Santo Amaro da Imperatriz
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Santo Amaro da Imperatriz é um município brasileiro do estado de Santa Catarina. Sua população estimada em 2006 era de 18.246 habitantes. Possui uma área de 352,4 m². Está a uma altitude média de 18 metros.
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[editar] História
A colonização de Santo Amaro da Imperatriz está ligada à descoberta da fonte de águas termais, por caçadores, em 1813. O Governo Imperial destacou então um contingente policial para guarda do local, já que a região era habitada por índios hostis. Em 18 de março de 1818, o rei Dom João VI determinou a construção de um hospital – foi a primeira lei de criação de uma estância termal no Brasil. Em outubro de 1845, Santo Amaro da Imperatriz recebeu a visita do casal imperial Dom Pedro II e Dona Teresa Cristina Maria de Bourbon, que mandou construir um prédio com quartos e banheiras para os visitantes em busca de alívio para suas dores. Em homenagem à Imperatriz, a localidade, nos arredores da cidade – que se chamava Caldas do Cubatão -, foi rebatizada como Caldas da Imperatriz.
Santo Amaro da Imperatriz com seus 338 Km² (quilômetros quadrados) de área territorial, dos quais 72% situados em área de preservação permanente, o Município está situado em posição geográfica privilegiada. Está ligado ao planalto e ao litoral catarinense pela BR-282 e é cortado pelo Rio Cubatão.
O Município oferece muitas opções de lazer, com suas águas termais, atrativos naturais e variadas festividades religiosas e culturais. As belezas naturais oferecidas pela natureza exibem um maravilhoso cenário. As águas termais presentes em Caldas da Imperatriz que brotam a 39º graus centrígrados, foram qualificadas com uma das melhores do Mundo.
As montanhas imponentes da Mata Atlântica, um verdadeiro Santuário Ecológico, as belezas e os mistérios da Serra do Tabuleiro, contribuem para que o Município se torne cada vez mais atraente aos que praticam o Ecoturismo.
Os esportes radicais: vôo livre, motocross, canoagem em corredeiras dos rios, etc... estão presentes no calendário de eventos e, já quase firmaram no município, proporcionando, inclusive, em algumas modalidades, campeonatos a nível nacional.
A simplicidade, o espírito trabalhador e o companheirismo dos Santoamarenses contribuem, também, para realçar outra, e talvez a principal, característica do povo do município: à hospitalidade. A hospitalidade realmente é marca registrada do povo Santoamarense, e, muito encantam aos turistas que aqui chegam.
Arraial do Cubatão, foi denominado o arraial que começou a ser formado por famílias que emigraram do litoral e das Freguesias de São José e Enseada de Brito, no princípio do Século XVIII, com a finalidade de estabelecer um entreposto comercial com a região serrana. O embrião inicial foi crescendo, pois havia a necessidade de se produzir farinha, açúcar e outros gêneros alimentícios de natureza agrícola, procurados pelos comerciantes da região serrana. Mais tarde fixaram-se no arraial cerca de 30 famílias de alemães, que se retiraram da Colônia de Teresópolis.
Pelos anos de 1832 a 1839 foi levantada uma Capela em honra a Sant’Ana, no lugar denominado “Morro da Tapema”. Foi nesta Capela que, em outubro de 1845, os Imperadores do Brasil foram festivamente recebidos e onde foi cantado solene “Te Deum”, oficiado pelo Vigário de São José Padre Macário de Alexandria e Souza.
Em 1850, encontrando-se a Capela de Sant’Ana em precárias condições, foi iniciada a construção de uma outra, no mesmo local, que veio a ser a igreja matriz.
