Renata de França
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Filha do rei Luís XII e de Ana de Montfort ou Ana da Bretanha, Renée de France ou Renata de França foi irmã de Cláudia de França (1499-1524), esposa do rei Francisco I.
Nasceu em Blois em 25 de outubro de 1510 e morreu em 12 de junho de 1575 no castelo de Montargis. Fi condessa e depois duquesa de Chartres, condessa depois duquesa de Gisors e de Montargis. Noiva de príncipes, inclusive em março de 1515 de Carlos de Austria, o futuro imperador Carlos V, e de Henrique VIII.
Em 28 de junho de 1528 foi casada com Hércules II (Ercole II) de Este-Ferrara (nascido em 4 de abril de 1508 e morto em 3 de outubro de 1558), Duque de Ferrara e de Módena 1534.
Ao lado do marido, tinha das cortes mais brilhantes da Renascença. Foi discípula de Lefèvre d’Etaples, e graças a sua tia Margarida de Angoulême, rainha da Navarra, que havia frequentado em França, recebia em Ferrara nobres e escritores, que a inclinaram para a Reforma protestante: sua governante, Michèle de Soubise, tentou traduzir os salmos em francês; Clément Marot, que celebrou seu casamento e se torna seu secretário, depois do assunto conhecido como affaire des Placards (no verão de 1535) e até mesmo Calvino, que em março de 1536 visitou sua corte e pregou diante dela.
Temendo a intervenção do papa, o marido expulsou de Ferrara Michèle e Valcino, e em 1550 os demais protestantes. Além disso, apelou a seu sobrinho, Henrique II, que lhe enviou o chefe da Inquisição na França, Ory. O qual, em 1554 obteve a condenação e a detenção da duquesam, que renunciou a receber os sacramentos da Igreja. Seus amigos foram expulsos em 1554. Liberada pouco depois, Renata reatou com os heréticos e se correspondia com Calvino. Morto o Duque de Ferrara em 1559, ao qual tinha jurado renunciar à heresia, voltou para a França, para escapar da hostilidade do filho, Afonso II, em 1560. Retirada em Montargis, liberada por Calvino do juramento, apoiou o partido protestante nas guerras de Religião.