Rondas Ostensivas Tobias Aguiar
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As Rondas Ostensivas Tobias Aguiar, mais conhecidas pelo seu acrônimo ROTA, é uma tropa reserva do Comando Geral da Polícia Militar do Estado de São Paulo.
A ROTA constitui-se numa força tática que possibilita versatilidade, flexibilidade e forte capacidade de reação. A tropa empenhada no policiamento motorizado está apta a ser empregada em ações de controle de distúrbios civis mediante flexionamento imediato, através do agrupamento de viaturas, conforme o caso, Grupo, Pelotão, Companhia ou Batalhão de Choque.
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[editar] Histórico
Seu nome homenageia o chefe paulista das Revoltas Liberais que ocorreram em 1842, brigadeiro Rafael Tobias de Aguiar (1795-1857), que havia presidido a província em duas ocasiões (de 1831 a 1835 e de 1840 a 1841), e que de Sorocaba formou um governo provisório.
Sediado em prédio histórico concluído em 1892, o Primeiro Batalhão de Polícia de Choque "Tobias de Aguiar" tem sua história confundida com a da própria Polícia Militar do Estado de São Paulo, tendo participado de inúmeras Campanhas Militares que marcaram o País, como por exemplo:
- Guerra de Canudos (1887),
- Levante do Forte de Copacabana (1922),
- Goiás (1926),
- Rio Grande do Sul (1925),
- Revolução de 1930,
- Revolução Constitucionalista de 1932 e
- combate à guerrilha em São Paulo (1970),
Sendo que atualmente esta subordinado ao Comando de Policiamento de Choque, tendo como missão principal o controle de distúrbios civis e a contra-guerrilha urbana. Supletivamente, a Unidade executa o patrulhamento ostensivo motorizado denominado "ROTA" (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar), visando a prevenção e a repressão à criminalidade em apoio aos Batalhões de Área, saturando as regiões de maior índice criminal.
[editar] Curiosidades
É considerada por alguns como uma das "Polícias de Choque" mais bem treinadas do mundo se tornando segundo esses, um dos orgulhos do estado de São Paulo. Seguindo o mesmo raciocínio, é avaliada como eficaz, respondendo a altura os atos cometidos pelos bandidos, daí a frase: "Deus cria, a ROTA mata". Assim, desconsidera qualquer possibilidade de respeitar os direitos-humanos, sendo também conhecida pela truculência e violência com que age, pela existência de uma moral própria dentro da instituição que fere os princípios da normalidade social, bem como pelo fato de, em várias ocasiões, agir como grupo de extermínio.
No livro ROTA 66, o jornalista Caco Barcellos atribui-lhe pelo menos 12 mil assassinatos, entre 1970 e 1992. Nos últmos anos, porém, a situação chegou a um ponto que, pelo caráter permanente, pelo grau de arbitrariedade e violência envolvidos e pela condição das vítimas (civis desarmados), só encontra paralelo na Palestina ocupada. É esta lógica de guerra que explica alguns dados tétricos. Dos 12 mil mortos da ROTA, Barcellos identificou 4.200. Destes, 680 eram crianças entre 7 e 11 anos, em geral executadas com um tiro na nuca.