Aeronave presidencial (Brasil)
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Em maio de 2003, o governo brasileiro decidiu substituir o avião presidencial. Desde 1986, era usado um Boeing-707.
Em meados de 2004 e alegando que a gastaria muito com passagens aéreas, o governo Luís Inácio Lula da Silva, resolveu modernizar a aeronave presidencial que usaria em viagens oficiais de sua comitiva à países mais distantes do Brasil, como Estados Unidos, França, Inglaterra e até mesmo à China. O governo estipulou economizar, anualmente, US$ 5,2 mi com a compra da aeronave com relação às suas viajens.
[editar] Polêmica
Surgiu, entre alguns organismos da imprensa e especialmente entre a oposição do governo, uma crítica de que poucos países possuíam aeronaves para deslocamento de suas autoridades com o porte do modelo escolhido pelo governo brasileiro. Entre os que possuíam porte maior estavam os EUA (Airforce 1), nesse caso, necessário para o transporte do presidente tendo em vista a sua segurança pessoal. O que se critica é que, no caso brasileiro, a única alegação seria a de economizar dinheiro. Porém, segundo o Siafi, Sistema Integrado de Acompanhamento Financeiro — um órgão ligado ao Governo —, investiu-se mais na compra da aeronave do que em saneamento básico durante o ano de 2004.
[editar] Curiosidades
- O Aerolula, a despeito deste apelido, não é propriedade de Luís Inácio Lula da Silva, mas sim da Aeronáutica Brasileira. Deverá ser usado, neste e em futuros governos, para o transporte aéreo do Presidente da República, Ministros de Estado, Secretários da Presidência da República e autoridades dos Poderes Legislativo e Judiciário, bem como o Alto-Comando da Aeronáutica.
- Lula foi o 6º presidente a comprar uma aeronave. Getúlio Vargas comprou o primeiro — um Lodestar —, em 1941. Em 1959, Juscelino Kubstchek o substituiu por dois turboélices Viscount. O general Arthur da Costa e Silva os trocou pelos ingleses BAC-111. Eles circularam até 1976, quando o general Ernesto Geisel adquiriu dois Boeing-737/200. José Sarney, o último a investir na compra de aeronaves, comprou um Boeing — 707.
- O modelo escolhido foi o Airbus (Airbus Corporate Jetliner A-319), do mesmo tipo usado pela companhia aérea TAM na ponte-aérea Rio — São Paulo.
- Foi batizado de Santos Dumont, porém, ficou conhecido popularmente como Aerolula.
- Custou ao governo US$ 56,7 milhões, parcelados em 3 vezes.
- Os membros do Ministério da Aeronática justificaram sua compra dizendo que ficaria 50% mais barato o governo ter avião próprio que fretar vôos especiais para as viagens presidenciais. O governo estimou economizar US$ 5,2 milhões por ano com custos de vôos oficiais por causa da aquisição. Outros países que possuem aeronaves são: Estados Unidos, Alemanha, Argentina, África do Sul, Rússia, Venezuela, Chile e França.
- Ele é capaz de voar para a Europa ou para os Estados Unidos sem reabastecer.
- O Aerolula teve projeto interno personalizado. Sua cabine possui 80 metros quadrados e abriga uma suíte com chuveiro. Comporta 55 passageiros, 35 a menos que o antigo avião presidencial. O tenente-brigadeiro-do-ar Luiz Carlos da Silva Bueno declarou, em uma entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, que a cama que serviria ao presidente era tão estreita que Lula (presidente da República eleito na data da compra da aeronave) teria que emagrecer para se sentir confortável.
- Ao todo, apenas seis pilotos da Força Aérea Brasileira estavam aptos a pilotar a aeronave na época em que foi comprada. O primeiro a assumir seu manete foi o tenente-coronel Univaldo Batista de Souza.
- O avião chegou no Brasil em às 10h40 de 14 de janeiro de 2005. Ele veio de Hamburgo (Alemanha), com uma escala em Toulouse (França).