Palácio Laterano
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O Palácio Laterano, ou Palácio de Latrão, é um antigo palácio cuja história remonta ao império romano e que hoje faz parte do Complexo Laterano, situando-se em frente à Basílica de São João de Latrão, a catedral do Bispo de Roma.
O palácio é propriedade da Santa Sé que tem soberania sobre o local, apesar de situado fora dos muros do Estado da Cidade do Vaticano, em decorrência do Tratado e da Concordata de Latrão (ou Lateranense) de 11 de Fevereiro de 1929, assinado com a República Italiana, com o aditamento de 18 de Fevereiro de 1984.
Durante o Império Romano, no local havia uma propriedade da família Laterani, que ali construiu um palácio, derivando daí o nome atual. Os Laterani serviram como administradores para diversos imperadores; Sextius Lateranus foi o primeiro plebeu a ser designado Consul. Um dos Laterani, também designado Consul, Plautius Lateranus, ficou famoso por ter sido acusado por Nero de conspiração contra o Imperador: acusação que resultou em confisco e distribuição de suas propriedades por volta do ano 60. Juvenal menciona o palácio, e fala que era dotado de alguma magnificência, regiæ ædes Lateranorum.
Algum resquício das construções originais ainda resiste nos muros da cidade exteriormente à Porta São João e um largo corredor, decorado com pinturas, foram descobertos no século XVIII junto à Basílica, atrás da Capela Lancellotti. Outros traços, menos significantes, apareceram durante escavações feitas em 1880, quando obras de ampliação estavam em andamento.
No ano de 161 Marco Aurélio construiu ali um palácio. Em 226, Septimus Severus devolveu uma parte das propriedades dos Laterani. Não se sabe se incluiu o palácio. Sabe-se que o Palácio Laterano encontrava-se em posse do Imperador Constantino, O Grande enquanto casado com sua segunda esposa, Fausta, irmã de Maxentius. Ficou conhecido na época como "Domus Faustae", ou "Casa de Fausta," e, posteriormente foi doado por Constantino ao Bispo de Roma.