Wikipedia for Schools in Portuguese is available here
CLASSICISTRANIERI HOME PAGE - YOUTUBE CHANNEL
SITEMAP
Make a donation: IBAN: IT36M0708677020000000008016 - BIC/SWIFT:  ICRAITRRU60 - VALERIO DI STEFANO or
Privacy Policy Cookie Policy Terms and Conditions
Irmão Lawrence - Wikipédia

Irmão Lawrence

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Irmão Lawrence da Ressurreição, nome religioso de Nicolas Herman (1614? - Paris, 12 de fevereiro de 1691), francês, da Ordem Carmelita, conhecido por sua grande santidade e extrema humildade. Suas explanações e cartas foram publicadas, mais tarde, sob o titulo, A Prática da Presença de Deus, e são até hoje um dos maiores clássicos da literatura mística cristã.

Índice

[editar] Sua Obra

Sua obra mostra uma forma de compreender e se relacionar com Deus totalmente diferente. Pra ele, a prática de estar na presença de Deus era um exercício da vontade - pequenas decisões que se tomavam continuamente para tornar Deus presente em todos os momentos, desde uma oração propriamente dita, até mesmo uma simples caminhada, o catar de um graveto no chão ou mesmo cozinhar (ele era cozinheiro do mosteiro).

[editar] Citações

Wikiquote
O Wikiquote tem uma coleção de citações de ou sobre: Irmão Lawrence.

"Não devemos nos cansar de fazer pequenas coisas pelo amor de Deus, que não se importa com a grandeza do trabalho, mas com o amor com que é realizado." (Irmão Lawrence)Lourenço da Ressurreição: a sua vida


[editar] A SUA VIDA

Nicolau Herman nasceu em 1614, em Hériménil, Lorena, numa família profundamente cristã.

Aos 18 anos, num dia de Inverno, olhando a natureza despojada, pensando que dentro de pouco tempo as árvores desfolhadas voltarão a florescer, Nicolau é iluminado por uma evidência e uma simplicidade imediatas, percebendo que na base desse processo anual, existe um Ser pessoal, inteligente e cheio de amor. A sua fé em Deus se personifica e recebendo essa graça da Providência e do poder de Deus, que admitirá mais tarde, nunca se ter apagado de sua alma.

Este mesmo ano, a Lorena era ocupada pela França, e o Duque Carlos IV, expulso do seu país, juntou tropas para reconquistar as suas terras. Nicolau alistou-se no exército do Duque de Lorena. Nessa Guerra de Trinta Anos, tristemente célebre pela crueldade desumana, os soldados não recuavam diante de pilhagens ou qualquer género de violência. Mais tarde, Nicolau lastimará o seu passado, deplorando os seus pecados diante de Deus. Se ignoramos no que eles consistiam verdadeiramente, o que é certo é que a precedente graça tinha desaparecido da sua vida. Duas vezes se encontrará diante da morte; finalmente uma ferida o obrigará a deixar as armas aos 21 anos.

O tempo da cura para o corpo o foi também para a alma; e a experiência vivida aos 18 anos voltou à tona. Então resolveu entregar-se a Deus e mudar a conduta passada. Adoptou algum tempo a vida de eremita com outro companheiro. Mas, desconcertado ao ver que ele passava da alegria à tristeza, da paz à tribulação, do fervor à ausência de devoção, não perseverou neste caminho. Foi então para Paris onde foi mordomo na casa do senhor Fieubert, onde ele dirá ter sido “um pesadão que quebrava tudo.”

É aí que o Convento dos Carmelitas da rua Vaugirard (hoje, Instituto Católico) começou a atraí-lo; e mais, um dos seus tios era da Ordem. Nicolau decide aos 26 anos pedir a entrada como irmão converso (não sacerdote), e tomou por nome Irmão Lourenço da Ressurreição. Lourenço era o nome do santo patrono da sua paróquia natal; Ressurreição lhe recordava talvez o renascimento da árvore despojada a quando dos seus 18 anos.

