Hospital São Francisco de Assis
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O Hospital São Francisco de Assis localizado no município catarinense de Santo Amaro da Imperatriz, atende parte da região da grande Florianópolis, além de outros municípios do interior do estado.
[editar] História
A história da presença das Irmãs da Divina Providência em Santo Amaro da Imperatriz, desde 23 de janeiro de 1910, traz a marca de um multifacetado apostolado, do qual fazia parte, desde muito cedo, a instituição e manutenção de uma pequena farmácia e a prestação de serviços de enfermagem ambulante. Esse serviço salientou a necessidade de adaptação de uma pequena sala para emergência e curativos, com apenas dois leitos, denominada pelas próprias Irmãs de “Hospital Santa Teresinha”. Foi este um dos primeiros e significativos passos em direção à construção do atual Hospital São Francisco de Assis (1).
Segundo o Livro de Registro da História do Hospital:
“De vez em quando, ora este, ora aquele, manifestava a idéia de construir um hospital em Santo Amaro da Imperatriz, para que a população pudesse ser melhor atendida em seus sofrimentos físicos, nas suas doenças. Havia muitos casos de malária e febre intermitente. As mulheres careciam de assistência ao dar à luz os seus filhos”(2).
Segundo o Pe. Frei Fidêncio Feldmann, “os santoamarenses já há muitos anos alimentam o sonho de construir um hospital”(3). Também ele se coloca do lado dos que desejam a construção de um Hospital, ao afirmar que “o povo em vez de nos (padres e irmãs) fazer montar (a cavalo) horas a fio para sacramentar os doentes”,(4) terão apenas que trazê-los aqui, na sede paroquial. E conclui: “O (...) Arcebispo aprovou plenamente a idéia”(5).
Em 11 de novembro de 1951, diversas lideranças de Santo Amaro da Imperatriz, sob a coordenação do Pe. Frei Fidêncio Feldmann, fundaram a Sociedade Hospitalar São Francisco de Assis, depois de formulados pelos franciscanos vários convites nas missas dominicais(6). A sociedade hospitalar teria por finalidade elementar “construir e ajudar a manter um hospital”(7). O Pe. Frei Fidêncio “estava interessado em levar o movimento ao ponto que o hospital não ficasse nas mãos dos leigos, mas fosse entregue às Irmãs”(8) da Divina Providência. Para a reunião de fundação da referida sociedade, “foram convidados os chefes de família que, de fato, compareceram em grande número”(9). Na ocasião, foi eleita a primeira diretoria que ficou assim constituída: Pe. Frei Fidêncio Feldmann – Presidente de honra; João Marcolino Costa – Presidente; Manoel Júlio Pereira – Primeiro Vice-presidente; Orlando Becker – Segundo Vice-presidente; Haroldo Silva – Primeiro Secretário; Wilmar Gerent – Segundo Secretário; Júlio Jacob Broering – Primeiro Tesoureiro; Pedro Gerent – Segundo Tesoureiro(10).
Muitos dos que participaram da reunião de fundação se comprometeram a fazer doações, para que a obra pudesse ser iniciada. Logo surgiu a primeira dificuldade: Onde construir o hospital? Mas, “como a matriz possuía um terreno escriturado em nome da mitra, (localizado) perto do Convento das Irmãs – e (como) cogitava-se de entregar às Irmãs da Divina Providência a administração do futuro hospital – o Revdo. Pe. Vigário (Frei Fidêncio Feldmann) foi encarregado de falar com o Exmo. Sr. (Arcebispo Metropolitano) Dom Joaquim Domingues de Oliveira, para que cedesse o terreno para este fim, e o mesmo bondosamente anuiu”(11).
Apenas um mês depois de fundada a Associação Hospitalar, o Pe. Frei Fidêncio escreve que “já temos colocados trinta caminhões de pedras, sem pagar um só tostão. Sessenta turmas, cada uma com 8 pessoas ou mais, se vão revezando, trabalhando gratuitamente”(12).
