Cemitério
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Cemitério é o lugar onde são enterrados os corpos dos mortos. Na maioria dos casos os cemitérios são lugares de prática religiosa.
Por analogia, chama-se cemitério um lugar onde se enterram ou acumulam produtos, tipicamente resíduos e detritos (por exemplo, cemitério de resíduos nucleares). É o mesmo que necrópole ou sepulcrário.
A palavra "cemitério" foi dada pelos primeiros cristãos aos terrenos destinados à sepultura de seus mortos; em latim coementerium, do grego koimenterion. Os cemitérios ficavam geralmente longe das igrejas, fora dos muros da cidade: a prática do sepultamento nas igrejas e respectivos adros era desconhecida nos primeiros séculos da era cristã. A partir do séc. XVIII criou-se um sério problema com a falta de espaço para os enterramentos nos adros das igrejas ou mesmo nos limites da cidade; os esquifes se acumulavam, causando poluição e doenças mortais, o que tornava altamente insalubres as proximidades dos templos. Uma lei inglesa de 1855 veio regular os sepultamentos, passando estes a ser feitos fora do centro urbano. A prática da cremação, cada vez mais frequente, permitiu dar destino aos corpos de maneira mais compatível com as normas sanitárias. Em muitas cidades existem cemitérios onde os ritos funerários são cumpridos de acordo com a respectiva religião (católica, protestante, judaica) ou fraternidade (maçônica). Criaram-se também cemitérios nacionais para o sepultamento de chefes militares e figuras notáveis da vida pública, como o de Arlington, perto de Washington DC, EUA. Alguns cemitérios modernos rompem com a imagem tradicional das necrópoles com jazigos e monumentos de mármore, substituindo-os por parques arborizados (memorial parks), onde simples chapas de metal assinalam local da sepultura.
[editar] Cemitérios famosos
Um dos mais famosos cemitérios do mundo é o Père-Lachaise, de Paris, assim chamado devido a um confessor jesuíta de Luís XIV que ali tinha residência. Vêem-se no Père-Lachaise, entre outros, os túmulos de Abelardo e Heloísa, Molière, Chopin, Musset, Balzac e Comte. Na Itália são dignos de nota, pela sua beleza, os cemitérios de Gênova e Milão.
[editar] Cemitérios como fonte de pesquisa
O cemitério faz parte do roteiro histórico de visitação em diversas regiões turísticas do mundo, como por exemplo, o cemitério do Père-Lachaise, em Paris, na França e o cemitério de La Recoleta, em Buenos Aires, na Argentina, nos quais são identificados elementos que demonstram a história social e artística destas regiões, através da estatuária, das obras arquitetônicas, dos epitáfios e dos símbolos encontrados e analisados nos túmulos, valorizando e exaltando a preservação desse imenso patrimônio público, que ficaram conhecidos como “museus ao céu aberto”.
Os cemitérios podem nos dar valiosas informações, como sugere Harry Bellomo, no livro Cemitérios do Rio Grande do Sul (Brasil): Arte, Sociedade e Ideologia. Sendo eles uma:
- Fonte histórica para preservação da memória familiar e coletiva
- Fonte de estudo das crenças religiosas
- Forma de expressão do gosto artístico
- Forma de expressão da ideologia política
- Forma de preservação do patrimônio histórico
- Fonte para conhecer a formação étnica
- Fonte para o estudo da genealogia
- Fonte reveladora da perspectiva de vida
Essas informações são obtidas através da análise de epitáfios, de fotos tumulares, das simbologias contidas nas obras funerárias e da expressão artística dos monumentos e mausoléus.
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