Estoicismo
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O estoicismo professa um materialismo panteísta, afirmando que toda a realidade é material, logo distingue a matéria propriamente dita, passiva, e o princípio animador ou agente, sendo este denominado de Deus ou razão, é tido como uma parte de matéria subtil ou de um fogo animador do todo. A alma está identificada com este princípio divino, como parte de um todo ao qual pertence.
Neste ponto de vista metafísico estão implícitas duas conseqüências éticas: a grande importância que a máxima «viver conforme a natureza» teve no tempo do desenvolvimento do conceito de lei natural na jurisprudência romana, e a doutrina fatalista de que tudo o que acontece está conforme a ordem divina.
Não obstante, a ética estóica não brota de nenhuma teoria metafísica, mas sim do ideal prático proclamado já pelo cinismo: o homem sábio não apreende o seu verdadeiro bem nos objetos externos, mas sim no estado da própria alma, sabedoria pela qual se vê livre das paixões e desejos que perturbam a vida. O homem sábio e virtuoso é indiferente a todas as coisas exteriores.
Este rígido dualismo foi cedendo gradualmente, pela introdução de novas distinções, graças às quais foi possível, ao estóico, adaptar-se às duras necessidades do ambiente.
A última época do estoicismo, ou período romano, caracteriza-se pela sua tendência prática e religiosa, fortemente acentuada como se verifica nos Discursos e no Enchiridion de Epicteto e nos Pensamentos ou Meditações de Marco Aurélio.
Estóico: Diz-se daquele que revela fortaleza de ânimo e austeridade. Impassível; imperturbável; insensível.
A escola estóica foi fundada no século III a.C. por Zenão de Cítio (de Cittium), e que preconizava a indiferença à dor de ânimo oposta aos males e agruras da vida, em que reunia seus discípulos sob pórticos ("stoa", em grego) situados em templos, mercados e ginásios. Foi bastante influenciada pelas doutrinas cínica e epicurista.
Até aqui a fonte é: "Grande Dicionário Enciclopédico", da Editora: "Clube Internacional do Livro".
O estoicismo é uma doutrina filosófica que propõe viver de acordo com a lei racional da natureza e aconselha a indiferença (apathea) em relação a tudo que é externo ao ser. O homem sábio obedece à lei natural reconhecendo-se como uma peça na grande ordem e propósito do universo.
O estoicismo floresceu na Grécia com Cleantes de Assos e Crisipo de Solis, sendo levada a Roma no ano 155 a.C. por Diógenes de Babilônia. Ali seus continuadores foram Marco Aurélio, Séneca, Epiteto e Lucano.