Cruz Alta
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Cruz Alta é um município brasileiro do estado do Rio Grande do Sul. Localiza-se a uma latitude 28º 38 '19" sul e a uma longitude 53º 36' 23" oeste, estando a uma altitude de 452 metros.
No século XVII, os bandeirantes tinham por objetivo expulsar os jesuítas do território a leste do rio Uruguai. Deparam-se próximo ás nascentes do rio Jacuí com a próspera redução de Santa Teresa, que chegou a abrigar mais de 8.000 indígenas.
Atacada e destruída essa aldeia indígena em 1637, há mais ou menos 2 léguas do local da atual cidade de Cruz Alta, um pequeno grupo instala-se no alto de uma coxilha, em redor de uma capela, na frente da qual havia um enorme cruz de madeira. A localização e a cruz forneceram os elementos para denominação do lugar que, mais tarde, veio a transferir-se para o primitivo local, que é onde se encontra edificada a cidade de Cruz Alta. O povoado que assim se formou foi elevado à categoria de frequesia em 1821 e a município em 1834.De origem luso-guarani, a cidade também acolheu outras etnias. Terra rica para agricultura e pecuária, sede da Universidade de Cruz Alta e da Escola de Aperfeiçoamento de Sargentos, Cruz Alta destaca-se regionalmente como sendo pólo nas áreas de Educação, Saúde e Comunicação Social.
Cruz Alta é conhecida como Cidade do Guarani, dos Tropeiros e de Érico Verísssimo.
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[editar] História
A "Santinha" como é chamada carinhosamente Nossa Senhora de Fátima pelo povo, fz parte da história de Cruz Alta e, principalmente, faz parte da caminhada da Igreja de toda esta região. O padre Pedro Luiz Bottari idealizou o Monumento em honra à Nossa Senhora de Fátima, como um local de oração e penitência em 1948. O Padre Pedro utilizava todos os meios possíveis na cidade para estimular e incentivar a devoção à Nossa Senhora, principalmente através da oração do terço em família, amplamente divulgado em programas de rádio da época. Mobilizou toda a comunidade para que o Monumento se tornasse uma realidade. Foi ele quem estimulou, mobilizou os meios de comunicação em torno dessa verdadeira paixão que alimentava: a devoção á Nossa Senhora de Fátima.
Sua construção foi iniciada em 1950, no terreno doado pelo senhor Henrique Scarpelini. O engenheiro Dr. Arno Glitz, juntamente com o construtor ASSUNÇÃO SEVERO DA SILVA que edificaram a obra.
A miniatura do Santuário de Fátima em Portugal e a fonte de d´água foram desenhadas pelo Dr. Ítalo de Souza Noechi e construídas por Dante de Vit.
A inauguração do Monumento foi a 12 de outubro de 1952. A população de Cruz Alta, nesse dia, duplicou. Foi um acontecimento nunca visto na região. Mais de 40 mil pessoas estavam presentes aos atos de inauguração.
[editar] A imagem de Nossa Senhora de Fátima
A imagem de Nossa Senhora de Fátima, que durante o ano fica no santuário e é conduzida na Romaria, foi doada pelo Governo de Portugal, por intermediação do Embaixador de Portugal no Brasil, senhor Antonio Farias. Na ocasião a imagem ficou exposta em Porto Alegre, na Casa de Portugal, numa vitrine doada pela mesma.
Na véspera da inauguração do Monumento a imagem foi levada até a Rede Ferroviária, acompanhada de uma multidão de pessoas. A caravana foi recepcionada na estação, em Cruz Alta, no dia 12 de outubro de 1952 e a imagem de Fátima conduzida em procissão para o Monumento. O então Bispo de santa Maria, Dom Antonio Reis, segundo o rito, consagra o Monumento à Virgem e celebra a missa solene, dando início assim às Romarias em Cruz Alta.
Para os atos de inauguração estiveram presentes o Governador do Estado, General Ernesto Dornelles, o Embaixador de Portugal, Sr. Antonio Farias, todas as autoridades dos mais diferentes recantos do Estado do Rio Grande do Sul.
Na primeira Romaria o tema/lema escolhido pela comissão foi: Fátima salvou o mundo, Fátima me salvará! Este lema expressa a compreensão teológica daquela época.
A imagem de Fátima mede seis metros de altura, e foi esculpida pelo artista berlinense Alfredo Staeger, sobre um monumento de trinta e um metros de altura, o maior do Estado.
[editar] Parque do Monumento
O Parque do Monumento foi sensivelmente ampliado e hoje já se pode ver o resultado de muito esforço conjunto da Comissão do Monumento e das Comissões Organizadoras da Romaria. O ambiente é mais acolhedor e mais agradável para os visitantes que, em grande número visitam o local.
Todos os domingos às 16:00 horas é celebrada missa no santuário e no dia 13 de cada mês estão sendo celebradas 02 missas a primeira acontece às 9 horas da manhã e a segunda às 17:00 horas, nesta ocasião os fiéis recebem a benção individual e também são abençoados objetos pessoais. Muitas pessoas vão até o local todos os dias para rezar, pagar promessas, acender velas e buscar água. Aos domingos é grande o número de pessoas que acorrem ao local.
