Condestável
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Etimologicamente, Condestável parece advir de condestabre, que por sua vez deriva de um cargo palatino do império romano, comes stabuli, que correspondia ao que depois se chamou estribeiro-mor, o superintendente nas cavalariças, mas que se tornara um importante cargo militar. Pertencia-lhe o comando da vanguarda do exército se não estivesse algum senhor de maior categoria, porque a hoste era constituída por soldados dos grandes senhores, e o condestável era sobretudo um técnico, que podia não ser de grande importância social.
Em Portugal a palavra foi também usada, até ao século XVIII, num sentido diferente do de condestável do reino. A bordo de cada navio de guerra, havia pelo menos um condestável ou mais, já que existem referências à posição condestável-mor. O condestável do Reino substituiu o alferes-mor e as funções aproximavam-se das que modernamente tem o chefe do estado-maior e das dos mestres-de-campo-generais dos séculos XVI e XVII.
D. João I deu-o a Nuno Álvares Pereira mantendo-se a partir daí em fidalgos da primeira nobreza, alguns de sangue real. Tornou-se depois em cargo honorífico na família dos duques de Cadaval, onde se manteve até 1834. Ao acto de aclamação real assistiu durante muito tempo o condestável, empunhando o estoque, o que representa uma reminiscência da obrigação que competia ao alferes-mor de manter os desafios em nome do rei.