Carlos d'Orleães

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Carlos de Orleans ou CARLOS I de Orleans nasceu em Paris 26 de maio de 1391 e morreu em 4 de janeiro de 1465 em Amboise, estando sepultado em Paris.

Poeta famoso, filho de Valentina Visconti (1370-1408) com Luís I de Valois chamado ainda Luís d´Orleans (1372-1407), foi, como seu pai, duque de Orleans em 1407, Conde de Blois, Conde de Dreux, Conde de Courtinay, senhor de Luzarches, de Sablé, de La Fere-en-Tardenois, de Gandelin, de Chalons-sur-Marne, de Sedenne, de Châtillon, de Crécy, de Epernay, de Montargis. Duque de Milão em 1447; foi ainda conde de Valois, de Brie, senhor de Asti.

Homem de grandes qualidades intelectuais e morais, dotado de profunda piedade, culto, amante das artes, o duque tinha um real talento poético. Com seu segundo casamento, Bernardo d’Armagnac se tornou chefe do partido oposto, na Casa de Orleans, aos da Borgonha: cada um dominava pelo terror. A Inglaterra, com tais dissensões internas, aliou-se à Borgonha depois de Azincourt (1415) e do Tratado de Troyes ( de 1420) e os Armagnac passaram a ser partido nacional.

Depois de Azincourt, Carlos de Orleans tem 24 anos e é o chefe dos Armagnacs. Prisioneiro dos ingleses, não é degolado como seus companheiros de armas, mas tem que viver exilado na Inglaterra durante 25 anos, quando cultivará a poesia.

O tratado de Arras (de 1435) entre Carlos VII e Filipe o Bom duque da Borgonha pôs fim à luta.

Versos seus, por amostra:

En regardant vers le pays de France

Un jour m'advint, à Douvres sur la mer,

Qu'il me souvint de la douce plaisance

Que je soulais audit pays trouver…

[editar] Casamentos e posteridade

Casou primeiro em Compiègne em 29 de junho de 1406 com Isabeau ou Isabel de França (Paris, 9 de novembro de 1389-13 de setembro de 1409 Blois, sepultada em Paris), filha de Carlos VI de Valois e de Isabeau de Baviera; era viúva do Rei da Inglaterra Ricardo II. Tiveram uma filha.

Casou depois em 1410 com Bona ou Bonne (1392-1415), filha de Bernardo VII, conde de Armagnac e Bona de Berry. Não tiveram filhos.

Casou por terceira vez em St. Omer em 6 de novembro de 1440 com Maria (19 de setembro de 1426-23 de julho de 1487 Chauny-en-Picardie, sepultada em Paris), filha de Adolfo IV, duque de Clèves, da Casa de La Marck, e Maria da Borgonha; tiveram três ou quatro filhos. Enviuvando, Maria casou em 1480 com um jovem gentilhomem do Artois, Jean de Rabodanges.

Filhos:

• 1 - Joana de Orleans (Blois 1409-1432 abadia de Saint-Aubin-d'Angers, sem descendência) casada com João II (Argentan 1409-1476 executado em Paris) o Bom, Duque de Alençon, Conde do Perche, filho de João I o Sábio Duque de Alençon, e de Maria da Bretanha.
• 2 - Da terceira esposa, Maria de Orleans (1457-1493). Casada em 1476 com João V de Foix ou de Grailly (morto depois de 1500), Visconde ou duque de Narbonne, Conde de Étampes.
• 3 - Ana de Orleans (1464-1491) abadessa de Fontevrault (em 1478), de Santa Cruz de Poitiers (em 1485).
• 4 - Luís XII (Blois 1462-1 de janeiro de 1515 Paris) apelidado o Pai do Povo, o Justo. Duque de Orleans etc. 1466-1496; Duque de Milão 1498-1512, senhor de Asti, Rei titular de Jerusalem e da Sicilia. TRONCO DA CASA DE VALOIS-ORLEANS. Sem ser Delfim, foi Rei de França em 4 de abril de 1498.