O referido terreno era muito acidentado, com bastante declive. Por isso, sob a coordenação de Pedro Ernesto Rosar, procedeu-se à terraplanagem do mesmo(13). O projeto arquitetônico foi elaborado pelo Pe. Oto Amam, professor no ginásio dos Padres do Sagrado Coração de Jesus, em Tubarão, a pedido de João Marcolino Costa, Manoel Júlio Pereira, Alírio Bossle, Evaristo Brüggemann e Maurílio Costa. Posteriormente o referido projeto arquitetônico foi legalizado pelo Dr. Otto Entres.
No dia 27 de abril de 1955, sob a organização do Pe. Frei Modesto Terlau, foi feita “a primeira cavação”(14)para “a construção do novo hospital, já há muito tempo planejado”(15), em regime de mutirão.
Na continuidade, designou-se Francisco Pedro Kuhnen como responsável pelo acompanhamento das obras, o qual cumpriu essa incumbência com “a máxima dedicação”(16). A primeira parte da obra foi coordenada e executada pelo pedreiro Lindolfo Petri, com o apoio dos serviços de seu pai, Leonardo Petri, “não faltando quase nunca as turmas de voluntários de todos os recantos da paróquia”(17). Para ajudar a financiar a obra, “os padres percorreram a paróquia, benzendo todas as casas, arrecadando jóias (contribuição fixa inicial) e mensalidades”(18).
Gratuitamente, de 10 a 20 homens trabalhavam todos os dias “na boa obra e já puseram cimento armado no primeiro andar”(19)ainda em 1955. Neste mesmo ano, o Livro do Tombo da igreja matriz registra:
“As obras do hospital (...) estão correndo bem, graças à boa vontade do povo e à boa entrada das subvenções. Mais que 65 turmas, de 8 a 10 pessoas, vêm trabalhar de serventes, gratuitamente, um dia de três em três meses, enquanto outros põem à disposição nossa, para puxar material, os seus caminhões”(20).
Em 27 de março de 1955, houve nova eleição da diretoria da Sociedade Hospitalar, sendo os seguintes os eleitos: Francisco Pedro Kuhnen – Presidente; Augusto Jorge Brüggemann – Vice-Presidente; Pedro A. Gerent – Secretário; Alírio B. Bossle – Segundo Secretário; Clemente Tiago Diniz – Tesoureiro; Pedro Mansur Elias – Segundo Tesoureiro. No ano seguinte, em 12 de agosto, foi lançada a pedra fundamental(21)do prédio onde viria a funcionar o novo hospital e “correu tudo em ordem”(22).
Segundo a cronista do convento Santa Rosa, a festa de lançamento da pedra fundamental do hospital “rendeu um lucro (...) nunca visto em Santo Amaro”(23). A mesma cronista, no final de 1956, enfatizou a referida festa como o maior acontecimento do ano:
“Um fato marcante não pode ser esquecido na crônica do ano de 1956. Em 12 de agosto realizou-se o lançamento da pedra fundamental do Hospital São Francisco de Assis. Os membros da Congregação Mariana e da Pia União das Filhas de Maria angariaram numerosas prendas, galinhas etc., para uma festa. Às nove horas houve missa solene na igreja matriz, e logo depois se benzeu a pedra fundamental que estava em cima de um andor artisticamente adornado. Em seguida, a Diretoria do Hospital a levou para o lado da igreja, onde ficou até às 16h. Para a cerimônia de lançamento da pedra fundamental reuniu-se compacta massa de povo, além das autoridades e da Diretoria do Hospital”(24).
No final de 1956, as paredes do Hospital já estavam sendo edificadas no segundo andar. No ano seguinte, era formada mais uma diretoria do hospital: João Marcolino Costa – Presidente; Gercino Nicolau Duarte – Primeiro Vice-Presidente; Gaspar Nicolau de Abreu – Segundo Vice-Presidente; Sílvio Della Rocca – Primeiro Secretário; Pedro Mansur Elias – Segundo Secretário; João Paulo Broering – Primeiro Tesoureiro; Augusto Althoff – Segundo Tesoureiro(25).
Mas nem sempre houve recursos financeiros disponíveis para dar andamento às obras. Em 1957, o Livro de Crônicas registra: “As obras do Hospital estão paralisadas devido à falta de verba. (...). O Governo Federal cortou os subsídios extraordinários por completo e os ordinários parcialmente”(26).
