Gaspar
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- Nota: Se procura um dos Reis Magos, consulte Três Reis Magos.
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Gaspar é um município brasileiro do estado de Santa Catarina. Localiza-se a uma latitude 26º55'53" sul e a uma longitude 48º57'32" oeste, estando a uma altitude de 18 metros. Sua população estimada em 2005 era de 52.021 habitantes.
Possui uma área de 386,35km². Sendo que 40km² aproximadamente são área urbana e 346,35 Km² aproximadamente são área rural. O ponto mais alto do município é o Morro do Cachorro que está situado na divisa entre Gaspar, Massaranduba e Luis Alves.
As principais atividades econômicas do município são a indústria, o comércio e a agricultura (destaca-se a cultura do arroz).
[editar] História
A colonização da Região do que hoje é o município de Gaspar, iniciou-se com a chegada dos indios Xoclengues e Cainguangues que buscavam um local seguro dos caçadores de índios, os chamados bugreiros. Esses índios foram exterminados durante os séculos XVII e XIX.
Durante esse período houve também a chegada dos novos colonizadores, os quais se instalaram na Região do Médio Vale do Itajaí, onde havia temor constante pelos ataques dos silvícolas. Existem registros de autores da época como Augusto Zitlow que confirmaram o financiamento por intermédio dos colonos das ditas caçadas de indígenas pelos bugreiros.
Os Vincentistas, homens oriundos da Capitania de São Vicente, que aportaram ás margens do Rio Itajaí em busca de ouro, índios e riquezas, quem os sucederam foram os açorianos. Segundo relatos, em torno de 4 mil açorianos aportaram no litoral catarinense com intuito de efetivar a posse da Coroa Portuguesa dessas terras que eram cobiçadas pelos espanhóis.
Com a chegada dos europeus a Gaspar, começava a se formar a base econômica e populacional da cidade. A colonização italiana, muito forte na cultura da cidade, foi propiciada pelo fato de que a Itália estava saturada de mão de obra e mesmo a Áustria, Suíça e Alemanha que sempre acolheram a mão de obra ociosa da Itália, estavam se tornando também saturadas. A solução então foi imigrar para Santa Catarina, a qual já era o destino de milhares de italianos.
Os “negreiros” que eram os agentes de imigração, vendiam uma imagem falsa do que era a América na Europa, sendo que a verdade era não só omitida, como também era deturpada. A vida nas colônias no Sul do Brasil era árdua e sofrida. Os italianos acharam a terra muito estranha e diferente de sua própria terra.
Com o passar dos anos os lotes alcançaram preços maiores e a disputa por terras nas proximidades do Rio Itajaí-açu foram grandes. As famílias que detinham essas terras se tornaram poderosas. Após se estabelecerem, já no século XX, os imigrantes iniciaram o plantio do arroz irrigado, o qual é um dos produtos de maior destaque na economia do município.
Com a chegada dos imigrantes alemães, tiroleses, poloneses e russos, iniciou-se de maneira ampla o cultivo também do feijão, milho, aipim, taiá, batata, abóbora, verduras e amendoim.
Anos mais tarde, em 1880, segundo conta a história, as freguesias de São Paulo Apóstolo de Blumenau e São Pedro Apóstolo de Gaspar (pertencentes até então ao município de Itajaí) passaram a formar um município, chamado Blumenau. Nessa data, o número de habitantes do então município, com 11 mil quilômetros quadrados, era de 16.308 pessoas. Havia três mil residências, 255 engenhos de açúcar, 152 engenhos de farinha de mandioca, seis descascadores de arroz, 29 moinhos de fubá, fábricas de louças de barro, tecidos, serrarias, olarias, cervejarias, vinho e vinagre, padarias, açougues, entre outros.
Durante os 54 anos que seguiram, Gaspar foi distrito de Blumenau e pagava tributos para Blumenau, esta devolvia os tributos na forma de serviços para a comunidade. Porém, segundo relatos da época, os serviços eram de má qualidade e deveras precário.
Em 1870 já havia sido estabelecido alguns lotes urbanos na área que hoje é conhecida como o centro do município. O comercio começou a impulsionar o crescimento do distrito, porém apenas em 18 de março de 1934 o município tornou emancipado e seu primeiro prefeito foi Leopoldo Schramm. Após a emancipação houve grande crescimento no município.
[editar] Prefeitos
Nome | Inicio do Mandato | Fim do Mandato |
---|---|---|
Leopoldo Schramm | 1934 | 1947 |
João dos Santos | 1947 | 1951 |
Júlio Schramm | 1951 | 1956 |
Dorval Rodolfo Pamplona | 1956 | 1961 |
Pedro Krauss | 1961 | 1966 |
Evaristo Francisco Spengler | 1966 | 1970 |
Pedro Wehmuth | 1971 | 1973 |
Osvaldo Schneider | 1973 | 1977 |
Luis Fernando Poli | 1977 | 1983 |
Tarcísio Deschamps | 1983 | 1988 |
Francisco Hostins | 1989 | 1992 |
Luis Fernando Poli | 1993 | 1996 |
Bernardo Leonardo Spengler | 1997 | 2000 |
Pedro Celso Zuchi | 2001 | 2004 |
Adilson Schmidt | 2005 | Em exercício |