Baruch Goldstein
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Baruch Goldstein, nascido com o nome Benjamin Carl Goldstein, (1957- 25 de Fevereiro de 1994) foi um nacionalista judeu militante do grupo Kahane Kach responsável pelo assassinato de 29 muçulmanos que rezavam na Caverna dos Patriarcas em Hebron em 1994.
Goldstein nasceu em Brooklyn, Nova Iorque num seio de uma família de judeus ortodoxos.
Em 1983 Goldstein mudou-se para Israel, após se ter concluído a sua formação em medicina. Goldstein fixou-se no colonato de Kiryat Arba situado perto da cidade de Hebrom na Cisjordânia (território ocupado por Israel desde 1967). Hebrom, conhecida em língua árabe como al Khalil, é uma antiga cidade hebraica cuja população é hoje na sua maioria árabe. Goldstein trabalhou como médico no exército israelita, tendo também sido representante do partido Kach, que advogava a violência contra os árabes, no conselho local de Kiryat Arba.
No dia 24 de Fevereiro de 1994, Goldstein dirigiu-se ao santuário no Túmulo dos Patriarcas em Hebrom. O santuário situa-se acima da Cova de Macpela, local onde de acordo com a tradição se encontra sepultados Abraão, Sara e Isaque e que é venerado por judeus, cristãos e muçulmanos. O santuário possui áreas reservadas a judeus e muçulmanos (para estes trata-se da mesquita de Ibrahim). Goldstein dirigiu-se ao lado dos judeus, onde se realizava uma leitura do rolo de Ester, dado que no dia seguinte se celebrava a festa de Purim. No exterior, Goldstein ouviu um grupo de jovens árabes gritar pela morte dos judeus. Passadas umas horas e enraivecido com o que tinha ouvido, entrou na mesquita de Ibrahim vestido com uma farda do exército e disparou sobre os muçulmanos que oravam, matando 29 pessoas e ferindo 125.
Quando a sua arma encravou, Goldstein foi atacado pelos árabes com barras de ferro, acabando por falecer.
Yasser Arafat reagiu ao massacre solicitando a retirada de todos os colonatos judeus da área de Hebrom e o desarmamento de todos os colonos residentes na Cisjordânia.
Alguns colonos de Kiryat Arba transformaram o túmulo de Goldstein, situado próximo da Praça de Kahane (em honra ao fundador do Kach Meir Kahane) num santuário que se tornou alvo de peregrinação. Segundo estes colonos, Goldstein teria conhecimento de um ataque árabe sobre o colonato; porém até hoje esta alegação não foi comprovada. O governo de Israel decidiu aprovar legislação que impedisse erguer monumentos a qualquer pessoa que tivesse participado em actos de terrorismo e mandou destruir o santuário que se tinha criado no túmulo de Baruch em 1999.