Ainda neste ano, os serviços prestados pelas Irmãs da Divina Providência continuaram sendo muito solicitados. Sobre o assunto , a cronista do Convento Santa Rosa de Lima, residência das Irmãs, escreve:
“O movimento grande na farmácia e enfermagem exige muitos sacrifícios das duas enfermeiras: Irmã superiora Catarina e Irmã Otília. Diariamente , são chamadas para visitas a doentes, conduzidas por qualquer espécie de veículos: autos, aranhas, Jeeps e também por carros de bois. Em um mês havia mais de 90 saídas, além de muitas consultas diárias em casa”(27).
Sobre o número de pessoas atendidas diariamente pelas Irmãs, em 1958, a referida cronista afirma: “São atendidas diariamente 50 a 60 pessoas, que procuram alívio no corpo e na alma”(28).
Já em 1959, a cronista fala do “pequeno Hospital”(29), agora com 3 leitos, que recebera 125 internações(30). Naquele ano, duas vezes por semana, o Dr. Luiz (...) vinha de Florianópolis a Santo Amaro, onde fazia seus atendimentos, o que gerava a formação de grandes filas para a consulta médica. Mais de 23 mil pacientes foram atendidos, e 647 chamados haviam sido feitos para o atendimento ambulante(31).
Em 1960, a cronista refere-se a uma grande enchente. Era o dia 02 de março. Após a enchente, num outro dia, foram aplicadas mais de 700 vacinas contra o tifo, no pequeno hospital Santa Teresinha(32). Em 1961 , foram internados 167 doentes, nasceram 67 crianças, foram atendidos 23.630 pacientes, e 513 doentes receberam atendimento ambulante(33). O Pe. Frei Florentino Barrionuevo, coadjutor da Paróquia Santo Amaro, escreve sobre a construção do complexo hospitalar São Francisco de Assis:
“Em marcha lenta ergue-se o hospital perto da matriz. Obra de fôlego, gigante mesmo, e por isso pesada aos bolsos santamarenses. Constará o edifício de dois pisos em duas alas. No momento está em vias de conclusão apenas o primeiro andar de uma ala, entrando em funcionamento talvez ainda este ano. As irmãs da Divina Providência se esforçam por atender ao povo, mantendo uma farmácia e dispensando os socorros mais urgentes. Um médico da capital (Florianópolis) faz duas visitas semanais a esta farmácia e ambulatório para consultas e diagnósticos”(34).
Em 12 de março de 1961, o primeiro pavimento ficou pronto para receber a mobília, que os poderes públicos ajudaram a adquirir(35). Em 11 de abril de 1961, assumiram a diretoria do Hospital os seguintes senhores: Orlando Becker – Presidente; Júlio Jacob Broering – Primeiro Vice-Presidente; Gaspar Antônio de Abreu – Segundo Vice-Presidente; Wilmar Gerent – Primeiro Secretário; Ari Mansur Elias – Segundo Secretário; Jonato Henrique Deucher – Primeiro Tesoureiro; Pedro Mansur Elias – Segundo Tesoureiro; Elídio Thiesen, Pedro Gerent e Lauro Silveira – Suplentes; Francisco Pedro Kuhnen, Sílvio Della Rocca, Maurílio Costa, Leonardo Wilvert, José Lino Müller, Henrique Souza, Nazir Felício Elias, Mário Batistotti, Helmuth Fett, João Marcolino Costa, Evaristo Brüggemann, Alírio Barreto Bossle e Gercino Nicolau Duarte – Membros do Conselho Deliberativo(36).
A partir de 02 de fevereiro de 1962, a farmácia das irmãs foi instalada no espaço físico do novo Hospital que, em parte, já estava pronto(37). Foi então que “começou a funcionar o Hospital São Francisco de Assis, de Santo Amaro, pronta e acabada a primeira ala”(38).