A povoação permaneceu na condição de Arraial, até 29 de maio de 1854, quando, pela Lei Provincial nº 371, foi elevada à categoria de Freguesia, com a conseqüente criação de Paróquia, sob a invocação de Santo Amaro. Serviu de igreja matriz a então Capela de Sant’Ana existente no Arraial. Por esta Lei foram também fixados os limites da nova Paróquia, desmembrada da Paróquia de São José, como sendo: “a foz do Rio do Braço e morro do Balthazar ao Norte, e deste em direção ao morro do Pagará, seguindo até o da Taquara ao Oeste”. Por Decreto de 15 de Março de 1856, nº 403, os limites anteriores foram ampliados, compreendendo também o território do lado d’oeste do rio denominado Braço São João, desmembrado da freguesia de Enseada de Brito”.
Com o intuito de atender os imigrantes católicos alemães, em 1861, fixou residência em Teresópolis, hoje pertencente à Paróquia de Santo Amaro, Frei Guilherme Roer OFM, dando início à primeira comunidade Franciscana em Santa Catarina. Pela Lei Provincial nº 628, de 11 de junho de 1869, era criado o Curato de Teresópolis. A partir dali foram, por longos anos, atendidos os católicos, principalmente alemães, residentes nas regiões que, passando por Rancho Queimado, São Bonifácio e Anitápolis, iam até Braço do Norte e São Ludgero, no sul do Estado. Em 10 de julho de 1891, para cá voltaram os Padres Franciscanos, em Santa Catarina, de onde partiram para reativar e criar comunidades Franciscanas pelo Brasil, o que se convencionou chamar “Restauração das antigas Províncias da Imaculada Conceição (Sul do Brasil) e Santo Antônio (Norte do Brasil)”, praticamente inativas graças à política anti-religiosa do Império.
Através do Decreto 184, de 24 de abril de 1894 que cria o Município de Palhoça, Santo Amaro é desmembrada de São José para, juntamente com a Enseada de Brito, formar o recém criado Município. A partir de 1890 a Paróquia de Nossa Senhora do Rosário, de Enseada de Brito, passou a integrar o território da Paróquia de Santo Amaro, situação que se manteve até 1967, quando foi criada a Paróquia do Sagrado Coração de Jesus, de Paulo Lopes. Em maio de 1900 os Padres Franciscanos assumiram definitivamente a Paróquia.
A atual igreja matriz, que teve sua construção iniciada em 1907, foi inaugurada e solenemente consagrada a 12 de novembro de 1911, em cerimônia presidida pelo Bispo Diocesano Dom João Becker e que contou com a presença do Governador do Estado.
Em 1930, Frei Clemente Tambosi OFM, pedia “licença para ampliar a Residência dos P.P. Franciscanos, por ser a actual muito apertada, ligando-a com a nova ala da Igreja Matriz”. Em 08 de abril de 1921 a Paróquia de Santo Amaro cede parte de seu território para a criação da Paróquia de Nossa Senhora da Imaculada Conceição, de Angelina. Em 1924 foi substituído o altar mor da igreja matriz, uma vez que o antigo se encontrava totalmente destruído pelo cupim. Até chegar à atual denominação, Santo Amaro da Imperatriz, o então Arraial do Cubatão foi conhecido como: Arraial de Sant’Ana do Cubatão, em homenagem à sua Padroeira, nome que conservou até 1943. Neste ano, passou a ser conhecido como Cambirela, até que, em 1949, recebeu a atual denominação: Santo Amaro da Imperatriz.
Pela Lei nº 344, de 6 de janeiro de 1958, Santo Amaro da Imperatriz é elevado à categoria de Município, com território desmembrado do Município de Palhoça. A partir 1992, sob a coordenação de Frei Tarcísio José Schuch OFM, primeiramente a Casa Paroquial e, posteriormente, a Igreja Matriz, passaram por uma reforma geral que foi desde a substituição dos pisos e dos telhados, até uma remodelação dos ambientes e instalação de sinos no campanário da igreja.
[editar] Economia
A economia do município é baseada no turismo de saúde, em função de suas águas termais. Também se destaca no cultivo do milho, do tomate e da batata.
[editar] Saúde
O Hospital São Francisco de Assis, que atende parte da região da grande Florianópolis e alguns municípios do interior de Santa Catarina.
