Ana Rosa
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[editar] Ana Rosa
Nascida Ana Rosa Guy Galego, em 18 de junho de 1942, no “Circo Teatro Novo Horizonte”, na cidade de Promissão, São Paulo. Ana Rosa poderia hoje estar comemorando 61 anos de carreira, uma vez que o circo onde nasceu pertencia ao Capitão Juvenal Pimenta, seu avô, e foi o berço de sua primeira “experiência artística”. Aos quinze dias de vida, a pequena Ana Rosa foi levada ao palco durante a apresentação do espetáculo teatral “O mundo não me quis”, no qual representava um recém-nascido abandonado. A partir daí, seguiu os passos de sua família e aos quatro anos de idade, já interpretou seu primeiro personagem com falas. Aos nove anos de idade, além de atuar nos espetáculos teatrais, a atriz também trabalhava fazendo números no trapézio e no arame.
Em 1958, conheceu o ator e humorista Dedé Santana, que veio a ser seu primeiro marido e pai de seus dois primeiros filhos. Com ele, excursionou trabalhando como bailarina com o Circo de Revista Real. Em 1960, Ana Rosa e Dedé Santana inauguraram a TV Alvorada, em Brasília. Na ocasião, apresentaram juntos, ao vivo, diversos números circenses e tele-teatros. Após um ano, foram às pressas para São Paulo, aonde Maurício, o primeiro filho do casal, veio a falecer de leucemia, no dia 14 de fevereiro de 1961. No mesmo ano, ela e Dedé se separaram e Ana seguiu para Santos, onde voltou a trabalhar em circo. Meses depois, o casal reatou e, em abril de 1962, a atriz deu á luz a Maria Leone, hoje com 41 anos. Algum tempo depois o casal separou-se definitivamente.
Também na década de 60, Ana Rosa trabalhou no Teatro de Revista com nomes como J. Maia, Fernando Dávila, Guinter e Américo, Colé, Augusto Cesar Vanucci, e atuou em “Entre loiras e morenas”, espetáculo que estreou em 1961, no Teatro Jardel, em Copacabana, RJ. Durante as décadas de 70, 80 e 90, conciliou seu trabalho em TV com espetáculos teatrais, como: ”Uma janela para o sol” e “Os inimigos não mandam flores”, ambas de Pedro Bloch; ”Os marginalizados”, de Abílio Pereira de Almeida, na Cia. de Dercy Gonçalves; “Médico à força”, de Moliére; “Se”, de Sérgio Jockyman; “Camas redondas, casais quadrados”, direção de Zé Renato; “A calça”, de Millôr Fernandes” e direção de Maurice Vaneau; “A Nonna”, direção de Flávio Rangel; “D. Rosita a solteira”, de Lorca; “Amor bruxo”, direção de Roney Villela. Ana Rosa também atuou na comédia “Trair e coçar é só começar”, na qual trabalhou durante quatro anos; “As lobas”, direção de Antônio Pedro. A convite de Walmor Chagas, a atriz integrou o elenco permanente do Teatro Ziembinsky (RJ), onde interpretou textos como “Prezado amigo”, de Carlos Drummond de Andrade.
Em novembro de 1962, Colé a convidou para excursionar pelo nordeste com o espetáculo “Pelés e Peladas”. Na ocasião, conheceu o seu atual marido, o ator Guilherme Corrêa e, em janeiro de 1964, foram morar em Porto Alegre.
Sua trajetória profissional confunde-se com a história da TV brasileira. Mas tudo começou mesmo em março de 1964, quando a atriz recebeu o convite de Cassiano Gabus Mendes,então diretor artístico da TV Tupi, para protagonizar “Alma Cigana”. A novela, que era gravada em São Paulo, foi a primeira da emissora gravada em vídeo tape e transmitida diariamente em horário nobre, logo se transformou num grande sucesso nacional. Em função do intenso ritmo de trabalho e da distância, ela e Guilherme acabaram por se separar.
Após a excelente audiência de sua próxima novela , ”Se o mar contasse” (1964), a atriz passou a fazer parte do cast da TV Tupi. Em 1966, Ana ganhou José Ricardo. Em 1971, vieram completar a família: Maria Luisa e os gêmeos José Rodrigo e Maria Letícia, todos filhos do coração, como conta a atriz. Em 1975, Guilherme Corrêa mudou-se de volta para São Paulo e os dois retomaram o casamento. Em 1976, nasceu a primeira filha do casal: Ana Luisa e, em 1979, Ana e Guilherme casaram-se oficialmente. Em 1981, nasceu Ana Beatriz, a caçula de oito irmãos.
Ana Rosa trabalhou na TV Tupi durante 16 anos, onde atuou em 28 telenovelas e inúmeras produções, como “TV de Comédia“, “Grande Teatro Tupi”, “TV de Vanguarda”, entre outras. A atriz pertenceu ao cast da Tupi até janeiro de 1980, quando a emissora faliu.