Para ampliar o terreno, foram compradas mais duas áreas, uma da viúva de Manoel Venâncio da Silva (Amélia Laus da Silva) e outra da viúva de Francisco Pedro Kuhnen (Elisabetha Loch Kuhnen)(39). Em 1964, o presidente da Diretoria do Hospital, Pe. Frei Fidêncio Feldmann, encaminhou um pedido de auxílio financeiro para a instituição católica alemã “Bischöfliches Hilfswerk Misereor” e empenhou então “todo o seu prestígio e o de amigos também, para conseguir”(40) o atendimento de seu pleito. E conseguiu “uma doação vultosa, enviada parceladamente”(41). Essa doação possibilitou o reinício das obras em 01 de junho de 1964, “paradas bastante tempo por falta de recursos”(42). Segundo o Livro de Registro da História do Hospital, a “alegria foi grande com a resposta afirmativa, pois a importância (a ser doada) seria suficiente para a conclusão das obras”(43)do hospital. A referida instituição doou a importância de 230.000 marcos alemães para a construção e aparelhagem do hospital(44). Com o respectivo auxílio financeiro, o Padre
“Frei Fidêncio mostrou mais uma vez a sua capacidade de trabalho e perspicácia comercial, nos entendimentos com as diversas firmas fornecedoras do material para a construção do hospital, comprando pelos melhores preços os melhores materiais, fiscalizando dia a dia o andamento das obras, enfim dando o máximo rendimento possível ao dinheiro que generosamente os católicos alemães nos deram”(45).
Em julho de 1965 , foi desmembrada a comunidade das Irmãs do Convento Santa Rosa de Lima e fundada uma nova comunidade nas dependências físicas do hospital São Francisco de Assis, ainda não totalmente concluído. Estando quase pronto o hospital, “a Diretoria veio pedir Irmãs”(46), para nele trabalharem. Para administrá-lo, a Superiora Provincial das Irmãs da Divina Providência cedeu a Irmã Lauriana Alterntemeier , que mais tarde foi sucedida pela Irmã Teresa Hoffmann(47). Segundo a cronista da nova comunidade: “Em 15 de julho (de 1965), teve início a nova comunidade que até então pertencia ao Convento Santa Rosa. Todo o começo é difícil, também o nosso não foi sem sacrifícios, mas com o término (da construção) do Hospital tudo se acomodou”(48).
Foram nove anos de construção, em que “centenas de trabalhadores de diversas classes, especialmente lavradores liderados pelos vigários franciscanos de nossa paróquia e um grupo de santamarenses abnegados e altruístas, não esmoreceram para a concretização deste grande projeto que foi a construção do hospital”(49).
E após ter recebido um equipamento de Raio X, importado da Alemanha e doado pela “Misereor”, o Hospital São Francisco de Assis pôde ser inaugurado aos 19 de setembro de 1965(50), com missa presidida pelo Pe. Frei Fidêncio Feldmann, solenidade abrilhantada pela banda de música de Santo Amaro(51). A imagem de São Francisco de Assis, padroeiro do hospital, foi doada pelo casal Francisco Pedro Kuhnen e Elisabetha Loch Kuhnen . Sobre a inauguração, o Livro do Tombo registrou:
“Fato importante na vida de Santo Amaro da Imperatriz deu-se a 19 de setembro: foi finalmente inaugurado o Hospital São Francisco de Assis. No ato de inauguração, Frei Fidêncio, a quem se deve grande parte do esforço nessa obra, celebrou solene missa de ação de graças. Importante notar que a ‘Misereor’ da Alemanha contribuiu para essa obra com a vultosa quantia de 230.000 DM, para a construção e aparelhamento. Deixemos expresso nosso agradecimento aos católicos alemães e a quantos colaboraram para a realização dessa obra. O Hospital está entregue aos cuidados de cinco Irmãs da Divina Providência”(52).
O movimento no hospital começou “em plena atividade com a vinda dos médicos da marinha”(53)para nele clinicar.
Em 1966 , foi construída uma casa para o médico, que passaria a residir em Santo Amaro(54). O Livro de Crônicas assim se refere à construção da casa do médico:
“Já que Santo Amaro tem hospital, era necessário providenciar um médico. Ele foi achado na pessoa do Dr. Salim Shaib. Mas também se fazia necessária uma moradia. Não encontrando casa para alugar, o Pe. Frei Joaquim (Orth) construiu bela residência, em terreno da mitra, que servirá para casa do médico. (...). O médico paga à paróquia um aluguel. É digno de nota que se saiba que o médico trabalha aqui em regime de meio expediente, pois está também lotado no hospital da Marinha em Florianópolis”(55).