Primeiro, foi cozinheiro ao longo de 15 anos, depois sapateiro do seu convento; após dez anos de penosa caminhada, num sentimento doloroso por causa dos seus pecados, um acto de abandono determinante o liberta, e pouco a pouco o faz encontrar o seu próprio caminho espiritual: viver o trabalho como tempo de oração, as tristezas, como as alegrias, na “Presença de Deus”; transformando todas as suas ocupações à “maneira de pequenas conversas com Deus, sem prever, como calhar…sem necessidade de delicadezas, estar com bondade e simplicidade.” O único método da vida espiritual do Irmão Lourenço foi de certo modo o exercício da Presença de Deus que consistiu em “agradar e acostumar-se na divina companhia, detendo-se amorosamente com Ele em todo o tempo.” Assim, a alma é conduzida “insensivelmente a este simples olhar, a esta visão amorosa de Deus em tudo, que é a mais santa e mais eficaz maneira de oração.” “Na via de Deus, os pensamentos são tidos em conta como pouco, o amor faz tudo.” O encanto do Irmão Lourenço atrai numerosas pessoas que lhe vem pedir conselhos: é assim que as suas cartas ou notas dados oralmente chegaram até nós.

No início de 1691, o Irmão Lourenço adoece. Como o seu mal aumentava, deram-lhe o Sacramento dos Enfermos. A um religioso que lhe perguntara o que ele fazia e com que ocupava o seu espírito, ele respondeu: “Faço o que farei na eternidade, bendigo a Deus, louvo a Deus, adoro e amo-O de todo o coração, eis o nosso trabalho, meus irmãos, adorar a Deus e amá-l’O, sem se preocupar do resto.” Depois, com a paz e a tranquilidade de alguém que adormece, o Irmão Lourenço morre em 12 de Fevereiro de 1691, aos 77 anos.

Pouco tempo depois, o abado José de Beaufort, vigário geral do cardeal de Noailles, e amigo do carmelita sapateiro ao longo de um quarto de século, fez conhecer a mensagem de Lourenço em duas obras biográficas que, em 1991, foram publicadas numa edição crítica. Selado com o selo da simplicidade e da verdade, essa mensagem não envelheceu em três séculos.

A prática da Presença de Deus, como maneira orante, aconselhada pelo Irmão Lourenço, valeu-lhe uma irradiação inter-confessional. A sua espiritualidade do dever de estado faz com que todos os estados de vida nele se encontrem …Se a sua insistência sobre as virtudes teologais, fé, esperança e caridade, lembram os ensinamentos de São João da Cruz, a locução de Lourenço denuncia uma familiaridade com Santa Teresa de Jesus, recordando em particular a “oração recolhida, de meditação”. Enfim, o quietismo não teve nenhuma influência nele: o seu abandono confiante inscreve-se na colaboração da alma à obra divina, e, a ascese como meio de dispor o corpo e o espírito ao encontro do Deus vivo.


[editar] O COZINHEIRO MÍSTICO

Irmão Lourenço, nasceu em 1614 na região da Lorena, nordeste francês, e entra como “irmão converso ou leigo” no Carmelo da rua Vaugirard de Paris com 26 anos. A vida dele é de oração (2 horas de prece silenciosa por dia) e de trabalho manual. Os irmãos leigos tomam sobre eles as tarefas materiais mais pesadas do convento. Foi chefe cozinheiro ao longo de 15 anos, o que não é nada fácil numa casa de mais de cem religiosos, e já quando a saúde não mais o permitiu, tomou o ofício de sapateiro, reparando o calçado usado. Ele morre com 77 anos.

Podemos dizer que toda a vida dele, Irmão Lourenço da Ressurreição foi um homem em trabalho, o que faz dele um irmão de todas as pessoas comuns, um verdadeiro “irmão” leigo. No entanto, ainda em vida, ele tinha a reputação de ser um “grande orante”, um místico. Qual o seu segredo?

Tudo fazer para Deus.