[editar] Turismo
Habitada por cerca de 18.000 pessoas, a cidade é calma e hospitaleira. As águas termais jorram da terra a uma temperatura de 41,5°C, e suas propriedades terapêuticas têm fama internacional, atraindo visitantes de todo o mundo para tratamentos de saúde, descanso e rejuvenescimento.
[editar] Natureza
Situada nas encostas do Parque Estadual da Serra do Tabuleiro, Santo Amaro da Imperatriz possui diversas cachoeiras e saltos. Não deixe de visitar o Salto do rio Cubatão, uma cachoeira com queda de 3m e bom local para a prática de rafting; a Cachoeira da Cobrinha de Ouro, conjunto de cachoeiras formando vários remansos ou piscinas, e o Salto do rio Matias, com 60m de queda, em meio à Mata Atlântica.
- Caldas da Imperatriz
Balneário de Caldas da Imperatriz, aqui o "ouro" brota em forma de água termo-mineral, local este, onde estão localizados os Hotéis Termais, grandes captadores dos turistas que visitam o Município.
- Morro Queimado
Pico situado a 694 metros do nível do mar, proporcionando uma vista panorâmica indescritível do litoral da Grande Florianópolis que possui as mais belas praias do Brasil. Local usado com frequência para a prática de vôo livre (para pente e asa delta).
- Salto do rio Cubatão
Cachoeira com queda de 10 metros, com exuberante caudel de águas do rio Cubatão o qual é margeado por vegetação e agrupamento rochosos que formam um maravilhoso visual.
- Cachoeira do Retiro e Cachoeira da Cobrinha de Ouro
Conjunto de cachoeiras, formando vários remansos ou piscinas naturais muito agradáveis e visitadas para banhos. Contempla vegetação natural da Mata Atlântica de forma exuberante. No período de verão é visitada por banhistas, principalmente nos finais de semana.
- Igreja Matriz
O lindo cartão postal do município, situado em ponto estratégico, a Igreja Matriz é visitada diariamente por um grande número de turistas.
- Casario dos Galotti
O Casario dos Galotti foi construído em 1915, em estilo açoriano. Pertenceu a uma das mais ilustres famílias de Santo Amaro da Imperatriz. Atualmente, o espaço abriga um pequeno museu, com fotos antigas da cidade e objetos utilizados pela população no início do século XX. Estão igualmente expostas mobílias, louças e outros objetos de decoração da época.
[editar] Religião
[editar] Párocos
- 1854 - Pe. Isidoro Duarte e Silva
- 1864 - Pe. Carlos Fernando Cardoso
- 1864 - Pe. Antônio de Jesus Colares
- 1865 - Pe. Carlos Fernando Cardoso
- 1865 - Pe. Miguel Murno
- 1866 - Pe. Carlos Fernando Cardoso
- 1967 - Pe. Francisco de A. Pereira Gomes
- 1869 - Pe. Carlos Fernando Cardoso
- 1877 - Pe. Francisco Pedro da Cunha
- 1882 - Pe. João Domingos Alves Veiga
- 1882 - Pe. Arcanjo Ganarini
- 1900 - Frei Xisto Meiwes OFM
- 1904 - Frei Humilis Thiele OFM
- 1906 - Frei Jerônimo Goldkuhle OFM
- 1907 - Pe. Frei Osvaldo Schlenger OFM
- 1909 - Frei Lucinio Korte OFM
- 1911 - Frei Meinrado Pierre OFM
- 1917 - Frei Policarpo Schuen OFM
- 1920 - Frei Gervásio Kramer OFM
- 1921 - Frei Nicolau Leurs OFM
- 1923 - Frei Menandro Kamps OFM
- 1926 - Frei Clemente Tambosi OFM
- 1932 - Frei Gregório Kürpich OFM
- 1934 - Frei Hipólito Topp OFM
- 1937 - Frei Teodósio Krause OFM
- 1941 - Frei Anacleto Wiltuschnig OFM
- 1942 - Frei Benigno Vodonis OFM
- 1943 - Frei Vito Berscheidt OFM
