Die Zauberflöte
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Die Zauberflötte | |
Nome em português | A Flauta Mágica |
Idioma original | Alemão |
Compositor | Wolfgang Amadeus Mozart |
Libretista | Emanuel Schikaneder |
Tipo do enredo | Fantástico |
Número de atos | 2 |
Número de cenas | 11 |
Ano de estréia | 1791 |
Local de estréia | Teatro Auf Der Wieden, Viena |
Die Zauberflöte (A flauta mágica), ópera em dois atos de Wolfgang Amadeus Mozart, com libreto de Emanuel Schikaneder. Estreou em Viena, a 30 de setembro de 1791.
Schikaneder era companheiro de loja maçônica de Mozart. À época, por influência pela Revolução Francesa, a maçonaria adquiria simpatizantes ao mesmo tempo em que era perseguida.
A ópera mostra a filosofia da iluminação. Algumas árias tornaram-se muito conhecidas, como o dueto de Papageno e Papagena, e as duas árias da Rainha da Noite. A idéia de igualdade da Revolução Francesa transparece na ópera quando, questionado se Tamino, sendo um príncipe, suportaria as duras provas exigidas para entrar no templo, Sarastro responde que ele é "mais que um príncipe, é uma pessoa".
[editar] Personagens
Sarastro, sumo-sacerdote de Ísis e Osíris......baixo A Rainha da Noite..............................soprano Pamina, filha da Rainha da Noite...............soprano Tamino, jovem príncipe.........................tenor Papageno, apanhador de pássaros................barítono Papagena.......................................soprano Monostatos, mouro ao serviço de Sarastro.......tenor bufo Orador.........................................baixo Dois homens armados............................tenor e baixo Dois Sacerdotes................................tenor e baixo Coro dos escravos de Monostatos Coro dos Consagrados
[editar] Sinopse
Há dois casais que se formam na ópera, Papageno-Papagena, simbolizando o lado comum da humanidade, e Tamino-Pamina, simbolizando o iniciado. O contexto é uma luta entre a Rainha da Noite, que ambiciona o poder, e Sarastro, o grande sacerdote que só pratica o bem. Para Sarastro trabalha, porém, o mouro Monostatos, que tenta seduzir Pamina e se alia à Rainha da Noite.
A obra começa com Tamino perdido na floresta, onde encontra Papageno, um homem alegre que aprecia os prazeres da vida e trabalha para a Rainha da Noite. Deste encontro Tamino fica sabendo que Pamina, filha da Rainha da Noite, foi seqüestrada por Sarastro e, apaixonado por sua beleza, decide resgatá-la.
Na seqüência, ambos passam por várias provas antes de poderem se encontrar. Papageno também passa por um tipo de prova antes de encontrar Papagena, e este contraponto cômico do homem comum que se comporta de modo diferente do príncipe diante das adversidades é o lado cômico que faz esta ópera tão popular.
Esta obra está repleta de simbolismo maçônico. É possível encontrar muitas semelhanças com a Suíte Peer Gynt nº 1 de Edvard Grieg. No livro "A filha da noite", a escritora Marion Zimmer Bradley reconta em prosa esta história, em que os apaixonados lutam contra as forças do mal e a Rainha da Noite, Mãe de Pamina, para se purificarem e alcançarem a sabedoria juntos.
Acto I
Cena 1
O príncipe Tamino entra num bosque para se refugiar da perseguição de uma serpente monstruosa. Cai desvanecido e é salvo por três damas. As mulheres ficam maravilhadas com a sua beleza e correm a dar a novidade à sua senhora, a Rainha da Noite. Entretanto, chega Papageno, que se dedica a caçar pássaros para a rainha. Este, mentindo-lhe, faz-se passar pelo seu salvador. As damas ao voltarem, castigarão o mentiroso cerrando-lhe a boca com um cadeado. As damas mostram um retrato da filha da Rainha da Noite. Tamino, ao vê-la, fica apaixonado. Quando a rainha aparece, comovida pelas palavras de amor do príncipe, conta-lhe a história da sua filha: Ela está sequestrada por Sarastro, rei e sacerdote de Isis, e se ele lograr resgatá-la obterá a sua mão. Tamino aceita o desafio. Em troca as três damas dão-lhe, oferta da rainha, uma flauta mágica em ouro, que é capaz de mudar o estado de espírito dos seres vivos que a escutem, e a Papageno um carrilhão mágico por querer acompanhar o príncipe.
