Música sertaneja
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No Brasil, chama-se música sertaneja o estilo musical autoproclamado herdeiro da "música" "caipira" e da moda de viola que se caracterizava pela melodia simples e melancólica.
O adjetivo "sertanejo", originalmente, se refere a tudo que é próprio dos "sertões", ou seja, do interior antigo, quase despovoado e rural do Brasil (estados de Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná, e interior de São Paulo).
Era chamado de "caipira" o tipo de música composto e executado por artistas das zonas rurais: as antigas modas de viola. Os caipiras utilizavam instrumentos artesanais e típicos do Brasil-colônia como viola, sanfona e gaita. Foi Cornélio Pires quem primeiro conseguiu em 1928 que a música caipira entrasse para a discografia brasileira.
No entanto, a partir da década de 1980, tem início uma exploração comercial massificada do estilo "sertanejo" . Surgem inúmeros artistas, quase sempre em duplas, que são lançados por gravadoras e expostos como produto de cultura de massa. Estes artistas passam a serem chamados de "duplas sertanejas". Começando com Chitãozinho & Xororó e Leandro & Leonardo, uma enxurrada de duplas do mesmo gênero segue o fenômeno, que alcança o seu auge entre 1988 e 1990.
Em seguida, começa uma decadência do estilo na mídia. A música sertaneja perde bastante popularidade, mas continua sendo ouvida principalmente em áreas rurais do Centro-Sul do Brasil.
No entanto, no início da década de 2000, inicia-se uma espécie de "revival" desse estilo, principalmente devido à sucesso de duplas como Bruno & Marrone e Edson & Hudson, e sua ampla divulgação na mídia, sobretudo a televisiva.
Ao longo desta evolução, evitou-se cuidadosamente o termo "caipira" que era visto com preconceito nas cidades grandes. O estilo "sertanejo", ao contrário da música caipira, tem pouca temática rural para poder agradar habitantes de cidades grandes. A temática da música sertaneja, é, em geral, o amor não correspondido e o marido traído. Por esses motivos, o sertanejo industrial é também chamado de sertanejo urbano e, pejorativamente, de sertanojo, breganeja, ou até de música de impotente sexual e "corno".
A música rural verdadeira, (feita por Cornélio Pires, João Pacífico, Tonico e Tinoco, Alvarenga & Ranchinho, Pena Branca & Xavantinho entre outros), para se diferenciar desta música feita para gente da cidade, passa a se denominar então de "música de raiz", querendo dizer com isso que está ligada verdadeiramente às suas raízes rurais e à moda de viola e a terra, ao sertão, pois o termo "bens de raiz" significa as propriedades agrícolas.
Para diferenciar a moda de viola artesanal (Cornélio Pires, João Pacífico, Tonico e Tinoco, Alvarenga & Ranchinho, Pena Branca & Xavantinho) do sertanejo industrial, cunha-se o termo música de raiz para os primeiros.
Recentemente o compositor Renato Teixeira compôs a música "Rapaz Caipira", como crítica aberta à "música sertaneja" e fazendo renascer a expressão "música caipira".
[editar] Principais Músicos Sertanejos e de Raiz
- Adalberto & Adriano
- Adriano Dias
- Alan & Aladin
- Almir Sater
- As Marcianas
- Ataíde & Alexandre
- Cascatinha & Inhana
- Bruno & Marrone
- Chitãozinho & Xororó
- Daniel
- Edson & Hudson
- Emerson Pereira
- Felipe & Falcão
- Gian & Giovanni
- Gino & Geno
- Guilherme & Santiago
- Guto & Nando
- Inezita Barroso
- João Paulo & Daniel
- Leandro & Leonardo
- Leonardo
- Marlon & Maicon
- Matogrosso & Mathias
- Milionário & José Rico
- Pena Branca & Xavantinho
- Pedro Bento & Zé Da Estrada
- Renato Teixeira
- Rick & Renner
- Rionegro & Solimões
- Rolando Boldrin
- Sérgio Reis
- Teodoro & Sampaio
- Tião Carreiro & Pardinho
- Tonico & Tinoco
- Toni Francis & Diego
- Trio Parada Dura
- Zé Henrique & Gabriel
- Zezé Di Camargo & Luciano
[editar] Bibliografia
- NEPOMUCENO, Rosa, Música Caipira, da roça ao rodeio, Editora 34, 1999.
No Brasil, chama-se, atualmente, música sertaneja o estilo musical autoproclamado herdeiro da "música" "caipira" e da moda de viola que se caracterizava pela melodia simples e melancólica.