[editar] Romaria
Desde a criação da Diocese, a Romaria passou a ser Diocesana. A coordenação da pastoral Diocesana, a partir de então, passou a organizar a Romaria, transformando-a num momento alto de oração e evangelização não só de Cruz Alta, mas de toda a Diocese.
Segundo registros, e embasados na mobilização em preparação à Romaria, verifica-se que “não é simples dado turístico, mas assume a dimensão de um ato de fé cristã e de um renovado compromisso de vida”.
"A Romaria é um caminhar juntos à luz da fé, conduzidos pela mão carinhosa da Mãe, no sentido característico da vida humana, que é um constante peregrinar. Ela é um encontro de irmãos, que crêem num só Senhor, numa só fé, num só batismo, numa só e única vocação para o amor”.
[editar] Estação ferroviária
A linha unindo Marcelino Ramos e Santa Maria foi idealizada em 1889 juntamente com todo o trecho entre Itararé, SP, e Santa Maria, RS, pelo engenheiro Teixeira Soares, visando a ligação ferroviária do Rio de Janeiro e São Paulo com o sul do País e também a colonização de boa parte do percurso, locais ainda virgens. A parte correspondente ao Estado do Rio Grande do Sul acabou sendo construída separadamente do restante do trecho (que seria chamado de linha Itararé-Uruguai) e entregue em 1894 à Cie. Sud Ouest Brésilien, e em 1907 cedida à Cie. Auxiliaire au Brésil. Em 1920, passou para o Governo, formando-se a Viação Férrea do Rio Grande do Sul, que em 1969, teve as operações absorvidas pela RFFSA. Com parte do trecho desativada em meados dos anos 1990, em 1996 a ALL recebeu a concessão da linha, bem como de todas as outras ainda existentes no Estado. Trens de passageiros circularam até os anos 1980 pela linha.
A estação de Cruz Alta foi inaugurada pela Sud Ouest em 1894. Hoje (2004) é considerada hoje uma das mais importantes da ALL. Ali funciona a estação de transbordo para produtos agrícolas, combustível, cimento e fertilizantes, saindo trens diariamente para o porto de Rio Grande.
[editar] Lendas
- Lenda da Panelinha
Havia um arroio que se chamava Panelinha, cujas águas serviam para matar a sede dos tropeiros que levavam mercadorias do interior do Rio Grande do Sul para Sorocaba/SP. As índias da região davam de beber a esses tropeiros e eles sempre retornavam. A partir disso foi se solidificando a crença de que "quem bebe da água da Panelinha sempre volta". Com o passar do tempo ergueram-se casas a beira da Panelinha, e lentamente esse povoado virou cidade.
[editar] Turismo
- Fundação Érico Veríssimo
Residência onde nasceu o escritor cruzaltense, sendo que o local possui objetos pessoais, além de suas obras.
- Monumento de Fátima
Erguido em um pedestal de 31 metros de altura. Inaugurado em outubro de 1952. A imagem da Santa, existente na capela do monumento, veio de Portugal, assim como uma ampola com água, existente na miniatura da Basílica de Fátima.
- Casa de Cultura Justino Martins
O local abriga o Arquivo Histórico do município, amplo auditório e espaço para exposição de arte.
- Parque Integrado de Exposições
Área de lazer com pistas de rodeio, casas das etnias. É sede dos principais eventos do município, como Fenatrigo, Expoprima e acampamento da Coxilha Nativista.
- Cascata Nossa Senhora da Conceição
Fica a 10 Km da cidade.
- Marco Inicial
É uma cruz que fica no mesmo local onde os habitantes primitivos ergueram a primeira cruz na região.
- Brique Praça da Bandeira
- Centro de Convergência Cultural
Antiga estação ferroviária, onde hoje está instalada a Secretaria Municipal de Turismo e o Arquivo histórico do Município. No local são realizados diversos cursos de artesanato e, em um domingo por mês, acontece o projeto Cultura nos Trilhos, um espaço destinado a exposições e apresentações de trabalhos de artistas cruz-altenses. No local está também o Monumento ao Ferroviário e a Maria Fumaça.
- Monumento à Cuia
- Monumento à Lenda da Panelinha
[editar] Eventos
- 19 a 30 de janeiro
- Cavalgada Ana Terra 13 - 1º Baile Municipal de Fantasias 27 - Escolha Rainha e Rei Momo.
- 17 de fevereiro
- Escolha da Rainha Regional do Carnaval e Concurso Regional de Fantasias.
- 24 a 27 de fevereiro
- Desfile de Blocos e Escolas de Samba 27 - Carnaval D'Água
- 3 de março
- Baile Municipal de Enterro dos Ossos
- 1º de maio
- Rústica Operária
- junho
- Festival do Estudante Municipal
- 11 a 18 de agosto
- Semana do Município
- 14 a 20 de setembro
- Semana Farroupilha
- 16 a 19 de setembro 19ª Mateada em Praça Pública
- 14 de outubro
- Romaria ao Monumento de Fátima
[editar] Filhos ilustres
- Érico Veríssimo
- José Gomes Pinheiro Machado
- Luize Altenhofen
- Raul Silveira de Melo
- Serys Slhessarenko