Cena 2
Pamina está numa sala guardada por Monostatos, escravo mouro do palácio de Sarastro, que tenta seduzi-la. Nesse momento chega Papageno e ao vê-lo, o escravo sai a gritar com medo do seu aspecto. O caçador de pássaros diz à jovem que a vem resgatar.
Cena 3
Tamino e Papageno dirigem-se para um bosque sagrado, guiado pelos três génios de que lhe falaram as três damas. Nele encontrará três templos: O da Razão, o da Natureza e o da Sabedoria. Terá de tentar entrar neles, será o orador no templo da Sabedoria, quem o informará de que Sarastro governa nos três. Tamino preocupado com Pamina, tocará a flauta. O som atrairá as feras do bosque, que ficam mansas, Pamina e Papageno. Monostatos, que os seguiu, decide capturá-los. Papageno tocará o carrilhão para poder escapar. Aparece Sarastro e Pamina diz-lhe que a sua tristeza se deve ao assédio de Monostatos, razão pela qual este será castigado por Sarastro. O rei pede que Tamino e o seu acompanhante sejam preparados para ser iniciados nos mistérios da sabedoria.
Acto II
Cena 1
Num bosque de palmeiras, Tamino e Papageno reúnem-se para serem iniciados pelos sacerdotes na presencia do rei.
Cena 2
Uma das provas a que ambos são submetidos, é a de guardar silêncio. Ao templo, pela noite, chegam as três damas e dizem-lhes na cara estar ali como acólitos, mas não recebem nenhuma resposta.
Cena 3
Pamina está num jardim. Aparece a Rainha da Noite informando-a que o seu amado se aliou com o inimigo. A jovem apercebe-se que o verdadeiro coração da sua mãe, destila maldade e ódio. Esta dá um punhal à filha exigindo-lhe que mate Sarastro, sob pena de ser rechaçada para sempre por ela. Pamina fica horrorizada. Nesse momento aparece Monostatos que ouviu toda a conversa e tenta fazer chantagem. Não obstante, o diálogo também tinha sido escutado pelo rei, que manda prender o escravo e pede a Pamina, paciência e compreensão, tranquilizando-a.
Cena 4
Tamino e Papageno entram no templo, calados. Aparecem os três génios, que lhes dão a flauta e o carrilhão e pedem-lhes que sigam em silêncio. Ao tocar a flauta aparece Pamina, que ao não obter nenhum tipo de resposta, se crê despachada e deixa-se dominar pela dor.
Cena 5
Os sacerdotes conduzem os iniciados ao interior do templo onde ambos decidem seguir em frente com a sua iniciação.
Cena 6
Papageno está no jardim. Aparece uma anciã que pede para casar-se com ele. Este, com medo de ficar só, aceita. Nesse momento a anciã transforma-se numa linda jovem: Papagena. Não obstante o sacerdote do templo, tira-lha, porque primeiro terá de merecê-la.
Cena 7
Pamina está à beira da loucura e a ponto de se suicidar com o punhal que lhe deu a mãe. Os três gênios intervém e convencem-na a não o fazer e procurar o seu amado. Quando o encontra, ele está a preparar-se para as provas de fogo e água que terá de concluir. Pamina, loucamente enamorada, pede permissão para acompanhá-lo nas provas. Ambos conseguem e são admitidos no templo da Sabedoria.
Cena 8
Papageno está desesperado, perdeu a sua amada e teme ficar sozinho. Quando está determinado a suicidar-se, aparecem os três génios e aconselham-no a usar o carrilhão. Ele fá-lo e surge Papagena. Ambos declaram o seu amor.
Cena 9
A Rainha da Noite, que se juntou a Monostatos tentam dar o golpe definitivo contra os sacerdotes. Serão vencidos no último momento e lançados à noite eterna (Quinteto: Nur stille stille)
Cena Final
Sarastro, a plena luz do dia, proclama o reino da Luz e da Verdade na presença de todos, que se felicitam por tal motivo.