Ségolène Royal
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Marie Ségolène Royal ([segolɛn ʁwajal]) (Dacar, Senegal, 22 de setembro de 1953) é uma política francesa que aparece atualmente como uma das concorrentes às eleições presidenciais daquele país[1]. Royal é membro do Partido Socialista.
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[editar] Biografia
Graduada na ENA e no Institut d'Etudes Politiques de Paris, ela foi juíza (conseiller) de uma corte administrativa antes de se eleger para cargos políticos [2]. Deputada pelo departamento de Deux-Sèvres, Royal foi ministra nos governos Pierre Bérégovoy de 1992 a 1993 e do Governo Lionel Jospin de 1997 a 2002. Em 28 de março de 2004, ela foi eleita (com mais de 55% dos votos) à presidência da região de Poitou-Charentes, notavelmente derrotando a candidata do Primeiro-ministro Jean-Pierre Raffarin, Elizabeth Morin.
Ségolène e o líder socialista François Hollande, com quem tem quatro filhos, são parceiros desde a década de 1970. Os dois mantêm uma relação de acordo com o PACS ("pacto civil de solidaridade") que provém uma união civil entre dois adultos. No passado, ela criou campanhas contra a exposição de crianças de programas de TV violentos, incluindo desenhos animados como Le Ras-le-bol des bébés zappeurs.
Em 22 de setembro de 2005, o jornal francês Paris Match publicou uma entrevista em que ela declarava a sua intenção de concorrer à presidência em 2007. Após o governo francês ter pedido a batalha contra os distúrbios devido ao CPE (contrato do primeiro emprego), ela foi vista como líder oposicionista de Nicolas Sarkozy.
[editar] Eleições presidenciais francesas
Em 7 de abril de 2006, Royal lançou uma campanha eleitoral pela internet no site Désirs d'avenir (desejos do futuro), publicando o primeiro de dez capítulos de seu manifesto político. Apesar de ainda não ser uma candidata a presidente, a campanha — que permite contibuições dos visitantes para completar os capítulos — foi feita com intuito de se produzir um documento a ser lançado em setembro de 2006, dois meses antes das eleições internas dos candidatos do Partido Socialista.
Sua candidatura ainda é incerta até novembro de 2006, quando o Partido anunciará se ela será a candidata. Outros candidatos potenciais são Laurent Fabius, ex-primeiro-ministro, e Dominique Strauss-Kahn, ex-ministro da Fazenda de Lionel Jospin.
Royal fala de assuntos que os políticos de esquerda franceses preferem não comentar como a delinqüencia juvenil que assola a França, que causa certo desconforto em seu próprio partido nos ataques a Sarkozy. Ela também não hesitou em criticar a lei que institui o período de trabalho de 35 horas semanais que Jospin aprovou como lei quando era primeiro-ministro.
[editar] Realizações políticas
[editar] Locais
- Leis de reconhecimento do queijo "chabichou" [3];
- Restauração do Marais Poitevin [4];
- Medidas ambientalistas inclindo o plantio de 10 000 árvores no Marais Poitevin [5];
- Investimento na agricultura local, com as raças parthenaise e a maraîchine [6][7];
[editar] Nacionais
[editar] Meio-ambiente
- Lei sobre o tratamento de reciclagem (La loi sur le traitement et le recyclage des déchets) [8];
- Lei de preservação do campo (La loi sur la reconquête des paysages), seguida de esforços para destinar a venda de 100 áreas locais (operação «Sauvons nos paysages, savourons leurs produits» -- "Salve nosso campo, salve nossos produtos") [9];
- Lei contra a poluição sonora (La loi de lutte contre le bruit) [10].
[editar] Outros
Ségolène também fez reformas na educação como o relançamento das Zonas de Prioridade Educacional (ZEP) e nos assuntos da família como a lei sobre a autoridade dos pais (loi sur l'autorité parentale) e a reforma do direito das mulheres.
[editar] Questões GLBTs
Ségolène Royal é uma das poucas membros do Partido Socialista a adotar uma linha conservadora na aprovação do casamento entre pessoas do mesmo sexo e a adoção por eles. Porém:
- Em 2000, Royal, como Ministra da Família e da Infância, criticou as escolas onde há bullying homofóbico, dizendo, “A escola deve ser um lugar de tolerância, e boas-vindas. Muitos jovens enfrentam as brincadeiras, exclusão social por causa de suas orientações sexuais. Alguns consideram a droga, uma tentativa de suicídio. É hora de nos levantarmos contra a hostilidade contra homossexuais.” Ela mais tarde introduziu um programa educacional em escolas de ensino médio e faculdades em que são discutidos várias questões sobre homossexualismo e homofobia.
- Em junho de 2006, em uma entrevista na revista GLBT Têtu, Royal disse que "aprovar a união entre casais do mesmo sexo é necessária em nome da igualdade, visibilidade e respeito" e disse que se formasse o próximo governo, ela apoiaria uma lei para a aprovação do casamento entre homossexuais e a adoção por eles.
[editar] Carreira ministerial
- 3 de abril de 1992 - 29 de março de 1993, Ministra do Meio-Ambiente
- 4 de junho de 1997 - 27 de março de 2000, Vice-Ministra da Educação (ministre déléguée à l'Enseignement scolaire auprès du ministre de l'Éducation Nationale)
- 27 de março de 2000 - 27 de março de 2001, Vice-Ministra da Família e da Infância (ministre déléguée à la Famille et à l'Enfance auprès de la ministre de l'Emploi et de la Solidarité)
- 28 de março de 2001 - 5 de maio de 2002, Vice-Ministra da Família e da Infância e dos Deficientes Físicos (ministre déléguée à la Famille, à l'Enfance et aux Personnes handicapées auprès de la ministre de l'Emploi et de la Solidarité).
[editar] Carreira política
- 13 de junho de 1988 - 2 de maio de 1992, deputada por Deux-Sèvres
- 2 de abril de 1993 - 21 de abril de 1997, deputada por Deux-Sèvres
- 1 de junho de 1997 -4 de julho de 1997, deputada por Deux-Sèvres
- junho de 2002 - atual, deputada por Deux-Sèvres