Os dez primeiros anos de vida religiosa são um tempo de provação para Lourenço. Lembra-se dos pecados da sua juventude e pergunta-se até se já não está condenado. Mas no auge do seu sofrimento, ele faz algo que o lança definitivamente na via do amor. Ele decide entregar-se, abandonar-se incondicionalmente a Deus. O resultado não se faz esperar: “De repente, mudei. E a minha alma, que até agora estava sempre atribulada, sentiu-se numa profunda paz interior, como se estivesse no seu centro e num lugar de descanso.”

Por meio dessa experiência profunda, o nosso irmão cozinheiro descobre o segredo da contemplação. Não se trata de deixar o seu trabalho, o seu dever de estado, para ir ter com Deus. Não, explica ele: “A nossa santificação depende, não da mudança das nossas obras, mas de fazer para Deus aquilo que costumamos fazer para nós.” E continua: “Eu viro a minha omeleta por amor a Deus…”

Na dificuldade do nosso trabalho, uma verdadeira via mística se abre para nós, com a possibilidade de criar uma grande unidade de vida e de viver plenamente a união a Deus. Isto é simples. Primeiro por um exercício contínuo de amor, fazendo tudo por amor a Deus. “Não nos devemos cansar de fazer pequenas coisas por amor a Deus, que não olha à grandeza da obra mas ao amor.” Depois, aprender a viver cada momento na presença de Deus.

Exercer-se na divina Presença

Estamos no coração da descoberta de Lourenço. “Eu concentrava a atenção ao longo do dia, e até durante o trabalho, à presença de Deus, que eu considerava estar sempre perto de mim, muitas vezes, até, no mais fundo do meu coração.” No início, não ia de si mesmo, confessa Lourenço. Às vezes ele se esquecia de Deus ao longo de algum tempo. Lourenço não aprendeu sem dificuldade a viver na Presença de Deus, mas com “muitas cobardices e imperfeições.” Àqueles que desejam seguir o seu caminho, ele aconselha não surpreender-se se no início, há uma sensação que é tempo perdido ou até sentir repugnância. Mas de tanto querer viver sob o olhar de Deus, através de um verdadeiro exercício, uma atenção repetida e detida do coração, a consciência da Presença de Deus veio a ser nele uma coisa natural.

Lourenço nos ensina que actos separados, episódicos, podem pela sua multiplicação vir a ser um “hábito”. Esta palavra traz uma imagem, a do hábito (costume) que nos cai como um hábito (roupa), onde habitamos como numa habitação…que alegria quando se habita verdadeiramente em Deus e Deus em nós! Lourenço assim o confirma muitas vezes: “O hábito se estabelece só com dificuldade, mas quando é estabelecido, tudo se faz com alegria…” ou ainda: “Esta Presença de Deus, um pouco penosa nos seus inícios, praticada com fidelidade, opera, em segredo, feitos maravilhosas na nossa alma.” Então as coisas estão como invertidas. Se o nosso espírito se afasta da Presença divina, é ela que se apresenta de imediato a nós: “Se às vezes estou demasiado ausente desta divina Presença, Deus faz-se logo sentir na minha alma…por movimentos interiores tão encantadores e deliciosos que me atrapalho falar neles.”

Irmão Lourenço assegura que praticando a Presença de Deus “como se deve, tornamo-nos pessoas espirituais em pouco tempo.” “ Possuo Deus, afirma ele, tão tranquilamente no barulho da minha cozinha, onde às vezes as pessoas me pedem coisas diferentes todas ao mesmo tempo, como se eu estivesse de joelhos diante do Santíssimo Sacramento.” Quando Lourenço, alcançando o cume da vida mística, fala assim, não é para diminuir a importância da adoração eucarística. Pelo contrário. Lourenço descreve os seus tempos de oração “mais prolongados”, simplesmente como a intensificação e a continuação do seu esforço para viver na Presença de Deus ao longo do dia. Estas horas de oração “mais prolongadas” nunca mais paravam e estendiam-se a todas as horas seguintes na sua diversidade. Ele permanecia na Presença encontrada: “ Não me preocupava menos nela durante a jornada como durante as minhas preces.” O caminho que descobriu o Irmão Lourenço da Ressurreição é um caminho acessível a todos. Na sua correspondência, encontram-se numerosos conselhos para nos colocarmos nos seus passos.

