Consenso
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No consenso existem dois meios comuns. Um é um acordo geral entre os membros de um grupo ou comunidade, o outro é como uma teoria e prática de receber tais acordos. Consenso não é um sistema de votação, mas uma forma que todo o grupo ou comunidade entra na tomada de decisão. O voto consiste em estabelecer um ponto que a maioria concorde, como por exemplo na escolha de uma ou mais pessoas para uma determinada posição de "poder" através de uma eleição onde quem obtiver mais votos vence. Ambos fazem parte do processo construtivo da negociação compartilhando a tomada de decisão com todos (100%) os interessados, porém a decisão por consenso tem a tendência de ser mais construtiva, na qual todas as opiniões são ouvidas, ponderadas, e inclusive as minorias ou partes de menor influência no grupo tem voz para renegociar uma determinada decisão, colocando seus pontos de modo a manter a discussão sobre um determinado assunto até que um consenso se estabeleça. O consenso se refere à liberdade com que uma pessoa trabalha em uma comunidade ou grupo.
- "O consenso leva em conta as preocupações de todos e visa a resolvê-los/aclarar-los antes que a decisão seja tomada. O mais importante, neste processo é incentivar um ambiente em que todos são respeitados e todas as contribuições são avaliadas. O consenso formal é um processo de decisão mais democrático. Grupos que desejam envolver sempre mais voluntários na participação têm a necessidade de utilizar um processo inclusivo. Para atrair e envolver cada vez mais pessoas é importante que o processo incentive a participação, permita o acesso igual ao poder, desenvolva a cooperação e crie um sentido da responsabilidade individual para as ações do grupo. O objetivo do consenso não é a seleção de diversas opções, mas o desenvolvimento de uma decisão que seja a melhor para o grupo como um todo. É em síntese evolução, não competição nem atrito."[1]
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[editar] Consenso versus decisões por votação
O consenso se obtém por meio de diálogo. Fazendo uma analogia matemática, a pessoa A fala 5, enquanto B fala 2. Depois de algum tempo, A fala 4,5, e B fala 2,15. Ao final, A e B decidem que a melhor solução para ambos é 2,80, ambos cedendo um pouco em suas posições.
O consenso é, desta forma, obtido por ambas as partes cederem, concordarem e discordarem, obtendo um resultado final diferente do ponto de partida, com benefícios e perdas comuns a ambas as partes ou até mesmo com a construção de uma nova solução, que incorpore a soma de ambas as posições. As partes buscam os objetivos em comum das propostas, dialogam para defini-los, negociam trocas, tentando manter os melhores pontos e desfazendo-se do que consideram os piores ou menos importantes. Por meio das palavras, as partes descobrem se há consenso ou não. Deve-se então, tomar cuidado para não confundir a busca de um meio-termo com consenso, pois este é um método de tomada de decisões no qual a opinião de todos são escutadas e a solução final não necessariamente é originada de um meio-termo.
É possível que algum conflito de interesses impossibilite a construção de um consenso. Nestes casos, a resolução pode ser feita por meio de uma votação.
A votação é outra metodologia para a tomada de decisões para a de resolução de questões. Isto pode ocorrer em casos nos quais o consenso é impraticável. Geralmente, questões que envolvem gosto pessoal e critérios de formação moral têm maiores dificuldades de obter um consenso, pois alguns detalhes da discussão podem ser considerados inflexíveis.
Assim, a votação é uma maneira de se obter a maioria, e fazer com que a decisão seja aceita conforme regras predeterminadas de comum acordo, mesmo que a parte perdedora não concorde com o resultado após o fim da votação. É diferente da idéia de consenso, no qual todos buscam pontos de comum acordo.
[editar] Exemplos de consenso
Um exemplo de tomadas de decisões por meio de consenso é o existente no modelo Westminster de democracia, posto em prática no Reino Unido. Neste sistema democrático, sem a utilização de votações, as decisões do gabinete são tomadas por ações inclusivas de consenso, isto é, todos os ministros debatem suas posições, e ao final têm que concordar com a ação a ser tomada, e defendê-las publicamente. Em situações excepcionais, caso um ministro não concorde com o rumo da decisão, ele pode renunciar ao cargo, como fez Robin Cook à época da invasão do Iraque, no ano de 2003.