Alziro Zarur
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Alziro Abrahão Elias David Zarur (Rio de Janeiro, 25 de dezembro de 1914 — Rio de Janeiro, 21 de outubro de 1979) foi jornalista, radialista, poeta e escritor. Participou da chamada "Era de Ouro" do rádio brasileiro.
Possuía uma voz impressionante, além de inteligência e conhecimento que lhe permitiram grande destaque. Em 1949, estreou um programa religioso na Rádio Globo, gênero que não havia praticado até então. Obteve grande sucesso de audiência.
Em 1950, fundou a Legião da Boa Vontade (LBV), com objetivos de promover o diálogo inter-religioso. Tinha na época a adesão de padres, pastores, líderes espíritas, e lideranças de outras religiões. Realizava, então, a Cruzada de Religiões Irmanadas. Editava a bela e curiosa Revista Boa Vontade.
Oito anos depois, abandonou o projeto dessa Cruzada alegando despreparo dos participantes para o ecumenismo. No mesmo 1958, casou-se em cerimônia Católica Ortodoxa, a religião de seus pais. A partir desta data, concentrou a atuação da LBV na promoção da caridade. Teve grande êxito.
Pelas ondas da rádio Mundial, controlada por Zarur, motivou por todo o Brasil a formação de grupos particulares que faziam a caridade em nome da LBV. Fundou um partido político, o PBV, Partido da Boa Vontade.
Os grupos particulares de legionários (seguidores de Zarur), facilitaram a criação de núcleos da LBV em todo o Brasil, e de obras sociais. Pregou pelo rádio o Apocalipse, último livro da Bíblia.
Proclamou a Religião de Deus em 1973. No ano seguinte fundou a Agência Paz Promoções, que passou a ser responsável pelos lançamentos literários da LBV. Em 1976, Alziro Zarur sagrou-se campeão mundial de permanência no ar, com a impressionante quantia de 33 mil audições.
[editar] A Oração de São Francisco de Assis
Alziro Zarur fez uma tradução brilhante e interpretou de maneira inesquecível a Oração de São Francisco.
Senhor: fazei de mim um instrumento da Vossa paz.
Onde haja ódio, consenti que eu semeie amor:
Perdão, onde haja injúria:
Fé, onde haja dúvida:
Verdade onde haja mentira:
Esperança, onde haja desespero:
Luz, onde haja treva:
União, onde haja discórdia:
Alegria, onde haja tristeza:
Ó Divino Mestre!
Permiti que eu não procure, tanto ser consolado
Quanto consolar;
Compreendido quanto compreender,
Amado, quanto amar;
Porque é dando que recebemos.
Perdoando é que somos perdoados.
E morrendo é que nascemos para a Vida Eterna.
[editar] Referências