Osvaldo Aranha
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Osvaldo Euclides de Sousa Aranha (Alegrete, Rio Grande do Sul 15 de fevereiro de 1894 — Rio de Janeiro, 27 de janeiro de 1960) foi um político e diplomata brasileiro.
Cursou, no Rio de Janeiro, o Colégio Militar e a Faculdade de Ciências Jurídicas e Sociais. Também estudou em Paris antes de advogar em seu estado natal e de ingressar na política.
Em 1923, quando explodiu a luta fraticida entre "chimangos" (aliados de Borges de Medeiros - presidente da província e "maragatos" (opositores à sua quinta reeleição), lutou a favor do governo.
Em 1925, foi intendente de Alegrete. Então, introduziu muitas modernizações, como, por exemplo, a excelente rede de esgotos da cidade. Com sua peculiar diplomacia, conseguiu a paz entre as famílias separadas pelos conflitos políticos de 1923.
Dois anos mais tarde era eleito deputado federal. Em 1928, tornou-se secretário do Interior, onde dedicou grande esforço para obras educacionais.
Foi amigo e aliado de Getúlio Vargas e, ao seu lado ,participou da Revolução de 1930. Em vista da vitória do movimento, Osvaldo Aranha negocia com a Junta Militar, no Rio de Janeiro, a entrega do governo a Vargas. Nesta época, foi empossado governador do Rio Grande do Sul, durante 18 dias em outubro daquele ano, cargo que não exerceu de fato. Posteriormente, foi nomeado Ministro da Justiça e, em 1931, ministro da Fazenda. Neste cargo, promoveu o levantamento de empréstimos que os Estados e municípios haviam contraído no estrangeiro, no período anterior a 1930, tendo em vista a consolidação global da dívida externa brasileira. Exerceu o cargo até 1934, quando partiu para Washington para ser embaixador do Brasil nos EUA.
Em março de 1938 assumiu o ministério das Relações Exteriores, mostrando-se adepto da política da boa vizinhança de Roosevelt, de quem foi íntimo amigo e conselheiro. Sob sua direção, o Itamarati sofreu grandes reformas administrativas. Em boa parte, é também a Osvaldo Aranha que se deve o ingresso do Brasil na II Guerra Mundial.
Em 1947, como chefe das comissão preside a primeira Sessão Especial da Assembléia Geral da ONU onde com o primeiro voto de minerva obtem a aprovação do plano de partilha dos territorios da Palestina para a criação do Estado de Israel, com ele começou uma tradição, que permanece até hoje, de que o primeiro orador, neste forum maior internacional, é sempre um brasileiro.
Em 1953, no segundo governo Vargas, voltou a ocupar a pasta da Fazenda e introduziu modificações no sistema cambial do país. Com a morte de Vargas, Osvaldo Aranha se retira do governo e passa a dar atenção aos seus negócios pessoais e à advocacia. No governo Juscelino Kubitschek, retorna à ONU, à frente da delegação brasileira.
Precedido por: Getúlio Vargas |
Governador do Rio Grande do Sul 1930 |
Sucedido por: Sinval Saldanha |
[editar] Ligações externas
- Aranha (United Nations Website)
- Cover of the TIME Magazine Jan, 19 1942:
- Artigo no site da FGV
- Página do Ministério das Relações Exteriores (MRE)