Estilo neo-manuelino
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O estilo neo-manuelino foi uma corrente revivalista que se desenvolveu dentro da arquitectura e das artes decorativas portuguesas entre meados do século XIX e o início do século XX.
Seguindo a moda revivalista gótica que se espalhava por toda a Europa a partir de meados do século XVIII, o estilo gótico final português foi considerado o mais caracteristicamente nacional. A historiografia da arte dava então os seus primeiros passos e o nome manuelino, ligando o estilo à produção artística do reinado de D. Manuel I (1495-1521), foi introduzido em 1842 pelo historiador Francisco Adolfo de Varnhagen.
O neo-manuelino começou com a edificação do Palácio da Pena, em Sintra, pelo rei-consorte D. Fernando de Saxe-Coburgo, entre 1839 e 1849. A partir da década de 1860 inicia-se a campanha de obras de restauro do Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa, na qual o mosteiro ganhou uma nova torre neo-manuelina e um anexo neo-manuelino, onde se instalou a Casa Pia de Lisboa (atualmente se encontra ai o Museu da Marinha e o Museu Nacional de Arqueologia).
Outros edifícios importantes em estilo neo-manuelino em Portugal são o Palácio Hotel do Bussaco (1888-1907), a Estação de Comboios do Rossio em Lisboa (1886-1890), os Paços do Concelho de Sintra (1906-1909), a Quinta da Regaleira, também em Sintra (1904-1910), o Palácio dos Condes de Castro Guimarães em Cascais (cerca de 1900), e muitos outros.
No Brasil também há edifícios neo-manuelinos, geralmente ligados a instituições fundadas por imigrantes portugueses. Exemplos são o Real Gabinete Português de Leitura (1880-1887) e o Liceu Literário Português, no Rio de Janeiro, o Centro Português de Santos (1898-1901), o Gabinete Português de Leitura em Salvador da Bahia (1915-1918), e alguns outros.