Dóricos
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Os dóricos foram uma das quatro etnias — juntamente com os aqueus, os eólios e os jônicos — que formaram o povo grego. Os relatos tradicionais colocam a sua origem no norte e nordeste da Grécia, na antiga Macedônia e Épiro, mas circunstâncias posteriores fizeram-nos deslocar-se ao sul e estabelecer-se na Ática e no Peloponeso, em certas ilhas do mar Egeu e na costa da Anatólia. Em 1150 a.C., os dóricos começaram a invadir o Peloponeso, Creta e outros locais no mar Mediterrâneo, levando ao fim da civilização micénica da Idade do Bronze. Entre as cidades do Peloponeso invadidas pelos dórios contam-se Corinto, Olímpia, Esparta e Micenas. Muitos arqueólogos atribuem a destruição de Micenas, cidade fundamental no estado micénico, às invasões dóricas.
Embora a maioria dos invasores dóricos tenham se fixado no Peloponeso, também fixaram-se em Rodes e na Ásia Menor, onde mais tarde iria nascer a hexápole dórica (confederação de seis cidades dóricas): Halicarnasso, Cós, Cnido, Lindos, Camiros e Jalisos. Estas seis cidades tornar-se-iam mais tarde rivais das cidades jônicas da Ásia Menor. Os dóricos também invadiram Creta.
A invasão dórica foi em parte responsável pela Idade Grega das Trevas que se seguiu. Não existem registos escritos; a migração dórica está documentada apenas pelo mudo registo arqueológico: o incêndio e destruição generalizado de sítios da Idade do Bronze quer em Creta, quer no continente grego, muitos dos quais foram reduzidos a aldeias ou abandonados, e a introdução do trabalho do ferro, puseram fim à Idade do Bronze no Egeu.