Andrzej Frycz Modrzewski
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Andrzej Frycz Modrzewski (Andreus Fricius Modrevius) (Wolbórz, também conhecida por Woybor, Voibor, Woibor, Wojbor, Woyborz e Wolborz perto da atual Piotrków Trybunalski, viveu por volta de 1503-1572) foi um erudito polonês renascentista, humanista e teólogo, chamado de "o pai da democracia polonesa".
Ele era da mais baixa camada da szlachta e possuía o título herdado de chefe da aldeia de Wolbórz, Polônia. Depois de se formar pela Universidade Jagiellon foi ordenado vigário e serviu sob as ordens do arcebispo Jan Łaski, o Velho e mais tarde sob as ordens do bispo de Poznań, Jan Latalski. Desde 1530 ele esteve ligado à corte do Jan Łaski, o Jovem, o primaz polonês e sobrinho do velho Łaski. Tendo vivido por um tempo na Alemanha, onde estudou na Universidade Luterana, ele teve contato com Martinho Lutero e outros antigos reformadores protestantes em Württemberg. Ele também cuidou da biblioteca de Erasmo de Roterdão.
Retornou para a Polônia em 1541 e se tornou um funcionário da corte do rei Sigismundo Augusto em 1547. Desde 1553 permaneceu em sua terra natal Wolbórz, mas uma vez que ele havia apoiado fortemente os reformistas protestantes (especialmente calvinistas e arianos da Irmandade polonesa) circulou que ele estaria em perigo de ser acusado de heresia e ameaçado de perder seus títulos eclesiásticos e cargos oficiais. O rei, entretanto, emitiu uma carta de proteção para ele.
Suas obras: Lascius, ou a Pena para Assassinato (1543, em latim, com o título polonês: Łaski albo o karze za mężobójstwo); O Discurso de um Verdadeiro Peripatético (1545); O Progresso da República das Duas Nações (1554, em latim: De Republica emendanda, primeiramente editado na Basiléia, título polonês: "O poprawie Rzeczpospolitej"); Silve Quator (1590, póstumo).
Em 'Lascius, ou a Pena para Assassinato' ele criticou a desigualdade na aplicação da lei com relação às diferentes classes sociais: enquanto que a pena para quem matasse um nobre variava de uma multa de 120 grzywna passando pela prisão perpétua ou a morte, a pena para quem matasse um camponês era de apenas 10 grzywna.
Mas foi 'O Progresso da República das Duas Nações' que lhe trouxe fama eterna e internacional. Ele defende uma monarquia central forte, onde o rei deveria proteger o direito de todos. Ele postulou a igualdade de todos os cidadãos perante à lei, criticou a proibição (1565) dos não nobres de possuírem terras e escreveu que o camponês deveria ter a sua própria terra para trabalhar e que o morador da cidade deveria poder comprar terras e ser eleito para cargos no governo (esses direitos eram apenas reservados para os nobres), exigiu a reforma (secularização) da educação, a separação entre Estado e Igreja. Este tratado foi traduzido em muitos idiomas europeus e trouxe-lhe muitos inimigos dentro da Igreja, inclusive o Papa Paulo V que colocou o seu livro no Index Librorum Prohibitorum (Lista dos Livros Proibidos).
Ele era favorável a que se enviasse uma delegação mista (eclesiástica e secular) para o Concílio de Trento (onde ele provavelmente seria um dos delegados poloneses a serem enviados)
[editar] Citações
- Sem leis não pode haver verdadeira liberdade (bez praw nie może być prawdziwej wolności).
- O camponês não é seu escravo, ele é seu vizinho.