Como vimos, o primeiro Diretor Clínico do Hospital foi o Dr. Salim Shaib, sendo sucedido, a partir de novembro de 1971, pelo Dr. Nadjo Nairo Mascarenhas.
No início de 1967, “por causa das exigências e dificuldades surgidas”,(56) a farmácia do convento Santa Rosa foi adquirida pelo hospital São Francisco de Assis.
A cronista fala da dificuldade inicial do hospital, especialmente pela falta de médicos residentes em Santo Amaro, pois eles vinham diariamente de Florianópolis. Em 1968, a cronista do hospital relata um fato interessante: o nascimento, na maternidade, de trigêmeos. Foram batizados na capela do hospital pelo Pastor protestante; os pais eram evangélicos(57). Em outubro de 1969, instalou-se o Laboratório de análises Clínicas; seu primeiro bioquímico foi Joaquim Pedroza dos Santos(58), seguido de João Carlos Biasatto.
As Irmãs da Divina Providência deixaram a administração do Hospital São Francisco de Assis, retirando-se, definitivamente, de Santo Amaro da Imperatriz no dia 01 de março de 1979, após uma presença na respectiva paróquia de quase 70 anos, muitos dos quais dedicados à promoção da saúde(59). Sucederam as Irmãs da Divina Providência na administração do Hospital, por solicitação do então Presidente da Diretoria do hospital, Pe. Frei Adalberto Gaszczak, as Irmãs Apóstolas do Sagrado Coração de Jesus. As três pioneiras Irmãs Apóstolas: Irmã Silviana Salomão, Irmã Antônia Aparecida Cavalini e Irmã Cleuza Pires Rocha, chegaram no dia 06 de fevereiro de 1983 e desde então atuam nos setores de enfermagem e pastoral hospitalar(60).
Na década de 1980 , o hospital teve seu espaço físico ampliado, com o início da construção de uma nova ala, cujo andar térreo foi inaugurado no dia 26 de maio de 1984(61). Nessa nova ala foi instalada a nova maternidade, inaugurada em 28 de novembro de 1990(62). Transferiu-se o setor de emergência para a nova ala, o qual teve sua inauguração em 23 de novembro de 1992(63).
Em 2001, no dia do padroeiro do hospital, 04 de outubro, numa de suas laterais externas, foi introduzida solenemente e abençoada a imagem de São Francisco, de Assis, doada por Nelson Isidoro da Silva.
Segundo o Livro de Registro da História do Hospital:
“Quando vemos esse magnífico prédio do Hospital São Francisco de Assis, talvez não nos lembramos mais dos grandes esforços e sacrifícios que custou, não só à nossa população, mas principalmente a um pequeno grupo de dirigentes abnegados, que fizeram todos os sacrifícios possíveis para dar ao povo de Santo Amaro esse Hospital que é (motivo) de orgulho e satisfação para nós”(64).
NOTAS DE FIM
(1) Há o registro de que, já em 1916, o Conselho de Fábrica da igreja matriz comprou “uma nova casa (...) para servir de escola, e a instalação de uma outra casa para Hospital, que neste ano foi constantemente freqüentado por 6-7 doentes”. I Livro de Crônicas (1900-1969), da Residência dos Franciscanos, p. 23. APSAI.
(2) Livro de Registro da História do Hospital São Francisco de Assis, p. 1v. AHSFA.
(3) Cf. Caixa Paróquia Santo Amaro I, Pasta (1950-1960), documento datado de 11 de dezembro de 1951. AHESC.
(4) Cf. Caixa Paróquia Santo Amaro I, Pasta (1950-1960), documento datado de 11 de dezembro de 1951. AHESC.
(5) Cf. Caixa Paróquia Santo Amaro I, Pasta (1950-1960), documento datado de 11 de dezembro de 1951. AHESC.
(6) I Livro de Crônicas (1900-1969), da Residência dos Franciscanos, p. 135. APSAI. Inicialmente pretendia articular os trabalhos de modo que, em 1954, quando da celebração do centenário da Paróquia de Santo Amaro, pudessem colocar a pedra fundamental do mesmo. Cf. I Livro de Crônicas (1900-1969), da Residência dos Franciscanos, p. 139. APSAI. Entretanto, a pedra fundamental foi posta somente em agosto de 1956, portanto, dois anos após a comemoração do citado centenário.
