Kurt Eisner
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Kurt Eisner (14 de maio de 1867 - 21 de fevereiro de 1919), político alemão, foi usado como exemplo de uma autoridade carismática por Max Weber.
[editar] Biografia
Nascido em Berlim, estudou na Universidade Friedrich Wilhelm, trabalhou como um crítico de teatro e editou vários jornais socialistas. Era um crítico em relação ao materialismo histórico de Karl Marx, o qual considerava parte do pensamento dogmático do Partido Social Democrata da Alemanha.
Seu pensamento foi fortemente influenciado por Friedrich Nietzsche: com ele concordava na questão da igualdade acreditando que as pessoas deveriam ter a possibilidade de sobressair-se do mediano e serem criativas como a única possibilidade de melhorar a sociedade. No entanto, outras opiniões de Nietzsche fizeram Eisner considerá-lo um monstro e um pensador sinistro. Enquanto um pacifista e um socialista, era contrário à idealização de um caráter forte e irresponsável (Übermensch) encorajado por Nietzsche.
[editar] Proeminência
Kurt Eisner era descendente de judeus de sobrenome Kamonowsky. Quando começou a escrever é que adotou o nome de Eisner que manteve quando iniciou seus trabalhos para a social democracia.
Seu pai era um bem sucedido homem de negócios. Depois de ter estudado literatura e filosofia em Marburg publicou Friedrich Nietzsche and the Apostle of the Future em 1892.
Eisner foi sempre um republicano bem como um social-democrata. Ligado especificamente à social-democracia alemã, por questões táticas, especialmente em seus estágios mais avançados, Eisner sempre deu de embros qualquer forma de propaganda republicana como sendo desnecessária e contemplada pelos objetivos gerais da social-democracia. Consequentemente ele lutou ativamente em prol da democracia política e da social-democracia. Se tornou editor de Vorwärts depois da morte de Wilhelm Liebknecht em 1900, mas foi subsequentemente chamado a desistir do cargo. Depois de sua retirada do jornal, suas atividades foram confinadas em sua maioria à Bavária, ainda que viajasse por outras partes da Alemanha.
Quando a 1ª Guerra Mundial estourou se encontrava em Munique. À princípio ele tendeu a apoiar a maioria em favor da guerra, mas não por muito tempo. Logo tomou o lado da minoria e desde então se constituiu como uma figura líder dos Independentes. Sua atitude perante guerra mostrou a inconsistência daqueles que argumentavam que os que apoiavam o governo alemão eram somente os revisionistas e que os marxistas radicais eram os opositores. Eisner, preferindo os revisionistas à rigidez marxista foi cada vez mais contra oposto à política de guerra enquanto marxistas como Lensch e Heinrich Cunow apoiaram-na sob os argumentos de que uma economia da "Alemanha acima de tudo" (Deutschland über Alles) seria a molhor cois possível para o mundo.
Ele se juntou ao Partido Social-Democrata Independente da Alemanha em 1917 juntamente com Karl Kautsky, Eduard Bernstein, Julius Leber, Rudolf Breitscheild e Rudolf Hilferding. Foi condenado por traição em 1918 por sua atuação na greve dos trabalhadores da indústria armamentista.
Depois de solto, organizou a regvolução que derrubou a monarquia da Bavaria. Declarou a Bavaria como um estado livre e republicano a 9 de novembro de 1918 se tornando o primeiro permier republicano da Bavaria. Ainda que de caráter socialista, Eisner esclareceu que a República Socialista da Bavária seria diferente da Revolução Bolchevique na Rússia e que as propriedades privadas seriam protegidas pelo novo governo.
Foi derrotado nas eleições de fevereiro de 1919 e assassinado em Munique quando o Conde Anton Graf von Arco auf Valley atirou nele em seu caminho para apresentar sua resignação ao parlamento bavário no dia 21 de fevereiro de 1919.