Duque de Aveiro
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Duque de Aveiro é um título associado à Casa Real Portuguesa (criação em data incerta - mas antes de 1535 - ou por D. João III, ou mais naturalmente por seu pai D. Manuel I, que era quem desejava apagar a memória do Infante D. Pedro, duque de Coimbra, avô materno de D. João II, por ser filho de uma senhora Bragança) a favor de D. João de Lancastre, filho sucessor do 2º Duque de Coimbra D. Jorge de Lancastre, este filho bastardo de D. João II. Não sendo renovado o título de Coimbra por D. João III, ficou assim em uso o de Aveiro nesta Casa com a varonia do Príncipe Perfeito.
- D. João de Lencastre (1501 — 22.08.1571);
- D. Juliana de Lencastre (1560-1636);
- D. Raimundo de Lencastre (1620 — 06.10.1666);
- D. Pedro de Lencastre (1608 — 23.04.1673);
- D. Maria de Lencastre (1630 — 07.02.1715);
- D. Gabriel de Lencastre (1667-1745);
- D. José de Mascarenhas e Lancastre (02.10.1708 — 13.01.1759).
Este ducado foi extinto para todo o sempre por ordem régia e sentença judicial em 1759. O filho herdeiro do último duque (a quem o Marquês de Pombal proibiu que se casasse), D. Martinho Mascarenhas da Silva e Lancastre, 6º marquês de Gouveia, deixou no entanto descendência ilegítima na cidade de Aveiro e no concelho de Azeitão.
As propriedades desta família ducal foram todas confiscadas pela Casa Real em 1760. Todos os seus edifícios e bens próprios foram destruidos, concedidos a outrém, ou vendidos, depois de confiscados pelo Estado. As pedras de armas dos Aveiro foram mandadas picar, e o chão dos seus palácios e quintas mandado salgar. A próprio nome oficial da cidade de Aveiro foi alterado para o de Nova Bragança (mais tarde voltando ao original). A única propriedade ainda demonstrativa do antigo poder desta família é o grande e sumptuoso Palácio de Azeitão, que se encontra infelizmente em total abandono e em estado avançado de degradação.
São actualmente representantes genealógicos dos Aveiro os marqueses de Lavradio, descendentes legítimos de D. Francisca das Chagas Mascarenhas, marquesa de Lavradio a qual foi irmã do 8º e último duque de Aveiro. A varonia Lancastre, legítima, existe ainda, mas apenas na Casa dos condes da Lousã, os quais não descendem porém dos duques de Aveiro, mas sim de D. Jorge de Lancastre, 2º duque de Coimbra (pai do 1º duque de Aveiro) por um filho mais novo deste.
