Genismo
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
O genismo é uma filosofia materialista, baseada no neodarwinismo, que tem como intenção maximizar a felicidade humana.
Por ser materialista o genismo não assume nenhum tipo de entidade metafísica para construir seu arcabouço teórico, e por ser neodarwinista entende os seres vivos como "máquinas perpetuadoras de genes": Toda espécie viva é resultado de bilhões de anos de evolução, na qual suas linhagens se perpetuaram, e conseqüentemente, seus genes.
O genismo toma então a perpetuação da espécie como uma meta cultural. Os genistas crêem que comportamentos culturalmente estabelecidos que reprimam de alguma forma a reprodução dos genes são "maléficos" e levariam à infelicidade.
O genismo, estende o sentido da "máquina de sobrevivencia", conceito biológico no qual os seres vivos foram programados para sobreviverem e se reproduzirem, para tomar nossa essência como sendo os próprios genes. Desta forma os genistas consideram que a consciência (ou ego) não seria mais a essência do indivíduo, mas apenas um apêndice dos genes da espécie humana - tal como consideram o estômago ou as unhas - e existiria apenas para auxiliar os genes, que seriam a "essência" de todos os seres vivos, a atingir a imortalidade.
Os genistas acreditam que como nossos genes não estão apenas em nossos corpos mas também compartilhados com todos os outros seres vivos em diferentes graus, preservar a vida seria preservar nossa própria imortalidade, e que auxiliar o próximo é ajudar também a nós mesmos.
O genismo é, portanto, uma nova crença que não utiliza-se de conceitos sobrenaturais para propor uma integração existencial de todos os seres vivos, e uma forma materialista de imortalidade baseada na replicação de seqüências de ácidos nucléicos codificadoras de proteínas.