Uma via acessível a todos.

Àquele que deseja viver ao sol da Presença divina, Lourenço aconselha, primeiro, tomar “desde logo uma firme e santa resolução.” Para prosseguir no caminho da contemplação, será necessário uma vontade bem vincada, disposta a enfrentar as dificuldades. Nada se conseguirá sem uma grande fé e confiança n’Aquele que nos chama e se quer dar a nós.

Uma vez a decisão e a confiança pretendidas, o Irmão Lourenço nos convida antes de tudo à repetição de actos de presença, de tomadas de consciência. O natural e o habitual só virão “ na insistência de repetir estes actos.” É forjando que se faz um ferreiro. E é do mais fácil que há no mundo. Basta um instante de atenção, de “um pequeno olhar interior” que nos conduz diante de Deus no nosso coração. A maior parte do tempo, podemos juntar uma palavra, uma oração: “Pai, teu nome, teu reino, tua vontade!” ou “Envia o teu Espírito”, ou “Glória a Ti, Senhor”, ou simplesmente o nome de “Jesus”. “Não há nada mais fácil do que repetir muitas vezes ao longo do dia estes actos de adoração interior”, estima Lourenço, “sem que ninguém saiba de nada!”

Para entrar neste coração a coração, nesta relação viva e contínua com Aquele que nos ama, Lourenço aconselha-nos pensar em Deus. “Pensai n’Ele muitas vezes e pensai bem.” Sabemos todos tudo o que isso significa de “pensar”, e pensar no outro. Fazemo-lo bem. Mesmo se, muitas vezes, aquele ou aquela a quem pensamos não está corporalmente ou visivelmente presente. Mas o nosso espírito possui, no interior, esse “outro”, talvez único para o nosso coração. Então o nosso pensamento voa até ele e transmite o nosso afecto, criando um laço invisível. “Pensar em alguém” é muitas vezes sinónimo de amar. Como a palavra “atenção” pode significar a concentração do nosso espírito e a benevolência do nosso coração.

Humildes meios.

Tudo pode servir para se orientar para Deus. A beleza da natureza não deveria suscitar o nosso louvor e assim voltar-nos para Deus? Quando Lourenço tomava conhecimento de notícias, ele rezava. Podemos seguir o seu exemplo quando lemos o jornal ou ouvimos a rádio. “Obrigado, Senhor, por esta boa notícia…”, “Tem piedade, Senhor, destas vítimas do atentado…”, “Dá a paz ao mundo!”, “Converte os pecadores!”

Cada encontro com o próximo pode ser uma oportunidade de encontrar Deus, se temos a capacidade de ver no homem mais do que um ser humano, mas o tabernáculo da Presença de Deus. “ Cada vez que o fizestes a um destes pequeninos, é a Mim que o fizestes.”(Mt 25, 40)

No limiar da sua formação religiosa, Lourenço aprendeu a usar pontos de orientação, humildes meios tomados do meio das realidades materiais que o rodeiam. Pode ser um crucifixo, uma imagem de Maria, uma torre de igreja…Lourenço parava muitas vezes diante de uma estátua de Jesus flagelado preso à coluna; durante os dez anos obscuros de sofrimento interior, rezou muito junto dela, olhou muito, entendeu muito…em todo o lado a linguagem virtual nos circunda; porque não dar também aos nossos olhos algo que remete para Deus?”

Do mundo do Bem Amado.

A nossa fragilidade é também um meio de voltar o nosso olhar para Deus. Depois de um erro, ele voltava-se para o Senhor: “Já é o costume, só sei fazer disso!...” e com confiança: “ É a Ti de me impedir fazê-lo!”

