada de Ferro Barão de Mauá. A partir da Raiz da Serra, havia um trem de cremalheira para Petrópolis, que foi extinto nos anos 60 do século passado e seus trilhos removidos.

As estações são as seguintes: - Saracuruna - Morabi - Imbariê - Manoel Belo - Parada Angélica - Piabetá - Fragoso - Vila Inhomirim

[editar] Setor da EFCB operado pela CENTRAL

[editar] Ramal de Guapimirim

Operado pela Central em bitola métrica com locomotivas movidas a diesel, os trens circulam com intervalos de quase 2 horas. É praticamente um trem regional que circula por uma região de pequeno adensamento no fundo da Baía de Guanabara, excetuando as sedes dos municípios de Magé e Guapimirim.

Este ramal opera em um trecho comum com trilhos concedidos à operadora de cargas Ferrovia Centro Atlântica, entre Saracuruna e Magé. Entre Magé e Guapimirim, corresponde a um trecho da antiga Estrada de Ferro Teresópolis, que teve o trecho de serra entre Guapimirim e Teresópolis suprimido em 1957 como diversos outros em todo o Brasil, infelizmente.

São as seguintes estações: - Saracuruna - Parada Estrela - Bongaba - Parada Mauá - Santa Dalila - Suruí - Santa Guilhermina - Parada EMAQ - Iriri - Magé - Nova Marília - Parada Maringá - Jororó (antiga Augusto Vieira) - Citrolândia - Parada Ideal - Capim - Parada Modelo - Parada Bananal - Guapimirim (antiga: Raiz da Serra, Guapi, Bananal, Alcindo Guanabara e Guararema)

[editar] Ramal de Niterói

O Ramal de Niterói, que liga o Largo do Barradas (Zona Norte desta cidade) a localidade de Visconde de Itaboraí, no município de Itaboraí, é uma linha que é operada pela Central de maneira precária, com apenas 4 viagens em dias úteis, praticamente para manter preservado o leito ferroviário intacto.

A linha atravessa boa parte do município de São Gonçalo, trazendo uma série de transtornos para essa cidade, uma vez que os trilhos cruzam as ruas movimentadas por vários quilômetros.

A grande esperança para essa linha é sua substituição, especialmente no trecho entre Niterói e Guaxindiba, pela Linha 3 do Metrô, que transformaria a realidade dessa região carente de transportes de massa.

Estações do trecho: Niterói (Largo dos Barradas) - Barreto - Vila Lage (chamada de Largo de Maricá, pois era de onde se iniciava a extinta E.F. Maricá) - Porto da Madama - São Gonçalo - Rodo - Estrela do Norte - Capim Melado - Alcântara - Jardim Catarina - Laranjal - Guaxindiba - Itambi - Parada Amaral - Visconde de Itaboraí

[editar] Ver também

• Supervia
• Estrada de Ferro Central do Brasil
• Estrada de Ferro Leopoldina
• ' http://www.sectran.rj.gov.br/abertura.asp ' - HIstória do trem na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, ir em 'Opções de transporte', depois clicar em 'Trem' e ir numa das opções. Boa opção para enriquecer o tópico

• ' http://www.anpf.com.br/histnostrilhos/historianostrilhos22_maio2004.htm ' - História do trem na perspectiva de um passageiro de trem, que narra esta história, o cotidiano dos passageiros, fala do serviço da Supervia, etc...

[editar] Fonte

• www.efbrasil.eng.br
• [[1]]- Informações sobre cada estação da Estrada de Ferro Central do Brasil, Leopoldina e outras do Brasil...
• http://br.geocities.com/zostratus10/rio-trem.htm - A história do trem no Rio de Janeiro,RJ; Brasil
• http://www.supervia.com.br - Informações que a própria concessionária fornece sobre seu serviço.