Anfíbio
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- Nota: Para outros significados de Anfíbio, ver Anfíbio (desambiguação).
Anfíbios | ||||||
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Rana lessonae |
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Classificação científica | ||||||
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Sub-classes | ||||||
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Os anfíbios (anfi= duas ; bio= vida) são animais vertebrados, pecilotérmicos que não possuem bolsa amniótica agrupados na classe Amphibia. A característica mais marcante dos seres vivos da classe é o seu ciclo de vida dividido em duas fases: uma aquática e outra terrestre. Estão identificadas cerca de 3000 espécies vivas de amfíbios.
Índice |
[editar] Características gerais
A análise de um ser da classe dos anfíbios exige a divisão de seu ciclo vital, devido a diferenças morfofisiológica entre as fases aquática e terrestre (adulta).
Quando jovens, os anfíbios vivem exclusivamente em ambiente aquático dulcícola, e sua estrutura corpórea é semelhante a de um alevino, realizando respiração branquial. A fase jovem é determinada do nascimento até a metamorfose do anfíbio, que lhe permitirá sair do ambiente aquático e fazer parte do ambiente terrestre.
Já adultos, a dependência da água dos anfíbios jovens é superada, e após a metamorfose estes animais podem deixar a água e viver em habitat terrestre, desde que seja úmido, visto que o anfíbio não possui estruturas que evitem eficientemente a sua desidratação. Apesar de pulmonados, a classe apresenta seres com uma superfície alveolar muito pequena, incapaz de suprir toda a demanda gasosa do animal. Portanto, como complemento à respiração pulmonar, os anfíbios realizam a respiração cutânea (trocas de gases atravéz da pele), e para tanto possuem a pele mucosa, sempre umidecida.
A circulação nos anfíbios é dita fechada (o sangue sempre permanece em vasos) dupla (há o circuito corpóreo e o circuito pulmonar) e incompleta (já que há mistura do sangue venoso e artérial no coração). O coração do anfíbio apresenta apenas três cavidades: 2 átrios, nos quais há chegada de sangue ao coração; e um ventrículo, no qual o sangue é direcionado ao pulmão ou ao corpo do animal.
[editar] Origem evolutiva
Estudos de fósseis sugerem que o grupo teria evoluído a partir dos peixes pulmonados de nadadeira lobada e servido de ancestral para os répteis, além de ser o primeiro vertebrado em habitat terrestre. Em relação aos peixes (seus antecessores) os anfíbios possuem maior independência da água, contudo ainda não representam seres verdadeiramente terrestres, tendo a necessidade de viver em locais úmidos mesmo quando adultos.
Os anfíbios surgiram no Devoniano e foram os primeiros animais terrestres. No Carbónico foram o grupo dominante.
[editar] Classificação
- Sub-classe Labyrinthodontia (extinta)
- Sub-classe Lepospondyli (extinta)
- Sub-classe Lissamphibia
- Ordem Caudata: tetrápodos com cauda e aspecto de lagarto.
- Ordem Anura: corpos curtos sem cauda. São tetrápodos com adaptação para o salto, apresentam metamorfóse completa.
- Ordem Gymnophiona: anfíbios sem patas.
[editar] Reprodução
De modo geral a reprodução dos anfíbios está ligada à água doce, e ocorre sexuadamente por fecundação externa (exceto os Gymnophiona que a realiza internamente), na qual a fêmea libera óvulos (ainda não fecundados) envoltos em uma massa gelatinosa e o macho então lança seus gametas sobre eles para que ocorra a fecundação. Os ovos formados ficarão em ambiente aquático até o nascimento do girino, o que elimina o risco de ressecamento e de intoxicação do embrião por excretas nitrogenadas e ameniza os choques mecânicos e a variação térmica.
Como estão protegidos pela água, os ovos de anfíbios não possuem anexos embrionários adaptativos como a bolsa amniótica, sendo essa uma das características que difere a classe dos outros vertebrados terrestres.