Lourenço tinha descoberto que a união a Deus se alcançava por um exercício contínuo de amor, fazendo tudo por amor a Deus. Ele nos explica como ele fazia no concreto: antes de iniciar um trabalho, ele tomava o cuidado de dar uma “olhadela” a Deus; ao longo desse trabalho, ele renovava essa olhadela; e sempre acabava fazendo o mesmo.

O exemplo de Lourenço mostra-nos que a vida mística é acessível aos leigos na vida de cada dia: viver, trabalhar, amar, podem ser vividos como uma expansão da vida de Deus em nós. O que aparentemente é pequeno e banal pode vir a ser a matéria-prima de uma fascinante aventura de amor, onde tudo é grande e belo, e pertence ao mundo do Bem Amado.


Rezar com Lourenço da Ressurreição

Lourenço insista muito na importância da oração nas ocupações quotidianas. As máximas que seguem são extraídas dos seus escritos. Querem-se uma ajuda no nosso caminhar, convidando-nos a oferecer o que fazemos e, a levantar os olhos do nosso coração para o nosso Deus que não desiste em seguir-nos com o seu olhar de amor.


Pequenas conversas com Deus

“É necessário aplicar-se continuamente em que todas as nossas acções sejam à maneira de pequenas conversas com Deus, sem prever, como calhar…sem necessidade de delicadezas, estar com bondade e simplicidade.” (MS 7)


A prática da Presença divina

“A prática mais santa e mais necessária na vida espiritual é a Presença de Deus. É agradar e acostumar-se na divina companhia, detendo-se amorosamente com Ele em todo o tempo, em todos os momentos, sem regras nem medida, sobretudo na hora da tentação, da tristeza, da aridez, do desgosto e mesmo da infidelidade e do pecado.” (MS 6)

“A presença de Deus é a vida e o alimento da alma, que se pode alcançar com a graça de Deus.”

Os meios da prática

“O primeiro meio é uma grande pureza.”

“É necessário uma grande fidelidade à prática dessa Presença e ao olhar interior de Deus em nós, que se deve realizar sempre de maneira mansa, humilde e amorosa, afastando o incómodo ou a inquietação.”

“É necessário ter um cuidado particular desse olhar interior, mesmo se às vezes, ele precede as vossas acções exteriores, como de tempos a outros, as acompanha, e por aí as acabeis. Como é preciso muito tempo e trabalho para adquirir essa prática, não se deve perder a coragem quando nela faltamos, pois o hábito se estabelece só com dificuldade; mas quando estará formada, tudo será feito com alegria.” (MS)

O que dizer-Lhe

“Será conveniente para aqueles que iniciam essa prática, de formular interiormente algumas palavras, como: ‘Meu Deus, sou todo vosso’; ‘Deus de amor, amo-Vos de todo o meu coração’; ‘Senhor, conformai-me ao vosso Coração’ ou qualquer outra palavra que o amor produzirá na hora.” (MS)

Alguns avisos

“A Presença de Deus, um pouco penosa nos seus inícios, praticada com fidelidade, opera, em segredo, feitos maravilhosas na nossa alma, atrai para ela uma abundância de graças do Senhor e a conduz insensivelmente a esse simples olhar, essa visão amorosa de Deus presente em tudo, que é a mais santa, mais sólida, mais fácil e mais eficaz de fazer oração.”

“Sei que para isso, é necessário que o coração esteja vazio de todas as coisas, Deus desejando-o tê-lo só par Ele; e como não pode tê-lo sem o esvaziar de tudo aquilo que não é d’Ele, Ele não poderá agir nele, nem cumprir a sua vontade.” (C 3)

“É preciso fazer do nosso coração um templo espiritual para Deus onde O adoramos sem cessar. É necessário vigiar sempre sobre nós próprios para nada fazer, nada dizer e nada pensar que O possa desagradar.” (C 15)

