Filosofia continental
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Filosofia continental é uma expressão criada originalmente pelos filósofos analíticos de língua inglesa, principalmente estadunidenses e ingleses, para descrever várias tradições filosóficas procedentes da Europa Continental, principalmente da Alemanha e da França.
A expressão compreende, de maneira bastante vaga:
- A fenomenologia de Edmund Husserl ou Maurice Merleau-Ponty
- A ontologia fundamental de Martin Heidegger
- A psicanálise de Sigmund Freud ou Jacques Lacan
- O existencialismo de Jean-Paul Sartre
- Diversas correntes do marxismo
- O estruturalismo em ciências humanas inspirado por Claude Lévi-Strauss ou Michel Foucault
- A semiologia de Algirdas Julien Greimas ou Roland Barthes
- A hermenêutica de Hans-Georg Gadamer ou Paul Ricoeur
- A [[desconstrução de Jacques Derrida
- O feminismo
- A teoria crítica da Escola de Frankfurt
O termo é utilizado sobretudo para descrever uma atividade filosófica por contraste com a filosofia analítica. É mais popular nas ciências sociais, estética, estudos culturais e filosofia do cinema do que nas ditas "ciências duras".
É comum os filósofos ditos continentais acusarem a filosofia analítica de retomar ingenuamente uma perspectiva cientificista e formalista, sem interrogar seus pressupostos. Por sua vez, filósofos analíticos acusam os continentais de se preocupar mais com a exegese de autoridades filosóficas do que com a clarificação dos problemas filosóficos.