Ana I da Grã-Bretanha
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Ana I da Grã Bretanha ou Ana Stuart nasceu no Palácio de São Jaime em Londres em (6 de fevereiro de 1665 e morreu no palácio de Kensington, em Londres, em 1 de agosto de 1714) estando sepultada na abadia de Westminster. Rainha da Inglaterra, da Escócia, «França« e da Irlanda em Março de 1702, coroada em 23 de abril de 1702. Em maio de 1707, quando a Inglaterra e a Escócia se uniram em um único reino, Ana tornou-se a primeira soberana da Grã Bretanha, continuando a reinar até à sua morte.
Educada como protestante. Foi a última da dinastia Stuart, filha de Jaime II de Inglaterra, deposto em 1689 na Revolução Gloriosa. Sucedeu ao cunhado Guilherme de Orange, viúvo da sua irmã mais velha Maria II, tornando-se a última monarca da Casa de Stuart; vinso a ser sucedida por um primo distante, George I, da Casa de Hanôver.
Sua vida foi marcada por muitas crises ligadas à sucessão. O pai, James II, católico romano, fora destituído pela força em 1688; a irmã e o cunhado tornaram-se então rainha e rei como Mary II e Guilherme III.
As duas irmãs não conseguiam gerar filhos que sobrevivessem até à maioridade. Na ausência de um herdeiro protestante, o católico Jaime II poderia muito bem tentar retornar ao trono... Por esta razão que o Parlamento de Inglaterra passou legislação permitindo que a Coroa passasse para uma casa aparentada, a dos Guelfos. Quando o Parlamento Escocês se recusou a aceitar a escolha do Parlamento Inglês, várias táticas coercivas (designadamente a debilitação da economia escocesa) foram usadas para assegurar que Escócia cooperaria. O Tratado de União de 1707 (que uniu Inglaterra e Escócia no reino da Grã Bretanha) foi um produto de negociações subseqüentes.
O reinado de Ana foi marcado pelo desenvolvimento do sistema de dois partidos, os Torys e os Whigs. Embora fosse favorável aos primeiros, manteve no poder o ministério chefiado pelos segundos durante dois anos.
Sua amiga mais íntima, e talvez sua mais influente conselheira, foi Sarah Churchill, futura Duquesa de Marlborough, apesar de uma forte discussão que a levou a ser banida do Palácio durante a Guerra da sucessão espanhola. O marido de Sarah Churchill foi John Churchill, primeiro duque de Marlborough, que comandou os exércitos ingleses na Guerra da sucessão espanhola.
Influenciada por sua amiga e confidente Sarah Churchill, futura duquesa de Marlborough, durante a Revolução Gloriosa de 1688, quando foi derrubado seu pai Jaime II, apoiou sua irmã Mary mas depois brigou com ela e seu marido Guilher, atraída pelos Marlborough para intrigas jacobitas para restaurar o pai ou assegurar a acessão do meio-irmão, o Velho Pretendente.
Em 1701 assinou o Act of Settlement que estabeleceu sua sucessão para o ramo hanoveriano. Outros eventos de seu reino foram a Guerra da Sucessão da Espanha (1701-1713), as vitórias de Marlborough sobre os franceses em Blenheim (1704), Ramillies (1706), Oudenarde (1708) e Malplaquet (1709). Sarah Churchill foi afastada em 1710, suplantada como favorita por sua prima Mrs. Abigail Marsham, e os whigs substituidos por Tories chefiados por Robert Harley, 1º conde ou earl of Oxford, e Lord Bolingbroke. Como resultados, Ana teve dos mais brilhantes reinados na história inglesa!
A rainha tinha má saúde e amava o conhaque. Adoeceu no verão de 1749 e depois de alguns derrames, faleceu aos 49 anos, estando tão gorda que seu caixão era quase quadrado. Além de ter tido 12 filhos, dos quais seis varões, todos mortos antes de 1714, teve quatro abortos, dois bebês natimortos. Gentil, calorosa, não muito inteligente, no reinado de Ana os reinos da Inglaterra e Escócia foram unidos pela União dos Parlamentos (1707).
Sucedeu-lhe seu primo alemão da dinastia Hanover, ainda hoje no trono britânico apesar de ter mudado de nome: era Jorge, eleitor do Hanover e se tornou Jorge I.
[editar] Casamento e posteridade
Casou em 28 de julho de 1683 com o Príncipe Jorge da Dinamarca nascido em Copenhague em 2 de abril de 1647 e morto em 28 de outubro de 1708 em Kensington. Príncipe da Dinamarca e da Noruega, antigo candidato ao trono polonês, Duque de Cumberland e conde de Kendal em [[1689]], era irmão do Rei Cristiano V (1646-1699), filhos de Frederico III e de Sofia Amália de Brunswick-Luneburg. A Rainha Vitória costumava referir-se a ele como «the very stupid and insignificant husband of Queen Anne.»
Teve filhos que nem chegaram a receber nomes, como em maio de 1684, outubro de 1687, 1688, 1693, 1694, 1695, 1696, 1697, 1698 e 1700. Outros, batizados, viveram pouco.
- 1 - Maria (Whitehall 2 de junho de 1685-8 de fevereiro de 1687 castelo de Windsor).
- 2 - Ana Sofia (Windsor 12 de maio de 1686-2 de fevereiro de 1687 Windsor).
- 3 - Guilherme (Hampton Court 24 de julho de 1689-30 de julho de 1700 castelo de Windsor). Duque de Gloucester. Patético, nunca formalmente criado Duque, mas assim se referiam a ele na época. Depois, teria mais seis partos e dois bebês, mortos horas depois de nascer.
- 4 - Maria (palácio de S. Jaime, Londres, nascida e morta 14 de outubro de 1690)
- 5 - Jorge (nascido e morto 17 de abril de 1692)
Preceded by: Guilherme III de Inglaterra |
Rainha de Inglaterra 8 de Março de 1702 – 1 de Maio de 1707 |
Rainha da Grã-Bretanha 1 de Maio de 1707 – 1 de Agosto de 1714 |
Followed by: Jorge I da Grã-Bretanha |
Rainha da Escócia 8 de Março de 1702 – 1 de Maio de 1707 |
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Rainha da Irlanda 8 de Março de 1702 – 1 de Agosto de 1714 |