Leôncio
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Leôncio (em grego: Λεόντιος), (falecido em 705), foi imperador de Bizâncio de 695 a 698. O seu nome verdadeiro e oficial era Leão (Λέων, Leōn), mas é referido pelo nome que lhe foi atribuído nas crónicas bizantinas.
Leôncio nasceu na Isáuria e era um general de sucesso no exército bizantino; o imperador Constantino IV nomeou-o strategos do theme Anatólico, e foi Leôncio que Justiniano II escolheu para repelir os Árabes na Geórgia e na Arménia em 686. Recorrendo a tácticas cruéis mesmo para os padrões da época, Leôncio não só repeliu os Árabes como invadiu o Azerbeijão e a Albânia no Cáucaso. Deveu-se à actuação de Leôncio o facto de o califa Abd al-Malik renovar o tratado de paz com Bizâncio, oferecendo termos generosos. Leôncio foi posto a ferros por Justinano II depois de ter sido derrotado pelos Árabes na batalha de Sebastópolis em 693, quando um grande contingente de tropas eslavas desertou, mudando o destino do combate.
Durante a prisão de Leôncio a guerra contra os Árabes recrudesceu, contra os objectivos de Justiniano. Por isso libertou Leôncio e pô-lo no comando do themes Heládico, mas Leôncio organizou imediatamente uma revolta contra o imperador. Com o auxílio da facção dos Azuis, do patriarca Calínico I e da sua própria fama como militar, Leôncio rapidamente triunfou e depôs Justiniano, exilando-o em Quérson na Crimeia (depois de ter mandado cortar-lhe o nariz).
Durante o seu impopular reinado, Leôncio evitou qualquer actividade militar, tentando reoganizar o império; esta inactividade e a postura defensiva levaram a que Abd al-Malik enviasse uma expedição para tomar Cartago, que caiu em 697. Leôncio enviou então o almirante João o Patrício para reconquistar Cartago; embora tivesse conseguido conquistar o porto e a maior parte da cidade, reforços árabes repeliram as suas forças até Creta. Receosos do castigo que Leôncio lhes infligiria, os soldados revoltaram-se contra João e aclamaram Tibério Apsimar, o drungário dos Cibireotas, e declararam-se contra Leôncio em 698; tiveram êxito em tomar Constantinopla uma vez que a cidade varrida pela peste lhes abriu as portas. O imperador foi deposto, mutilado por Tibério III, e aprisionado no mosteiro de Psamátion em Constantinopla. Leôncio veio a ser exibido pelas ruas da cidade e executado quando Justiniano II foi restaurado em 705.
[editar] Referência
- The Oxford Dictionary of Byzantium, Oxford University Press, 1991.
[editar] Ligações externas
- "Leôncio (695-98 d.C.)" -(de De Imperatoribus Romanis, "Enciclopédia On-line dos Imperadores Romanos")