Cinema da década de 1990
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O Pop casa-se com o Clássico nas telas. Prova disso é a consagração de The Silence of the Lambs (O Silêncio dos Inocentes, 1991) no Óscar. Quentin Tarantino é revelado como um dos grandes gênios da modernidade ao planejar Pulp Fiction (Tempo de Violência, 1994). A platéia se toca com histórias sensíveis, como a de The Piano (O Piano, 1993) e Magnolia (Magnólia, 1999). Tom Hanks ganha dois Óscar consecutivos e Julia Roberts se torna a musa da década ao estrelar Pretty Woman (Uma Linda Mulher, 1991). Sharon Stone e Demi Moore também fazem sucesso. No Brasil, o Cinema é novamente tratado como assunto sério e Central do Brasil conquista a crítica do mundo todo, vencendo o Festival de Berlim e o Globo de Ouro.
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[editar] 1990
Martin Scorsese mais uma vez inaugura a década, com seu grande sucesso Goodfellas (Os Bons Companheiros no Brasil e Tudo Bons Rapazes em Portugal). Demi Moore e Patrick Swayze vivem uma história de amor que ultrapassa os limites da vida, em Ghost (Ghost - Do Outro Lado da Vida), que dá a Whoopi Goldberg o Óscar como coadjuvante. O ator Kevin Costner dirige um épico sobre os indígenas norte-americanos, Dance with Wolves (Dança com Lobos), ganhador de sete prêmios da Academia. Francis Ford Coppola completa a trilogia O Poderoso Chefão, com The Godfather Part III (O Poderoso Chefão 3). Glenn Close e Jeremy Irons protagonizam Reversal of Fortune (O Reverso da Fortuna) e Robin Williams e Robert De Niro se encontram no tocante Awakenings (Tempo de Despertar). Após entregar Dangerous Liaisons (Ligações Perigosas), Stephen Frears coloca Anjelica Huston e John Cusack como trapaceiros da pior espécie em The Grifters (Os Imorais).
[editar] 1991
O ano é de Jodie Foster e Anthony Hopkins, que recebem Óscar por The Silence of the Lambs (O Silêncio dos Inocentes). O diretor e roteirista Oliver Stone causa polêmica com JFK (JFK - A Pergunta Que Não Quer Calar) ao tocar diretamente no episódio mais intrigante da história norte-americana. A Walt Disney concretiza sua retomada com o musical de desenho animado Beauty and the Beast (A Bela e a Fera). Ridley Scott faz de Geena Davis e Susan Sarandon uma das duplas mais marcantes do Cinema, em Thelma and Louise, responsável também por tornar Brad Pitt famoso dentro e fora das telas. Os irmãos Joel Coen e Ethan Coen fazem história no Festival de cinema de Cannes com o magnífico Barton Fink (Barton Fink - Delírios de Hollywood). Arnold Schwarzenegger interpreta um bom moço diferente em Terminator 2: Judgement Day (O Exterminador do Futuro 2), que provoca uma corrida em Hollywood por efeitos especiais cada vez mais aperfeiçoados.
[editar] 1992
Michelle Pfeiffer encarna a Mulher-Gato em um uniforme colante e deixa o Batman de Michael Keaton apaixonado. Clint Eastwood retorna à boa forma com Unforgiven (Os Imperdoáveis), um faroeste com Morgan Freeman e Gene Hackman. Al Pacino finalmente ganha um Óscar com Scent of a Woman (Perfume de Mulher). Rob Reiner reúne um grande elenco, chefiado por Jack Nicholson, Tom Cruise e Demi Moore em A Few Good Man (Questão de Honra). O acadêmico James Ivory dirige o drama inglês Howard's End (Retorno a Howard's End), vencedor de inúmeros prêmios. O mestre Robert Altman faz uma viagem a Hollywood moderna em The Player (O Jogador), com Tim Robbins interpretando um executivo do Cinema perseguido por um roteirista rejeitado. O ator e o diretor ganham os prêmios no Festival de cinema de Cannes. Spike Lee e Denzel Washington trabalham juntos na biografia de Malcom X (idem). Outro personagem histórico levado às telas é Chaplin (idem), no filme de Richard Attenborough (Gandhi). Neil Jordan obtem êxito com a obra independente The Crying Game (Traídos Pelo Desejo). Michelle Pfeiffer e Susan Sarandon entregam performances memoráveis em Love Field (As Barreiras do Amor) e Lorenzo's Oil (O Óleo de Lorenzo), respectivamente. Francis Ford Coppola adapta o clássico do terror em Bram Stocker's Dracula (Drácula de Bram Stocker). Sharon Stone cruza fatalmente as pernas em Basic Instinct (Instinto Selvagem) e se torna a nova musa loira de Hollywood.