O abandono

“Durante os dez primeiros anos (de vida religiosa), muito sofri. A apreensão que tinha de não pertencer a Deus como o desejasse, os meus pecados passados sempre presentes a meus olhos, e as grandes graças que Deus me deu, eram a fonte de todos os meus males. Durante todo este tempo, caía muitas vezes e levantava-me logo. Parecia-me que as criaturas, a razão e Deus estavam contra mim.” (C 2)

Perseverança

“Quando o espírito apanhou alguns maus hábitos de confusão e distracção, é difícil vencê-los e normalmente, para azar nós, nos atrai para as coisas terrenas. Creio que um dos remédios é reconhecer as nossas faltas e humilhar-nos diante de Deus. Não vos aconselho a discursar muito na oração, os longos discursos são ocasião de confusão. Apresentai-vos a Deus como um pobre mudo e paralítico à porta de um rico. Preocupai-vos em manter o vosso espírito na Presença do Senhor. Se Ele se afastar ou desaparecer algumas vezes, não vos preocupeis, as confusões do espírito servem mais a distrai-l’O do que a chama-l’O; é necessário que a vontade O apela tranquilamente. Se perseverais nisso, Deus se compadecerá.” (C 7)

Fé e dom de Deus

“Deus tem tesouros infinitos para nos dar; e se uma pequena devoção sensível, que dura um momento, nos satisfaz…que cegos somos, pois por aí detemos as mãos de Deus e paramos a abundância das suas graças! Mas quando Ele encontra uma alma penetrada de uma fé viva, Ele derrama nela as suas graças em abundância. É como uma torrente impedida pela força do seu caudal habitual que, encontrando a sua saída, se derrama com veemência e abundância. Sim, frequentemente impedimos essa torrente pela pouca consideração que por ela temos…entremos dentro de nós próprios, rompemos esse obstáculo, demos lugar ao dia da graça…” (C 1)

Na provação

“Gostaria que vos persuadísseis de que Deus está mais vezes perto de nós no tempo da doença e da enfermidade de que quando gozamos da perfeita saúde. Colocai a vossa confiança n’Ele.” (C 11)

“Se estivéssemos habituados no exercício da Presença de Deus, todas as doenças do corpo seriam ligeiras. Muitas vezes Deus permite que soframos um pouco para purificar a nossa alma e nos obrigar a permanecer com Ele. Coragem, oferecei-Lhe sem cessar as vossas penas, pedi-Lhe forças para sofrê-las, e sobretudo, acostumai-vos em conversar com Ele e não O esqueceis. Adorai-O nas vossas enfermidades, oferecei-Lhe no auge das vossas dores, pedi-Lhe, humilde e amorosamente, como uma filho a um bom pai, a conformidade à sua santa vontade e a auxílio da sua graça. Ajudarei-vos pelas minhas pobres e modestas preces. Deus tem vários meios para nos chamar a Ele. Às vezes, esconde-se de nós, mas só a fé, que não nos faltará na necessidade, deve ser o sustento e o alicerce da nossa confiança, que deve estar toda em Deus.” (C 13)

“Ai! Se soubéssemos a necessidade que temos das graças e do auxílio de Deus, nunca O perderíamos de vista, nem um momento.” (C 3)

Uma vida realizada'

“O que me conforta nesta vida é que vejo a Deus pelo fé. E vejo-O de uma maneira que me poderia fazer dizer: ‘Não acredito mais’, mas vejo, experimento o que a fé nos ensina. E na certeza dessa fé, viverei e morrerei com Ele.” (C 11)

“Ficávamos surpreendidos se soubéssemos o que a alma diz algumas vezes a Deus, que parece agradar-se tanto nessas conversas que Lhe permitam tudo, desde que ela deseja sempre permanecer com ele no seu íntimo. E como ele teme que ela não volte a criatura, Ele toma cuidado de lhe fornecer o que ela deseja, se bem que ela encontra muitas vezes, dentro dela, um alimento saboroso e delicioso ao seu paladar, mesmo que ela nunca o tenha desejado nem procurado de qualquer forma ou ter contribuído da sua parte com o seu consentimento.”