(7) Livro de Registro da História do Hospital São Francisco de Assis, p. 1. AHSFA. A documentação a que tivemos acesso aponta para uma disputa entre Santo Amaro e Palhoça com relação à fundação de um hospital. Isso porque o vereador João Marcolino Costa, em 16 de agosto de 1952, apresentou projeto de lei na Câmara Municipal de Palhoça, instituindo uma taxa hospitalar “no valor unitário de um cruzeiro (Cr$ 1,00) a ser aposto em todos os documentos expedidos e despachados pela Prefeitura Municipal”. O projeto de lei foi aprovado, e os recursos arrecadados seriam empregados “na sua totalidade, ao primeiro Hospital de Caridade que for fundado neste Município”. E, “no caso de ser fundado mais de um Hospital, a arrecadação (...) será dividida em partes iguais entre todos os estabelecimentos”. A partir de então, parece-nos que tanto Santo Amaro quanto Palhoça queriam ter seu próprio hospital, para usufruírem da criada taxa hospitalar; entretanto, a direção da Província Franciscana via com reservas a construção simultânea de dois hospitais em cidades relativamente próximas, um sob a coordenação do Pe. Frei Fidêncio Feldmann e outro pelo Pe. Frei Silvano Schröder. Cf. Caixa Paróquia Santo Amaro I, Pasta (1950-1960), documento datado de 11 de dezembro de 1951. AHESC. Segundo Claudir Silveira, em 1953, “a Irmandade de Nosso Senhor dos Passos, da Paróquia de Palhoça, dá início à construção de um hospital sob a liderança do Vigário Frei Silvano Schröder. O referido hospital nunca foi concluído”. Cf. SILVEIRA, Claudir. A Presença da Igreja Católica em Palhoça (179-1996). S/l: Ed. do Autor, 1996, s/p.
(8) Cf. Caixa Paróquia Santo Amaro I, Pasta (1950-1960), documento datado de 11 de dezembro de 1951. AHESC. O Pe. Frei Fidêncio ainda diz: “Falei com a Madre Provincial que aprovou a idéia e prometeu cuidar do Hospital”. Em 1955 , o Pe. Frei Modesto Terlau escreve: “Agora, porém, as Irmãs, por ordem das Superioras, não podem nem querem aceitar a propriedade do hospital, como também não aceitaram o Hospital de Bom Retiro, oferecido a elas”. Cf. Caixa Paróquia Santo Amaro I, Pasta (1950-1960), documento datado de 16 de maio de 1955. AHESC.
(9) Livro de Registro da História do Hospital São Francisco de Assis, p. 1v. AHSFA. Compareceram na referida reunião as seguintes pessoas: Frei Fidêncio Feldmann – OFM, Agizo Mansur Elias, Aimeé Alcântara Athayde, Alfredo Guilherme Broering, Alírio Bossle, Alvim Duarte da Silva, Antônio Claudino da Rosa, Antônio Germano Schürhaus, Arlindo Espíndola, Augusto Althoff, Bernardo Francisco Lenfers, Clemente Tiago Diniz, Cyríaco Germano da Silva, Domingos Sales Porto, Ernesto Pedro Rosar, Estefano Hugo Broering, Evaldo Carlos Lehmkuhl, Felício Elias, Francisco Antônio Duarte, Francisco Pedro Kuhnen, Gaspar Antônio Abreu, Genésio Vieira Cordeiro, Gercino Nicolau Duarte, Gervásio Bonifácio Cordeiro, Haroldo Silva, Hélio Pedro Rodolfo, Helmuth Fett, Ivo Estefano Broering, João do Nascimento Silva, João José Meurer, João Marcolino Costa, João Wagner Garcia, José Audi Broering, José Adão Lehmkuhl, José Amaro da Rosa, José Francisco Ramos, José Hygino Martins, José João Ventura, Júlio Jacob Broering, Laudelino Martins, Leonardo Petri, Leopoldo Brüggmann, Manoel João da Silva, Manoel Júlio Pereira, Marciano Serafim de Souza, Mário Cordeiro, Matias Fermino Cardoso, Maurílio Costa, Nicolau Vieira, Orlando Becker, Paulo Cunha, Pedro Gerent, Pedro Mansur Elias, Pedro Martendal, Procópio André Lohn, Roberto Pedro Turnes, Rodolfo Broering, Rodolfo Horstmann, Sebastião Serafim de Souza, Vitor Joaquim dos Santos, Willibald Lenfers e Wilmar Gerent.
