NÓS-Unidade Popular
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NÓS-Unidade Popular | |
Partido político | Nós-Unidade Popular |
Ano fundação | 2001 |
Ideologia | Socialismo e independentismo galego |
Âmbito | Galiza |
Sede nacional | Rua Quiroga Palacios, 42-Baixo. Santiago de Compostela |
Líder | Carlos Morais |
Web do partido | www.nosgaliza.org |
Nós-Unidade Popular é uma organização política galega, de filiação individual, que admite a dupla militância e se posiciona nos parâmetros da esquerda independentista, revolucionária, antipatriarcal e defensora do galego como língua nacional da Galiza, defendendo a unidade linguística galego-portuguesa (reintegracionismo).
Formou-se em 2001 pela união de organizações independentistas de carácter comarcal, incluindo militantes da organização comunista Primeira Linha. Actualmente carece de representação institucional. A sua Assembleia fundacional (2001) teve lugar em Santiago de Compostela, capital da Galiza, a segunda (2003) foi na Corunha e a terceira (2005) em Ferrol. Publica a revista política Voz Própria, de carácter quadrimestral.
No ano 2004 apresentou-se às eleições ao Parlamento Europeu, e obteve 1.331 votos na Galiza (0,12%) (2.516 votos em todo o estado) e nas eleições autonómicas de 2005 obteve 1.749 votos (0,12%).
Dentre as suas campanhas, destacam as que periodicamente reivindicam a autodeterminação nacional da Galiza, a integridade territorial do país (incluídas as comarcas não reconhecidas pelo actual Estatuto de Autonomia da Galiza), a eliminaçom da simbologia franquista e a memória dos milhares de vítimas da ditadura na Galiza, além das de carácter sociolaboral. A sua filiação participa activamente nos principais movimentos sociais galegos (feminista, sindical, cultural, etc).
[editar] Assembleias Nacionais
A chamada Assembleia Nacional Constituinte decorreu em Santiago de Compostela nos dias 2 e 3 de Junho de 2001, sob o mote "Construindo o novo independentismo", e nela reconheceu-se "a enorme experiência acumulada em todos e cada um dos intentos de construir umha alternativa revolucionária para a Galiza" e a necessidade de construir "força social para a libertação nacional", identificando explicitamente o independentismo galego como "um projecto e esquerda". Definiu-se ainda a admissão da dupla militância e o respeito pela pluralidade interna como valor a promover e defender na construção do novo independentismo galego.
A II Assembleia Nacional teve lugar na cidade da Corunha, nos dias 21 e 22 de Junho de 2003, e foi convocada sob a palavra-de-ordem "Um futuro independentista para a Galiza". Nela definiu-se com precisão o objectivo da "libertação nacional e social de género" como identidade de NÓS-UP, bem como os âmbitos concretos em que alargar a presença e o trabalho da organização, tais como os locais sociais em defesa da cultura e língua da Galiza, o âmbito feminista, a comunicação social (promoção e lançamento de meios próprios), o trabalho sindical e o ambiental.
A III Assembleia Nacional de NÓS-Unidade Popular reuniu em Ferrol a 2 e 3 de Julho de 2005, ficando marcada pelo abandono do sector ligado à entidade juvenil Assembleia da Mocidade Independentista. Definiu-se a oposição ao autonomismo, situando a necessidade de constituir um amplo espaço social autodeterminista para fazer face às pretensões oficiais de reformar o Estatuto de Autonomia da Galiza sem incluir qualquer referência aos direitos nacionais da Galiza. O posicionamento contrário à Constituição europeia e em defesa dos direitos linguísticos completaram os debates da por enquanto última Assembleia Nacional de NÓS-UP.
Na etapa actual, NÓS-Unidade Popular trabalha junto a outros sectores da esquerda nacional galega na articulação desse espaço autodeterminista, em torno das chamadas Bases Democráticas Galegas.