Convento
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O termo convento, do latim conventus que significa "assembleia", advém originalmente da assembleia romana onde os cidadãos se reuniam para fins administrativos ou de justiça (convéntum jurídicum). Posteriormente passou-se a utilizar com sentido religioso, relativamente ao monasticismo quando, para melhor servir e amar a Deus, os homens se retiravam do mundo, primeiro sozinhos, depois em grupos de monges (comunidades religiosas), para edifícios concebidos para o efeito, os conventos. Este conjunto de edifícios também pode ser designado por Mosteiro, do grego monos (só), e que designa um grupo de construções de residência e prática religiosa de monges ou monjas. Em termos gerais, ainda que convento seja sinónimo de mosteiro (algumas pessoas pensam, erradamente, que os mosteiros se destinam a homens e os conventos, a mulheres), a palavra convento pode ser, especificamente utilizada para as ordens monásticas de vida activa, enquanto que mosteiro se aplica, em geral, a ordens contemplativas, vocacionadas para a clausura - mas tal diferenciação, pouco clara em língua portuguesa, não acolhe unanimidade.
São Bento, no Ocidente, foi o primeiro a criar a estrutura de um convento. Depois, ao trabalho da Igreja, juntou-se o das cruzadas desde o século XII nas Ordens militares, e o dos apostolados nas Ordens mendicantes. Os conventos, fosse qual fosse o estilo arquitectónico da sua construção, tiveram sempre um traçado fundamentalmente igual, devido às exigências da vida religiosa em comunidade: a igreja conventual com o coro; o claustro no rés-do-chão para onde abriam as salas em que se realizavam os outros actos de vida em comum; a sala do capítulo para as reuniões solenes de instrução e correcção donde normalmente também eram erguidos o refeitório e a biblioteca; em cima, a toda a volta, corriam os dormitórios, com celas individuais; ao redor do edifício, campo para recreio e cultivo.
[editar] Edificações em Portugal
Os conventos portugueses mais importantes foram:
- Convento de São Francisco, em Lisboa - que funcionava como universidade;
- Convento de São Domingos, em Coimbra - também ele utilizado para o ensino superior;
- Convento de Cristo em Tomar;
- Convento de Mafra;
- Convento de Varatojo;
- Convento da Arrábida.
Todos os conventos foram abolidos em 1834 passando os bens e edifícios para o Estado. No entanto, a maior parte desses conventos pela sua arquitectura são hoje monumentos nacionais como os já citados de Mafra e Arrábida, os da Batalha e do Carmo em Lisboa, o do Buçaco e o de Santa Cruz em Coimbra.