(10) Livro de Registro da História do Hospital São Francisco de Assis, p. 1v. AHSFA.
(11) Livro de Registro da História do Hospital São Francisco de Assis, p. 2v. AHSFA.
(12) Cf. Caixa Paróquia Santo Amaro I, Pasta (1950-1960), documento datado de 11 de dezembro de 1951. AHESC.
(13) Livro de Registro da História do Hospital São Francisco de Assis, p. 2v. AHSFA.
(14) II Livro do Tombo (1917-1977), da Paróquia de Santo Amaro, p. 71. APSAI.
(15) Livro de Crônicas (1910-1968), do Convento Santa Rosa de Lima, s/p. AIDP.
(16) Livro de Registro da História do Hospital São Francisco de Assis, p. 3. AHSFA.
(17) Livro de Registro da História do Hospital São Francisco de Assis, p. 3. AHSFA.
(18) II Livro do Tombo (1917-1977), da Paróquia de Santo Amaro, p. 68. APSAI. Cf. também I Livro de Crônicas (1900-1969), da Residência dos Franciscanos, p. 139. APSAI.
(19) Livro de Crônicas (1910-1968), do Convento Santa Rosa de Lima, s/p. AIDP.
(20) II Livro do Tombo (1917-1977), da Paróquia de Santo Amaro, p. 71v. APSAI. Cf. também I Livro de Crônicas (1900-1969), da Residência dos Franciscanos, p. 146. APSAI.
(21) II Livro do Tombo (1917-1977), da Paróquia de Santo Amaro, p. 72v. APSAI.
(22) I Livro de Crônicas (1900-1969), da Residência dos Franciscanos, p. 148. APSAI.
(23) Livro de Crônicas (1910-1968), do Convento Santa Rosa de Lima, s/p. AIDP.
(24) Livro de Crônicas (1910-1968), do Convento Santa Rosa de Lima, s/p. AIDP.
(25) Livro de Registro da História do Hospital São Francisco de Assis, p. 3v. AHSFA.
(26) I Livro de Crônicas (1900-1969), da Residência dos Franciscanos, p. 149. APSAI.
(27) Livro de Crônicas (1910-1968), do Convento Santa Rosa de Lima, s/p. AIDP.
(28) Livro de Crônicas (1910-1968), do Convento Santa Rosa de Lima, s/p. AIDP.
(29) “Pequeno Hospital” – trata-se do mesmo hospital chamado pelas Irmãs da Divina Providência de “Hospital Santa Teresinha”, inicialmente com dois leitos.
(30) Livro de Crônicas (1910-1968), do Convento Santa Rosa de Lima, s/p. AIDP.
(31) Livro de Crônicas (1910-1968), do Convento Santa Rosa de Lima, s/p. AIDP.
(32) Livro de Crônicas (1910-1968), do Convento Santa Rosa de Lima, s/p. AIDP.
(33) Livro de Crônicas (1910-1968), do Convento Santa Rosa de Lima, s/p. AIDP.
(34) BARRIONUEVO, Frei Florentino. “Santo Amaro da Imperatriz”. Revista Vida Franciscana, São Paulo, Ano XVIII, setembro de 1961, n. 28, p. 42.
(35) Livro de Registro da História do Hospital São Francisco de Assis, p. 3v e 4. AHSFA.
(36) Livro de Registro da História do Hospital São Francisco de Assis, p. 4. AHSFA.
(37) Livro de Crônicas (1910-1968), do Convento Santa Rosa de Lima, s/p. AIDP.