[editar] 1993
Martin Scorsese dirige Michelle Pfeiffer, Winona Ryder e Daniel Day-Lewis em The Age of Innocence (A Época da Inocência). Steven Spielberg alcança a glória com o drama Schindler's List (A Lista de Schindler). Jane Campion escreve e realiza The Piano, vencedor do Festival de cinema de Cannes. The Fugitive (O Fugitivo) traz duelo entre Harrison Ford e Tommy Lee Jones. In the Name of the Father (Em Nome do Pai) questiona a sociedade da Irlanda. O acadêmico James Ivory dirige The Remains of the Day (Vestígios do Dia) com o mesmo elenco de Retorno a Howard's End. O livro de John Grisham The Pelican Brief (O Dossiê Pelicano) leva Julia Roberts a trabalhar com Alan J. Pakula.E Robert Altman aproveita boa fase com Short Cuts (Short Cuts - Cenas da Vida). Jonathan Demme aborda a questão da SIDA (AIDS) em Philadelphia (Filadélfia), com Tom Hanks e Denzel Washington. Robin Williams dá show na comédia Mrs. Doubtfire (Uma Babá Quase Perfeita). O Cinema Chinês demonstra sua força com Ba Wang Bie Ji (Adeus, Minha Concubina]], vencedor da Palma de Ouro. Holly Hunter e Tom Cruise se encontram no sucesso de bilheteria The Firm (A Firma). Contrapondo seu lado dramático, Steven Spielberg realiza proezas em Jurassic Park (Parque dos Dinossauros), divisor de águas no quesito efeitos especiais.
[editar] 1994
Quentin Tarantino torna-se um marco no Cinema com Pulp Fiction (Tempo de Violência), que se torna objeto de estudo e culto de toda uma geração. Robert Zemeckis revoluciona o uso de efeitos especiais em Forrest Gump (Forrest Gump - O Contador de Histórias), que alça Tom Hanks à condição de ídolo. Tim Robbins e Morgan Freeman conquistam o público com The Shawshank Redemption (Um Sonho de Liberdade), de Frank Darabont. Joel Schumacher acerta ao adaptar The Client (O Cliente), com Susan Sarandon e Brad Renfro. O estilo inglês de fazer comédias românticas conquista Hollywood. Four Weddings and a Funeral (Quatro Casamentos e um Funeral) ganha o César de melhor filme estrangeiro. Tim Burton explora toda sua criatividade em Ed Wood (idem), com fotografia em preto e branco e temática metalingüística. Jim Carrey tem mil caretas em The Mask (O Máskara) e Keanu Reeves salva Sandra Bullock em Speed (Velocidade Máxima).
