Realismo em Portugal
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A partir de 1860, uma reviravolta intelectual portuguesa: o Romantismo está agonizante. Coimbra é a trincheira de jovens revolucionários influênciados pelas idéias de Prudhon, Quinet, Taine, Renan e etc. Em 1861, Antero de Quental funda a Sociedade do Raio; em 1865, Antero edita Odes Modernas. Na Obra de Pinheiro Chagas, Poema da Mocidade(1865), Castilho faz um posfácio onde critica os jovens ds geração de 60 "muito há que eu me pergunto a mim donde proviria esta enfermidade que hoje grassa por tantos espíritos, de que até alguns dos mais robustos adoecem, que faz com que a literatura e em particular a poesia ande marasmada,com fastio de morte á verdade e a simplicidade..."
Com resposta, Antero publica uma carta aberta a Castilho, denominada "Bom-senso e Bom gosto", onde rebate as crítica do mestre romântico ("Levanto-me quando os cabelos brancos de V.Ex a passam diante de mim. Mas o travesso o cérebro que está debaixo e as garridas e pequininas cousas que saem dele confesso não meredcerem, nem admiração, nem respeito, nem ainda estima.A futilidade num velho desgosta-me tanto com a gravidade numa criança V.Ex a precisa menos cinqüenta anos de idade, ou então mais cinqüenta de reflexão."). Estava iniciada a Questão Coimbrã ou Bom senso e Bom gosto. Essa querela entre antigos e novos vai até o ano 1871, quando acontecem as Conferência do Cassino Lisbonense, onde, entre outras coisas, apregoa-se uma reforma, uma tranformação política, econômica, social e religiosa da sociedade portuguesa. Até que em 1875 Eça de Queirós lança O Crime do Padre Amaro, primeira obra de ficção realista em Portugal.