Corpo de Fuzileiros Navais do Brasil
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
O Corpo de Fuzileiros Navais (CFN) é uma unidade da Marinha do Brasil.
Encontra-se presente em todo o território nacional, quer ao longo do litoral, quer nas regiões ribeirinhas da Amazônia e do Pantanal, atuando em tempo de paz na segurança das instalações da Marinha e no auxílio a populações carentes através de ações cívico-sociais desenvolvidas reginalmente pelos Distritos Navais. No exterior, zela pela segurança das embaixadas do Brasil na Argélia, no Paraguai, no Haiti e na Bolívia. Tem participado de todos os conflitos armados da História do Brasil.
Índice |
[editar] História
[editar] Antecedentes: a Brigada Real da Marinha
O CFN é originário da antiga Brigada Real da Marinha, unidade de Soldados Marinheiros criada em Portugal por iniciativa de D. Maria I (1777-1816), em 1797.
A Brigada teve como primeira missão, no Brasil, garantir a segurança da Família Real portuguesa, que desembarcou no Rio de Janeiro em 7 de Março de 1808, fugindo das tropas napoleônicas que invadiram Portugal em fins de 1807.
[editar] O batismo de fogo: a conquista de Caiena
Em represália pela invasão de Portugal, o Príncipe-Regente, D. João ordenou a invasão da Guiana Francesa, cuja capital, Caiena, foi conquistada por forças deste destacamento, a 14 de Janeiro de 1809.
[editar] Campanhas históricas
Posteriormente, a unidade esteve envolvida em diversas campanhas, quer na Guerra da independência do Brasil, quer nos conflitos da bacia do Prata, e na Guerra da Tríplice Aliança. Nesta última, destacou-se em ação na batalha do Riachuelo e na passagem de Humaitá.
[editar] A atuação junto à ONU
O CFN tem se destacado na participação das ações humanitárias promovidas pela ONU em teatros de operação tão diversos como a Bósnia, as Honduras, Moçambique, Ruanda, Angola, Timor Leste, e recentemente, no Haiti.
[editar] O Corpo de Fuzileiros Navais hoje
[editar] Efetivos e missão
Contando nos nossos dias com cerca de 15 mil homens, todos voluntários, profissionais, a sua missão é a de garantir a projeção do poder naval em terra.
No caso brasileiro essa é uma missão complexa, uma vez que o território compreende cerca de 8,5 milhões km², um litoral de mais de 7.400 km com dezenas de ilhas oceânicas, e uma rede hidrográfica navegável de aproximadamente 50.000 km de extensão. Nesta última compreende-se a Amazônia brasileira. Cobrir climas e paisagens naturais tão diversificadas como os pampas do Rio Grande do Sul, o pantanal do Mato Grosso do Sul, a caatinga da região Nordeste e a selva amazônica, exige um treinamento do mais elevado padrão, agilidade e versatilidade. Desta maneira existem unidades treinadas em técnicas de demolição, ações especiais, pára-quedismo, ações nas selvas, na montanha e no gelo, e em ações helitransportadas.
Treinados como "Força de Pronto Emprego", recentemente, com o envio de observadores militares brasileiros, inclusive integrando as Forças de Paz da Organização das Nações Unidas (ONU), os Fuzileiros Navais têm marcado a sua presença em áreas de conflito tão distintas como El Salvador, Bósnia, Angola, Moçambique, Ruanda, Peru, Equador, Timor Leste e, mais recentemente, o Haiti.
[editar] Meios
Para cumprir as suas missões, os Fuzileiros Navais são desembarcados dos navios da Marinha do Brasil, quer utilizando embarcações de desembarque, veículos anfíbios ou helicópteros. Para isso contam com o apoio do fogo naval e/ou aeronaval.
Uma vez em terra, operam os seus próprios meios, que incluem blindados, artilharia de campanha, artilharia antiaérea, engenharia de combate, comunicações e guerra eletrônica.
[editar] Lema
O lema do Corpo de Fuzileiros Navais é "Adsumus", que em latim significa: Aqui estamos!