Constantim (Vila Real)
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Concelho | Vila Real |
Área | 7,26 km² |
População | 971 hab. (2001) |
Densidade | 133,7 hab./km² |
Freguesias de Portugal |
Constantim é uma freguesia portuguesa do concelho de Vila Real, com 7,26 km² de área e 971 habitantes (2001). Densidade: 133,7 hab/km².
[editar] Património
- Freguesia de Constantim
Em 1096 o conde o. Henrique conjuntamente com D. Teresa concederam carta de foral aos homens bons que vieram povoar a Vila de Constantim de Panóias.
Constantim aparece abundantemente documentada a partir do séc. XI. Referem-se-Ihe as Inquisições Afonsinas de 1220 e 1258.
- Igreja de Constantim
Constantim, cujo topónimo parece ter origem em Villa Constantini, foi lugar importante. Ainda hoje aparece tégula romana disseminada nas vinhas, a oeste da aldeia, no lugar das Mâmoas. O Conde D. Henrique deu-Ihe foral em 1096, que foi confirmado por D. Afonso Henriques em 1128. Nesse recuado tempo, era habitada fundamentalmente por comerciantes e artífices, sendo a agricultura secundária. Também nesse tempo, realizava-se em Santa Maria de Constantim uma das maiores feiras do Norte, que deu ao lugar ao topónimo de "Feira de
Constantim", como então a localidade era conhecida. Foi o centro administrativo das Terras de Panóias, desde 1096 até à fundação de Vila Real, em 1289. Perdeu este grande privilégio talvez por estar em campo aberto e não ter condições de defesa adequada aos tempos medievais.
A igreja é datada de 1726. No edifício nada sobressai a não ser a sobriedade arquitectónica e a elegância do conjunto. Apesar de tanta simplicidade, é imóvel de interesse público. O que dá valor especial a esta igreja é o sacrário rotativo, com quatro esculturas assim cronologicamente ordenadas, se o rolamos da direita para a esquerda: a prisão de Jesus, a flagelação, o calvário e a ressurreição. É uma raridade em talha de madeira dourada. Podemos datá-lo dos começos do século XVII, bem como o retábulo onde se insere, com excepção da tribuna que já é setecentista.
Em capela adossada à igreja, dentro de baú de madeira reforçada com arcos de ferro, guarda-se o crânio de São Frutuoso, não o arcebispo bracarense, mas um santo local, que viveu no século XI. A tradição de beijar "a santa cabeça", em 20 de Janeiro e no último Domingo de Julho, dias em que se realizam as festas anuais, ainda perdura.
Mas o que empresta mais valor ao conjunto é a capela exterior, encostada à frontaria da igreja, do lado esquerdo de quem entra. É do início do século XVI. Trata-se de um pequeno templo quadrangular, cuja frontaria é quase preenchida pelo portal de arco abatido e com arestas biseladas. Por cima, abre-se uma pequenina fresta. Do lado norte, tem seis cachorros lisos, que sustentam a cimalha ornada com belos motivos florais executados num caveto.