(38) Relatório sobre as atividades e o desenvolvimento da Província Coração de Jesus, de 1961 a 1966, pp. 3-4. Pasta Religiosas Divina Providência (1940-1967), documento datado de 28 de março de 1967. AHESC.
(39) Livro de Registro da História do Hospital São Francisco de Assis, pp. 2v e 5. AHSFA.
(40) Livro de Registro da História do Hospital São Francisco de Assis, p. 8. AHSFA.
(41) II Livro do Tombo (1917-1977), da Paróquia de Santo Amaro, p. 79v. APSAI.
(42) II Livro do Tombo (1917-1977), da Paróquia de Santo Amaro, p. 79v. APSAI.
(43) Livro de Registro da História do Hospital São Francisco de Assis, p. 4v. AHSFA.
(44) Livro de Registro da História do Hospital São Francisco de Assis, p. 8. AHSFA. Cf. também II Livro do Tombo (1917-1977), da Paróquia de Santo Amaro, p. 80v. APSAI.
(45) Livro de Registro da História do Hospital São Francisco de Assis, p. 8. AHSFA. De acordo com a mesma fonte: “A Sociedade Hospitalar São Francisco de Assis, interpretando o sentimento do povo de Santo Amaro e municípios vizinhos, (...), tem uma dívida de eterna gratidão para com Frei Fidêncio Feldmann. O grande sacerdote, mas acima de tudo o homem que se compadece com o sofrimento do povo e que tudo o que fez foi com aquele amor, com aquele carinho, com aquela amizade que sente pelo nosso povo”.
(46) Relatório sobre as atividades e o desenvolvimento da Província Coração de Jesus, de 1961 a 1966, pp. 3-4. Pasta Religiosas Divina Providência (1940-1967), documento datado de 28 de março de 1967. AHESC.
(47) Livro de Registro da História do Hospital São Francisco de Assis, pp. 5v e 8v. AHSFA.
(48) Livro de Crônicas (1965-1968), do Hospital São Francisco de Assis, s/p. AIDP.
(49) Livro de Registro da História do Hospital São Francisco de Assis, p. 8v. AHSFA.
(50) Livro de Crônicas (1910-1968), do Convento Santa Rosa de Lima, s/p. AIDP. Interessante: a cronista do convento Santa Rosa cita que a inauguração do Hospital foi realizada no dia 22 de setembro.
(51) Livro de Registro da História do Hospital São Francisco de Assis, p. 5v. AHSFA. Cf. também II Livro do Tombo (1917-1977), da Paróquia de Santo Amaro, p. 80v. APSAI.
(52) I Livro de Crônicas (1900-1969), da Residência dos Franciscanos, pp. 174-175. APSAI.
(53) Livro de Registro da História do Hospital São Francisco de Assis, p. 5v. AHSFA.
(54) Livro de Registro da História do Hospital São Francisco de Assis, p. 6. AHSFA.
(55) I Livro de Crônicas (1900-1969), da Residência dos Franciscanos, p. 179. APSAI. A partir de 06 de março de 1982, com a chegada das pioneiras Irmãs Escolares de Nossa Senhora a Santo Amaro, na referida “casa do médico” foi fundado o Instituto Maria Rosa Mística, onde passaram a residir.
(56) Livro de Crônicas (1910-1968), do Convento Santa Rosa de Lima, s/p. AIDP.
(57) Livro de Crônicas do Hospital São Francisco de Assis (1965-1968), s/p. AIDP.
(58) Livro de Registro da História do Hospital São Francisco de Assis, p. 6v. AHSFA.
(59) FUCK, Irmã Clea. 100 anos de história: 1895-1995. Congregação das Irmãs da Divina Providência no Brasil. Florianópolis: EDEME, 1995, p. 124.
(60) III Livro do Tombo (1978-......), da Paróquia de Santo Amaro, p. 9v. APSAI.
(61) II Livro de Crônicas (1969-1999), da Residência dos Franciscanos, p. 39. APSAI.
(62) II Livro de Crônicas (1969-1999), da Residência dos Franciscanos, p. 55. APSAI.
(63) II Livro de Crônicas (1969-1999), da Residência dos Franciscanos, p. 68. APSAI.
(64) Livro de Registro da História do Hospital São Francisco de Assis, p. 7v. AHSFA.