[editar] 1995
O Cinema italiano repete o êxito de Nuovo Cinema Paradiso (Cinema Paradiso, 1988) e conquista Hollywood com o lirismo de Il Postino (The Postman ou O Carteiro e o Poeta), de Michael Radford. Os efeitos especiais e o roteiro repleto de ternura fazem de Babe (Babe, o Porquinho Atrapalhado) o sucesso do ano. Ron Howard junta Tom Hanks e Ed Harris no drama espacial Apollo 13 (Apollo 13 - Do Desastre ao Triunfo). O diretor chinês Ang Lee estréia nos Estados Unidos com Sense & Sensibility (Razão e Sensibilidade). Tim Robbins ataca na direção com Dead Man Walking (Os Últimos Passos de Um Homem). Outro ator é eleito melhor diretor: Mel Gibson conquista o Óscar com o épico Braveheart (Coração Valente). Oliver Stone dirige Anthony Hopkins e Paul Sorvino na cinebiografia Nixon (idem). Martin Scorsese retoma a parceria com Robert De Niro, desta vez acompanhado de Sharon Stone em Casino (Cassino). The Usual Suspects (Os Suspeitos) é o primeiro grande filme de Bryan Singer (X-Men). Woody Allen em boa forma com Mighty Aphrodite (Poderosa Afrodite). Walt Disney e Pixar transformam animação digital em bom negócio com Toy Story (idem).
[editar] 1996
Cameron Crowe prova ser um cineasta brilhante ao dirigir Tom Cruise no espetacular Jerry Maguire (Jerry Maguire - A Grande Virada). Joel Coen e Ethan Coen demonstram sua genialidade com a obra-prima da comédia de humor negro Fargo (idem), que premia Frances McDormand como melhor atriz. Milos Forman está irreverente em The People Vs. Larry Flynt (O Povo Contra Larry Flynt), sobre um episódio agitado da ´pornografia americana. Geoffrey Rush é o melhor ator por Shine (Brilhante), no papel de um grande pianista. O inglês Mike Leigh ganha o Festival de cinema de Cannes com o emocionante Secrets & Lies (Segredos e Mentiras). Alan Parker coloca Madonna e Antonio Banderas no polêmico Evita (idem). O britânico Danny Boyle torna-se cult pelo independente Trainspotting (Trainspotting - Sem Limites). Will Smith vira astro com Independence Day (idem), que revoluciona os efeitos especiais.
[editar] 1997
Joel Schumacher assina o mico do ano: Batman & Robin (idem), que sepulta a cinessérie iniciada em 1989. James Cameron chega onde quase ninguém conseguiu com Titanic, que empata com Ben-Hur em número máximo de Óscar, onze. Jack Nicholson retorna à boa forma com a comédia As Good as It Gets (Melhor é Impossível). O [[Cinema noir]] tem um exemplar contemporâneo com L.A. Confidential (Los Angeles - Cidade Proibida), com Kim Basinger e Russell Crowe. Gus Van Sant dirige Matt Damon e Robin Williams em Good Will Hunting (Gênio Indomável). Steven Spielberg retorna ao drama com Amistad e os grandes Paul Thomas Anderson e Quentin Tarantino entregam Boogie Nights (Boogie Nights - Prazer Sem Limites) e Jackie Brown (idem), respectivamente. Woody Allen chega ao ápice de sua genialidade com Deconstructing Harry (Desconstruindo Harry) e Martin Scorsese foge do próprio estilo com Kundun (idem). O Cinemão tem Contact (Contato), Face/Off (A Outra Face]], Con Air (Con Air - A Rota da Fuga), Air Force One (Força Aérea Um) e Men in Black (MIB - Homens de Preto). O Brasil desponta no cenário internacional com O Que É Isso, Companheiro?, indicado para o Óscar. O francês Luc Besson cria o clássico da ficção científica moderna The Fifth Element (O Quinto Elemento).
