Hípias
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Hípias foi um tirano da antiga Atenas que governou entre 527 e 510 a.C.. Era o filho mais velho de Pisístrato, responsável pela introdução da tirania em Atenas, a quem sucedeu depois da sua morte.
Hípias teria cerca de 40 anos quando assumiu o poder. Continua a política de engradecimento da pólis ateniense, iniciada pelo pai. Teria sido durante o seu governou que se cunhou a famosa moeda ateniense com uma coruja (ou alternativamente nos últimos anos do governo do pai). O seu irmão mais novo, Hiparco, com o qual teria governado, trouxe para a cidade Simónides e Anacreonte, grande poetas daquele tempo. Hiparco foi assassinado em 514 a.C. por Harmódio e Aristogíton, os "Tiranicidas". Hípias, que até então tinha governado de forma moderada, integrando aristocratas de todas as facções no arcontado, passou a adoptar uma série de medidas impopulares. Entre estas encontrava-se o aumento dos impostos, necessário para financiar o pagamento dos mercenários contratados para o defender de revoltas.
A família dos Alcmeónidas, exilada desde 514 a.C., procura derrubar Hípias, fundando na Ática uma fortaleza, a partir da qual lançam um ataque que se revelou um fracasso.
O fim da carreira de Hípias como tirano chegou quatro anos depois, em 510 a.C., quando o rei espartano Cleómenes ataca Hípias em Atenas. Graças à ajuda de atenienses hostis à tirania, Cleómenes cerca Hípias e os seus partidários na Acrópole. Hípias decide então abdicar, abandonando a cidade. Os Alcmeónidas regressam do exílio e o povo de Atenas integra no governo um dos seus membros, Clístenes.
Hípias refugiou-se primeiro junto do governador persa de Sardes e mais tarde na corte de Dario I. Em 490 a.C. acompanhou a expedição persa que atacou os gregos em Maratona. Os Persas foram derrotados na batalha que ali teve lugar. Hípias teria falecido no regresso à corte persa.