Adauto Aurélio de Miranda Henriques
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Adauto Aurélio de Miranda Henriques (Areia, 30 de agosto de 1855 — João Pessoa, 15 de agosto de 1935), foi foi um bispo brasileiro.
[editar] Biografia
Quando criança, estudou em sua terra natal e posteriormente em Olinda. Anos depois, transferiu-se para a Europa e lá cursou filosofia no São Suplício, em Paris, e teologia, na Pontifícia Universidade Gregoriana, em Roma, doutorando-se em Direito Canônico.
Em 18 de setembro de 1880, foi ordenado sacerdote. De volta ao Brasil, exerceu as funções de diretor espiritual e professor no Seminário de Olinda e cônego efeito da Sé, de 1881 a 1893. Foi o primeiro bispo e arcebispo da Paraíba, quando foi criada a Diocese da Paraíba, em 1982, pelo papa Leão XIII, em 2 de janeiro de 1894. Dirigiu a arquidiocese com pulso firme e polêmicas, notabilizando-se pelas pastorais em que condenava o liberalismo, o ateísmo, o socialismo, a maçonaria, o comunismo, a emancipação da mulher e o relaxamento de costumes trazido pelo urbanismo e a industrialização.
Fundou treze colégios, erigiu dezenove novas paróquias, realizou quase duzentas visitas pastorais, ordenou 140 padres, numa administração que trabalhava e fazia trabalhar. Fundou em João Pessoa o Seminário Arquidiocesano, o Colégio Pio X e, antes, em 1897, o semanário A Imprensa, edificando ainda, na praça que hoje lhe tem o nome, o Palácio do Bispo, sede da Arquidiocese.
Em 1930 o arcebispo manteve uma longa contencioso com o presidente do estado, João Pessoa, em razão da preexistência do registro e casamento civis, por este defendido.