[editar] 1998
A Inglaterra se lança como a "nova terra do Cinema" e ganha o Óscar com Shakespeare in Love (Shakespeare Apaixonado), com a diva Judi Dench, e ainda tem outro representante de peso, Elizabeth, com Cate Blanchett. Steven Spielberg retoma o tema da guerra com Saving Private Ryan (O Resgate do Soldado Ryan). A Itália de Roberto Benigni conquista a Academia com La Vita è Bella (A Vida é Bela), enquanto o Brasil conquista o mundo com Central do Brasil, que ganha o Festival de Berlim e o Globo de Ouro, além de confirmar Fernanda Montenegro como a grande atriz da América Latina. Ian McKellen e Brendan Fraser discutem homossexualismo no clássico Gods and Monsters (Deuses e Monstros),Titanic bate todos os recordes de blheteria no mundo
[editar] 1999
O ano é de Stanley Kubrick, que causou polêmica com o clássico Eyes Wide Shut (De Olhos Bem Fechados), que uniu Tom Cruise à sua esposa na época, Nicole Kidman. O estreante Sam Mendes ganha o Óscar com American Beauty (Beleza Americana), com Kevin Spacey. Mas quem faz sucesso mesmo é o diretor indiano M. Night Shyamalan, que revoluciona o gênero suspense com The Sixth Sense (O Sexto Sentido), que põe Bruce Willis no topo e revela Haley Joel Osment. Paul Thomas Anderson (ou PT Anderson) entrega um longo filme sobre encontros casuais e acontecimentos fatídicos: Magnolia, com Tom Cruise, Julianne Moore e Philip Seymour Hoffman. Winona Ryder e Angelina Jolie falam sobre loucura de forma lúcida, em Girl, Interrumpted (Garota, Interrompida).
[editar] Ver também
- Cinema da década de 1950: o mestre do cinema Alfred Hitchcock filma Dial M For Muder (Disque M Para Matar), Rear Window (Janela Indiscreta) e Vertigo (Um Corpo Que Cai). Elia Kazan descobre Marlon Brando e juntos fazem On the Waterfront (Sindicato de Ladrões) e A Streetcar Named Desire (Um Bonde Chamado Desejo ou Uma Rua Chamada Pecado). O gênero musical é "vítima" do excesso de talento de Gene Kelly, que filma o melhor de todos os tempos, Singin' in the Rain (Cantando na Chuva).
- Cinema da década de 1960: os principais filmes e diretores da década marcada pelos grandes musicais, como o vencedor de 10 Óscar Amor, Sublime Amor, e dramas que celebravam a rebeldia da juventude americana, com Anne Bancroft e Dustin Hoffman quebrando a inocência do "American Way of Life" com A Primeira Noite de Um Homem. Roman Polanski dirige Mia Farrow no clássico do suspense Rosemary's Baby (O Bebê de Rosemary).
- Cinema da década de 1970: Francis Ford Coppola entrega o filme que mudaria a história da Sétima Arte, O Poderoso Chefão. Marlon Brando estrela ainda o erótico e polêmico O Último Tango em Paris e protagoniza uma cena antológica em Apocalipse Now. Jack Nicholson ganha o Óscar com o filme-síntese do espírito americano, Um Estranho no Ninho e Bob Fosse eterniza os musicais com O Show Deve Continuar.
- Cinema da década de 1980: o tema "violência" se torna a regra dos grandes diretores. Scorsese inova com Touro Indomável, enquanto que Stephen Frears causa espanto na platéia com o indecente Ligações Perigosas, que apresenta Glenn Close no auge de sua maestria e talento.
- Cinema da década de 1990: a palavra de ordem é diversidade. O Silêncio dos Inocentes entra para a História ao ganhar os 5 principais Óscar; Forrest Gump apresenta um astro definitivo (Tom Hanks); Quentin Tarantino muda o rumo dos acontecimentos ao revolucionar com Pulp Fiction, e Sharon Stone cruza fatalmente suas pernas em Instinto Selvagem.
- Cinema da década de 2000: Cameron Crowe filma sua própria história em Quase Famosos. A Academia é conquistada por Gladiador e Uma Mente Brilhante, ambos estrelados pelo oscarizado Russell Crowe. A nova musa do Cinema é apresentada ao grande público em Encontros e Desencontros (O Amor é um Lugar Estranho, em Portugal). Scarlett Johansson também marcaria presença no clássico Match Point - Ponto Final, o Woody Allen de maior repercussão nos últimos tempos.