Filosofia Clínica
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Filosofia Clínica é a abordagem filosófica brasileira para aliviar as angústias humanas, a exemplo da Filosofia Prática, ou Filosofia do Aconselhamento, que surgiu na Alemanha, em 1981. A corrente brasileira data de fins da década de 80, criada pelo psicanalista e filósofo Lúcio Packter, no Rio Grande do Sul (RS).
Há mais diferenças metodológicas que teóricas entre a Filosofia Clínica e a Filosofia do Aconselhamento. Packter ensina, em cursos de pós-graduação, que a ciência brasileira "direciona e elabora, a partir da metodologia filosófica, procedimentos de diagnose e tratamento endereçados a questões existenciais encontradas em hospitais, clínicas, escolas e ambulatórios. Técnicas que diferem dos métodos e fundamentos da Psicologia, da Psiquiatria e da Psicanálise: não existe o conceito de normalidade, de patologia; não existem concepções a priori como ‘o homem é um ser social’, ‘o homem busca a felicidade’. Tudo parte da historicidade da pessoa atendida, percorrendo-se desde o logicismo formal até a epistemologia nas questões focadas no diagnóstico dos problemas. A fundamentação das questões consta da Filosofia acadêmica, inteiramente, com seus escritos e autores. Está baseada no Logicismo, na Epistemologia, na Fenomenologia, na Historicidade, no Estruturalismo e na Analítica da Linguagem, entre outras abordagens" (ver Revista Psique - Editora Escala, nº1, pág. 66, 2005).
A teoria, porém, não isenta a Filosofia Clínica de severas críticas de psiquiatras e psicólogos, sob os seguintes argumentos: os primeiros exigem que estes tenham uma formação que lhes permita evidenciar disfunções orgânicas que originam males existenciais (deficiências que provoquem depressões ou desordem mental); os segundos acreditam ser errônea a racionalização de questões que certamente pertencem ao campo das emoções.
[editar] História
O criador da Filosofia do Aconselhamento foi Gerd Achenbach, da cidade alemã de Cologne, espalhando sua criação pela Europa. A base da corrente criada é o trabalho dos chamados epicuristas, da Grécia, seguidores de Epicuro. Para este último, Filosofia era, por fim, "a terapia da alma", daí sua utilização para aliviar as angústias humanas..