Raul Pederneiras
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Raul Paranhos Pederneiras (Rio de Janeiro, 1874 - Rio de Janeiro, 1953) foi um caricaturista, pintor, ilustrador, professor, teatrólogo, compositor e escritor brasileiro.
[editar] Vida e obra
Raul Paranhos Pederneiras, ou simplesmente Raul, iniciou sua carreira em 1898, no diário O Mercúrio, jornal impresso em cores que circulou no Rio de Janeiro de fins do oitocentos -, e, durante toda vida, manteve uma extensa e assídua participação em diversos periódicos cariocas, como a Revista da Semana, O Tagarela, D. Quixote, Fon-Fon, O Malho e o Jornal do Brasil.
Juntamente com J. Carlos e Kalixto integrou o tríade mais famosa de caricaturistas fluminenses da República Velha. Como pintor, sua técnica preferida foi a aquarela, na qual era exímio. Embora tenha figurado em diversas exposições gerais de Belas Artes, realizou apenas uma mostra individual, em 1926, no Liceu de Artes e Ofícios do Rio de Janeiro.
Figura polivalente, Raul foi ainda professor de Anatomia e Fisiologia Artística na Escola Nacional de Belas Artes, entre 1918 e 1938; professor de Direito Internacional na Faculdade de Direito da antiga Universidade do Brasil, de 1938 até a sua aposentadoria; teatrólogo e autor de várias revistas, que dividiu com nomes famosos da cena brasileira, como Luiz Peixoto e Aporelli; e compositor de cançonetas e de uma opereta. Deixou publicações como o curioso livro Gerinçonça Carioca: Verbete para um dicionário de gíria, e alguns volumes com versos humorísticos: Com licença (1898), Versos (1900) e Musa travessa (1936).