- 1945 - Frei Fidêncio Feldmann OFM
- 1955 - Frei Modesto Terlan OFM
- 1958 - Frei Remberto Sessing OFM
- 1959 - Frei Fidêncio Feldmann OFM
- 1967 - Frei Joaquim Orth OFM
- 1968 - Frei Dalvino Munaretto OFM
- 1974 - Frei Adalberto Gaszczak OFM
- 1983 - Frei Faustino Tomelin OFM
- 1986 - Frei Geraldo Freiberger OFM
- 1992 - Frei Tarcísio José Schuch OFM
- 2001 - Frei Nolvi Dalla Costa, OFM
[editar] Comunidades
- Padroeiro(a) - Localidade - Criação
- Nossa Senhora da Glória - Loeffelscheidt - 1843
- Santa Teresinha - Vargem Grande - 1846
- Santa Teresa - Teresópolis - 1862
- Sagrado Coração de Jesus - Águas Mornas - 1898
- Nossa Senhora de Lourdes - Lourdes - 1911
- Santa Isabel - Santa Isabel - 1917
- São José - Vargem do Braço - 1925
- Senhor Bom Jesus - Bom Jesus - 1938
- Santa Luzia - Pagará - 1944
- Nossa Senhora das Dores - Combatá - 1948
- Nossa Senhora de Lourdes - Nossa Sra. de Lourdes - 1954
- Sant’Ana - Sertão - 1962
- Nossa Senhora de Lourdes - Gruta do Velacho - 1963
- Nossa Senhora Aparecida - Varginha - 1964
- Santa Cruz - Santa Cruz da Figueira - 1968
- São Sebastião - Sul do Rio - 1972
- Cristo Ressuscitado - Ressurreição - 1974
- Nossa Senhora Rosa Mística - Caldas - 1981
- São Francisco de Assis - São Francisco - 1985
- Nossa Senhora de Fátima - Taquara - 1991
- São Pedro Bairro - Calemba - 1994
[editar] Conventinho do Espírito Santo
O Conventinho do Espírito Santo foi construído em 1904, em estilo barroco, no local onde funcionava um convento de freiras. É um belo prédio que abriga a história da religiosidade local, mostrando ao público as dependências do lugar utilizado para estudo das doutrinas religiosas pelas freiras e franciscanos. Ainda hoje, os móveis de época ficam expostos dentro do convento, assim como o jardim e a capela, que são mantidos para preservar a história do lugar. Há loja de artigos sacros ao lado do Convento. É ali que vive e trabalha frei Hugolino, famoso parapsicólogo que desde 1978 atente fiéis que o procuram em busca de alívio para doenças. Cerca de 30 mil pessoas por ano chegam à cidade à procura de Frei Hugolino, que cura pela imposição das mãos.
[editar] Festa do Divino Espírito Santo
A festa é realizada anualmente, desde 1854, uma forte manifestação de fé e cultura de base açoriana: A Festa do Divino Espírito Santo. Sua instituição remonta ao século XII e é creditada às confrarias do Espírito Santo na França e na Alemanha. A precursora em Portugal, segundo a tradição historiográfica, foi a rainha Isabel, no século XIV em Alenquer. Em Santo Amaro da Imperatriz a Festa do Divino Espírito Santo é realizada com pompa e circunstância atraindo, anualmente, milhares de devotos e foliões. Fortemente inserida na cultura popular da região esta festividade é cercada de representações religiosas e profanas as quais incidem no modo de ver e compreender o mundo da comunidade local. Introduzida em meados do século XIX a Festa do Divino sobreviveu ao processo de romanização desencadeado pela igreja católica e se afirmou como o grande evento social e religioso de Santo Amaro da Imperatriz. E esse é o objeto de nosso interesse historiográfico.
[editar] Ver também
[editar] Ligações externas
- Página da prefeitura
- Portal Santo Amaro
- Página sobre Santo Amaro da Imperatriz
- Hotel Caldas da Imperatriz