Adorar em espírito e verdade

Adorar a Deus na verdade, é confessar que lhe somos inteiramente contrários e que Ele deseja tornar-nos semelhantes a Ele, se assim o quisermos.” (EN, 12-14)


Irmão Lourenço não nos deixou orações…porque não fazer nossas as palavras do salmo 15 e repeti-las dia após dia:

Defendei-me, Senhor: Vós sois o meu refúgio. Bendigo o Senhor por me ter aconselhado, até de noite me inspira interiormente. O Senhor está sempre na minha presença, com Ele a meu lado não vacilarei. Por isso o meu coração se alegra e a minha alma exulta.

ORAÇÃO

Irmão Lourenço da Ressurreição, encontraste Deus no trabalho da tua cozinha. Fostes para quem te conhecia uma testemunha luminosa de Deus vivo e próximo. Intercede (pela graça), e roga ao Senhor, para que, como tu, eu toma consciência da sua Presença amada, fazendo as pequenas coisas do meu dia no seu amor e por aqueles que me rodeiam. Ámen.




[editar] Ligações externas


Este artigo é um esboço sobre Biografias. Você pode ajudar a Wikipédia expandindo-o.
Outras línguas
Static Wikipedia 2008 (no images)

aa - ab - af - ak - als - am - an - ang - ar - arc - as - ast - av - ay - az - ba - bar - bat_smg - bcl - be - be_x_old - bg - bh - bi - bm - bn - bo - bpy - br - bs - bug - bxr - ca - cbk_zam - cdo - ce - ceb - ch - cho - chr - chy - co - cr - crh - cs - csb - cu - cv - cy - da - de - diq - dsb - dv - dz - ee - el - eml - en - eo - es - et - eu - ext - fa - ff - fi - fiu_vro - fj - fo - fr - frp - fur - fy - ga - gan - gd - gl - glk - gn - got - gu - gv - ha - hak - haw - he - hi - hif - ho - hr - hsb - ht - hu - hy - hz - ia - id - ie - ig - ii - ik - ilo - io - is - it - iu - ja - jbo - jv - ka - kaa - kab - kg - ki - kj - kk - kl - km - kn - ko - kr - ks - ksh - ku - kv - kw - ky - la - lad - lb - lbe - lg - li - lij - lmo - ln - lo - lt - lv - map_bms - mdf - mg - mh - mi - mk - ml - mn - mo - mr - mt - mus - my - myv - mzn - na - nah - nap - nds - nds_nl - ne - new - ng - nl - nn - no - nov - nrm - nv - ny - oc - om - or - os - pa - pag - pam - pap - pdc - pi - pih - pl - pms - ps - pt - qu - quality - rm - rmy - rn - ro - roa_rup - roa_tara - ru - rw - sa - sah - sc - scn - sco - sd - se - sg - sh - si - simple - sk - sl - sm - sn - so - sr - srn - ss - st - stq - su - sv - sw - szl - ta - te - tet - tg - th - ti - tk - tl - tlh - tn - to - tpi - tr - ts - tt - tum - tw - ty - udm - ug - uk - ur - uz - ve - vec - vi - vls - vo - wa - war - wo - wuu - xal - xh - yi - yo - za - zea - zh - zh_classical - zh_min_nan - zh_yue - zu -

Static Wikipedia 2007 (no images)

