Guarda de Ferro
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Os organismos-base do Movimento Legionário conhecido como Guarda de Ferro, integram a totalidade da comunidade popular romena, sendo a juventude a medula da organização.
Fratzii de Cruce (As Irmandades da Cruz) - esta era a seção que agrupava aos estudantes secundários entre os quatorze e os vinte anos. Estes estavam unidos por um "Juramento de Sangue", baixo a mística guerreira dos cruzados medievais.
Campos de Trabalho - Parte importante da doutrina legionária é a transformação da nação, material e espiritualmente. A Romênia Legionária de Codreanu tinha que ser conquistada pelo esforço voluntário de todo o movimento. O trabalho voluntário tencionava, por meio da fatiga e do sacrifício comunitário, a unificar a todos os romenos em uma mesma fé, em um mesmo empenho nacional e socialista.
Batalhão do Comércio Legionário - Um conceito revolucionário da economia, contribuiu-lhe o Movimento Legionário através de seu próprio comércio, liberando-o da sujeição ao interesse e ao dinheiro. A competência comercial do Movimento foi orientada a desestabilizar o sistema econômico burguês e o espírito de lucro desmedido, criado pela influência usurária hebréia. Lojas e refeitórios populares deram conta do espírito revolucionário da Legião.
Esquadrões da Morte (Seção Motza e Marin) - Como todo movimento, tem seu núcleo de seleção para aqueles que decidiram viver o ideal até a morte. Esta seção tinha o nome dos mártires Motza e Marin, caídos na Espanha em 13 de Janeiro de 1937, lutando contra o comunismo. Esta seção, cujos membros representavam a vanguarda da Legião, percorriam o país inteiro testemunhando somente com sua presença a força de sua militância. Reprimidos uma e outra vez, visitaram todos os presídios romenos e o caminho do martírio. O contínuo sofrimento legionário é demonstrado na cruz, centro da história da Guarda de Ferro. Não em vão o distintivo da Legião (seis barras cruzadas) simbolizam ao mesmo tempo a cruz de Cristo e as grades da prisão.
As distintas seções do Movimento tinham uma estrutura básica chamada cuib, que se traduz como ninho. O ninho, mais que uma célula, é uma família. Codreanu a definia como uma "escola onde entra um homem e sairá um herói". O cuib é uma unidade de ação e de trabalho, de formação e de prece. O ninho é um grupo de homens ao mando de um só. A profunda irmandade surgiu ao calor dos ninhos, Codreanu formou uma dimensão superior da existência de toda uma geração romena, empenhada no trabalho, no sofrimento e no amor, como sendas da formação de um "novo homem", cujo destino seria a transformação da pátria e do mundo baixo dois tipos de combate: o interno ou supratemporal e o externo ou temporal.
CODREANU acrescentou à estrutura formal da Legião seis leis fundamentais, que são as seguintes:
I - A LEI DA DISCIPLINA: Sê legionário disciplinado, que só deste modo sairás vitorioso. Segue ao teu chefe na boa como na má fortuna.
II - A LEI DO TRABALHO: Trabalha. Trabalha cada dia. Trabalha com amor. Que a recompensa do trabalho não seja a ganância e sim a satisfação de ter posto um tijolo para glória da Legião e do florescimento da pátria.
III - A LEI DO SILÊNCIO: Fala pouco. Fala quando seja necessário. Quanto seja necessário. Tua oratória é a oratória da ação. Tua obra, deixa que sejam os outros que a comentem.
IV - A LEI DA EDUCAÇÃO: Deves converter-te em outro. Em herói. Faz tua escola toda no cuib. Conhece bem a Legião.
V - A LEI DA AJUDA RECÍPROCA: Ajuda ao irmão a quem tenha ocorrido uma desgraça. Não o abandones.
VI - A LEI DA HONRA: Caminha somente pela via da honra. Luta e nunca sejas vil. Deixa aos outros as vias da infâmia. Antes que vencer por meio de uma infâmia, melhor cair lutando sobre o caminho da honra.
O exemplo de Codreanu representa uma alternativa intemporal frente às circunstâncias dos povos, como permanência de valores imutáveis a cujas constantes devemos acudir continuamente, como ante uma presença viva das forças do alto, forças vivificantes e luminosas, para constituir nossa alternativa própria e nacionalista.
A similitude da Guarda de Ferro enquanto movimento de caráter cristão, tem muito em comum com o tradicionalismo espanhol, encarnado no requeté, combatente da guerra civil; com o movimento Rexista belga de León Degrelle, derivação da ação católica em direção ao Nacional-Socialismo nas S.S. Européias, e com o catolicismo combatente mexicano, personificado no cristero ou "soldado de Deus", e com o sinarquista, soldado cívico de Cristo, militante da União Nacional Sinarquista (U.N.S.), verdadeiro exército popular contra o socialismo marxista na década dos anos quarenta no México.
Se bem a Guarda de Ferro ultrapassa a todos eles pela profundidade e perfeição doutrinária, não é, não obstante pela unidade que guarda com a fé cristã, eixo de seu ideal político, e sim pelo profundo sentido revolucionário e nacional, que soube conquistar a enorme massa popular romena, pois o perfeito desdobramento do caráter mesmo da Legião assim o atesta.
Isto, o desdobrar a presença espiritual de um movimento comprometido em renovar a face de todo um povo, é o caráter que permitiu à Guarda de Ferro superar, em muito, os nacionalismos católicos de hoje, os quais, por degradação e por terem se contaminado pelas idéias dissolventes do modernismo, têm-se convertido em autênticos bastiões do sistema econômico liberal e da internacional do dinheiro, os quais, sob pretexto de defender a sociedade e a ordem, na realidade defendem os velhos postulados liberal-burgueses do egoísmo e do materialismo.