Extrema

Extrema é um município brasileiro do estado de Minas Gerais.Sua população estimada era de 21.736 habitantes, em 2004. Por incrível que pareça, seu nome deve-se à sua localização geográfica: é o município mais ao sul de Minas Gerais, ou seja, tem a maior latitude de todo o Estado de Minas gerais e está, também, na extrema borda ocidental do maciço da Serra da Mantiqueira. Sua altitude de quase 1000 metros o torna um município de clima tropical de altitude, com temperaturas amenas no verão e baixas no inverno (junho, julho e agosto), quando as precipitações são as mais baixas durante todo o ano. Fica situado às margens da rodovia Fernão Dias (BR-381), que liga a capital paulista São Paulo à capital mineira Belo Horizonte. A cidade, cortada pelo rio Jaguari, possui inúmeras hospedagens rurais e é uma das rotas preferidas do brasileiro durante o inverno.

[editar] Origem e História

A origem do município de 'Extrema é relativamente antiga, no ano de 1764, quando o general Luiz Diogo da Silva, governador de Minas Gerais, ao visitar o Arraial de Camanducaia e, de volta, tendo passado pelo Registro de Mandú (atual Pouso Alegre), resolveu que este último ficaria melhor colocado à margem do Rio Jaguari, para onde o transferiu pelo em 29 de Novembro de 1764.

Aí originou-se o fato de ser Extrema primitivamente conhecida pelo nome de Registro.

Esse cunho oficial, entretanto, não deu impulso decisivo ao povoado que, somente em fins do século XVIII começou, lentamente, a incrementar-se com a edificação de uma capela, nos primeiros anos do século XIX, ainda na vigência da Era colonial.

Foi no ano de 1819 que foram dados os primeiros passos para a criação e formação do lugar, nessa época já habitado por fazendeiros e outros moradores esparsos procedentes de Camanducaia e, sobretudo, de Bragança Paulista, Atibaia e São João do Curralzinho.

Segundo os autos da constituição do patrimônio de Santa Rita, arquivados na Cúria Metropolitana de São Paulo, no ano de 1819 foi endereçada àquela entidade eclesiástica uma petição no sentido de edificar uma ermida e de se constituir um patrimônio de fiança a favor da capela.

É provável que os signatários da representação junto à Cúria Diocesana não tivessem sido aceitos, pois somente no dia 7 de agosto do ano de 1832 foi passada provisão autorizando a edificação da capela consagrada à invocação de Santa Rita, que seria construída ao redor de 30 alqueires de terra que foram doados pelo abastado lavrador José Alves, conhecido como Zeca Alves.

No dia 12 de Janeiro de 1839 foi realizada a primeira audiência do juízo de paz, sob a presidência do juiz Francisco da Silva Teles.

Em 12 de outubro de 1871, através da Lei Providencial nº 1858, o povoado de Registro passou a ser distrito com a denominação de Santa Rita de Extrema, por se localizar no extremo sul de Minas Gerais.

No dia 22 de Dezembro deste mesmo ano deu-se a instituição canônica como paróquia.

No ano de 1874, registrou Bernardo Saturnino da Veiga, existiam 60 casas em Santa Rita de Extrema, formando quatro ruas irregulares e um largo onde hoje se acha localizada a Igreja Matriz e um modesto cemitério.

O distrito de Santa Rita de Extrema passou a município através da Lei nº 319 de 20 de setembro de 1901 sendo efetivamente instalado a partir de 1º de janeiro de 1902.

Em 18 de setembro de 1915, a Lei Estadual nº 663 alterou o nome do município, que passa a se chamar Extrema e, em 10 de setembro de 1925, a sede do município é elevada à categoria de cidade.