aa - ab - af - ak - als - am - an - ang - ar - arc - as - ast - av - ay - az - ba - bar - bat_smg - bcl - be - be_x_old - bg - bh - bi - bm - bn - bo - bpy - br - bs - bug - bxr - ca - cbk_zam - cdo - ce - ceb - ch - cho - chr - chy - co - cr - crh - cs - csb - cu - cv - cy - da - de - diq - dsb - dv - dz - ee - el - eml - en - eo - es - et - eu - ext - fa - ff - fi - fiu_vro - fj - fo - fr - frp - fur - fy - ga - gan - gd - gl - glk - gn - got - gu - gv - ha - hak - haw - he - hi - hif - ho - hr - hsb - ht - hu - hy - hz - ia - id - ie - ig - ii - ik - ilo - io - is - it - iu - ja - jbo - jv - ka - kaa - kab - kg - ki - kj - kk - kl - km - kn - ko - kr - ks - ksh - ku - kv - kw - ky - la - lad - lb - lbe - lg - li - lij - lmo - ln - lo - lt - lv - map_bms - mdf - mg - mh - mi - mk - ml - mn - mo - mr - mt - mus - my - myv - mzn - na - nah - nap - nds - nds_nl - ne - new - ng - nl - nn - no - nov - nrm - nv - ny - oc - om - or - os - pa - pag - pam - pap - pdc - pi - pih - pl - pms - ps - pt - qu - quality - rm - rmy - rn - ro - roa_rup - roa_tara - ru - rw - sa - sah - sc - scn - sco - sd - se - sg - sh - si - simple - sk - sl - sm - sn - so - sr - srn - ss - st - stq - su - sv - sw - szl - ta - te - tet - tg - th - ti - tk - tl - tlh - tn - to - tpi - tr - ts - tt - tum - tw - ty - udm - ug - uk - ur - uz - ve - vec - vi - vls - vo - wa - war - wo - wuu - xal - xh - yi - yo - za - zea - zh - zh_classical - zh_min_nan - zh_yue - zu -

Static Wikipedia 2006 (no images)

aa - ab - af - ak - als - am - an - ang - ar - arc - as - ast - av - ay - az - ba - bar - bat_smg - bcl - be - be_x_old - bg - bh - bi - bm - bn - bo - bpy - br - bs - bug - bxr - ca - cbk_zam - cdo - ce - ceb - ch - cho - chr - chy - co - cr - crh - cs - csb - cu - cv - cy - da - de - diq - dsb - dv - dz - ee - el - eml - eo - es - et - eu - ext - fa - ff - fi - fiu_vro - fj - fo - fr - frp - fur - fy - ga - gan - gd - gl - glk - gn - got - gu - gv - ha - hak - haw - he - hi - hif - ho - hr - hsb - ht - hu - hy - hz - ia - id - ie - ig - ii - ik - ilo - io - is - it - iu - ja - jbo - jv - ka - kaa - kab - kg - ki - kj - kk - kl - km - kn - ko - kr - ks - ksh - ku - kv - kw - ky - la - lad - lb - lbe - lg - li - lij - lmo - ln - lo - lt - lv - map_bms - mdf - mg - mh - mi - mk - ml - mn - mo - mr - mt - mus - my - myv - mzn - na - nah - nap - nds - nds_nl - ne - new - ng - nl - nn - no - nov - nrm - nv - ny - oc - om - or - os - pa - pag - pam - pap - pdc - pi - pih - pl - pms - ps - pt - qu - quality - rm - rmy - rn - ro - roa_rup - roa_tara - ru - rw - sa - sah - sc - scn - sco - sd - se - sg - sh - si - simple - sk - sl - sm - sn - so - sr - srn - ss - st - stq - su - sv - sw - szl - ta - te - tet - tg - th - ti - tk - tl - tlh - tn - to - tpi - tr - ts - tt - tum - tw - ty - udm - ug - uk - ur - uz - ve - vec - vi - vls - vo - wa - war - wo - wuu - xal - xh - yi - yo - za - zea - zh - zh_classical - zh_min_nan - zh_yue - zu -

Sub-domains

CDRoms - Magnatune - Librivox - Liber Liber - Encyclopaedia Britannica - Project Gutenberg - Wikipedia 2008 - Wikipedia 2007 - Wikipedia 2006 -

Other Domains

https://www.classicistranieri.it - https://www.ebooksgratis.com - https://www.gutenbergaustralia.com - https://www.englishwikipedia.com - https://www.wikipediazim.com - https://www.wikisourcezim.com - https://www.projectgutenberg.net - https://www.projectgutenberg.es - https://www.radioascolto.com - https://www.debitoformtivo.it - https://www.wikipediaforschools.org - https://www.projectgutenbergzim.com