Ao longo desses 40 anos de carreira, Ana Rosa também foi pioneira trabalhando em outras emissoras. Em janeiro de 1982, foi convidada por Silvio Santos para protagonizar “Destino”, a primeira telenovela do SBT. Na emissora, a atriz também participou das novelas “Conflito” (1982), “Vida Roubada” e “Justiça de Deus” (ambas em 1983). A atriz também trabalhou em produções da extinta TV Manchete, dentre as quais destacam-se “Santa Marta Fabril”, mini-série exibida em 1984, e a novela “Antônio Maria”, produção que inaugurou, em 1985, os estúdios da TV Manchete, em Água Grande (RJ). Em dezembro do mesmo ano, Guilherme e os cinco filhos menores mudaram para o Rio de janeiro, para ficar mais perto de Ana Rosa.
Na TV Globo, Ana Rosa fez sua estréia na mini-série “Moinhos de vento” (1983), com direção de Walter Avancini. Na emissora, a atriz atuou em 14 produções, nas quais destacam-se as telenovelas: “Brega e Chique” (1987), “O Dono do mundo” (1991), “Despedida de solteiro” (1992), “Tropicaliente” (1994), “História de Amor” (1995), “O Rei do Gado” (1996), “Corpo Dourado” (1997), “Suave Veneno (1999), “Um anjo caiu do céu” (2001), além de “O Beijo do Vampiro” (2002), sua 49º atuação nesses 40 anos de carreira.
Ainda na TV Globo, a atriz também trabalhou em mini-séries como “Riacho Doce” (1990), dirigida por Paulo Ubiratan e “Aquarela do Brasil”, dirigida por Jayme Monjardim. Desde 1983, Ana Rosa também vem atuando como convidada especial em inúmeras produções da emissora, como “Caso Verdade”, “Brava Gente”, “Você Decide” e “Retrato Falado”. Seus mais recentes trabalhos foram no seriado “A Grande Família” como Genoveva, noiva de seu Flor (Rogério Cardoso), e na novela “Kubanacan”. Na televisão, Ana Rosa trabalhou com diretores como Geraldo Vietri, Cassiano Gabus Mendes, Antônio Abujamra, Lima Duarte, Walter Avancini, Denis Carvalho, Paulo Ubiratan, Luiz Fernando Carvalho, Daniel Filho, Ricardo Waddington, Marcos Paulo, dentre outros.
Em 1997, juntamente com Guilherme Corrêa, seu atual marido, fez a adaptação do livro “Violetas na Janela” e participou de sua produção para o teatro. O espetáculo, que já foi assistido por mais de 156 mil pessoas, ainda excursiona pelo Brasil. Em 1998, Ana Rosa também assumiu o desafio de dirigir o espetáculo “O Cândido Chico Xavier”, que também permanece até hoje excursionando pelo país.
Ainda em 1997, a atriz entrou para o Guinness Book como a recordista em número de trabalhos em telenovelas gravadas em vídeo-tape. Com a marca de 49 telenovelas como atriz protagonista, coadjuvante e participações especiais, Ana Rosa mantém esse recorde até os dias de hoje. Ana Rosa também atuou no cinema, onde trabalhou em filmes como: ”Quatro Brasileiros em Paris” (1965), “Os Diabólicos Herdeiros” (1966), ”O Pequeno Mundo de Marcos” (1968), de Geraldo Vietri, e “Quatro Pistoleiros em Fúria” (1972), de Edward Freund.
No ano que Ana Rosa completa suas quatro décadas de carreira como atriz, ela comemora com o lançamento do livro “Essa Louca Televisão e sua Gente Maravilhosa”. A publicação, que será lançada em abril pela Editora Butterfly, conta sua trajetória e relembra suas passagens marcantes e histórias curiosas vividas na televisão ao longo dos seus 40 anos de trabalho, com depoimentos de vários artistas e profissionais da área.
Ainda em 2004, a incansável Ana Rosa pretende finalizar a adaptação para o cinema do livro “Violetas na Janela”, texto original de Vera Lúcia Marinzeck de Carvalho, que já foi adaptado e produzido pela atriz no teatro. A atriz também se prepara para voltar às salas de aula - Ana Rosa passou recentemente no vestibular para cursar a faculdade de cinema e diz que ainda tem muito a aprender...
[editar] Biografia
Oriunda de uma família de artistas, a atriz estreou na televisão interpretando a cigana Esmeralda na TV Tupi. Trabalhou em diversas emissoras de televisão, entre elas Rede Globo e Rede Record. Atualmente é recordista de atuações em telenovelas segundo o Guinness Book.
No teatro, atuou em As lobas, Trair e coçar é só começar e Violetas na Janela.
Em 2005 escreveu o livro "Essa louca TV e sua gente maravilhosa" publicado pela editora Butterflye, São Paulo.
