Casa de Orange-Nassau
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
A Casa de Orange-Nassau (em neerlandês Oranje-Nassau) desempenhou um papel central na vida política dos Países Baixos desde Guilherme I de Orange (também cognominado de "Guilherme, o Taciturno" e "Pai da Pátria"), que liderou a revolta neerlandesa contra a jurisdição espanhola.
[editar] Históricamente
Os Nassau saíram do que hoje é a Suíça. Teriam-se estabelecido na região do médio Reno, entre os vales do Meno, do Lahn e do Sieg, na segunda metade do século VIII. Pretendeu-se também que o ancestral fundador seria um nobre romano que acompanhava Júlio César na Campanha da Gália. No século XII um certo Dedo, ou Dudo, ou Ulrique, Henrique) (que teria morrido em 1117 ou 1124) era Conde de Idstein, Conde de Laurenburg em 1093, no século XII chamados Condes de Nassau. Dizia-se filho de Drutwin ou Trutwin, senhor de Lipporn. Há divergência quanto ao casamento: há historiadores que o dizem casado com Irmgarda, filha de Luís II, Conde de Arnstein, tendo dois filhos; outros, casado com Anastácia, filha de Luís II, Conde de Arnstein. Dele descendem os condes de Lauemburgo, que tinham castelo na ribeira do Lahn, vizinhanças de Limburgo. No século XII construíram outra cidade, Nassau, na margem esquerda do rio, terras reivindicadas também pelo Bispo de Worms. A disputa só se resolveu quando os Lauemburgo foram transferidos para a jurisdição do arcebispo de Trier, ou Trèves, em francês, que lhes concedeu a posse do novo castelo onde se instalaram doravante os chefes da família.
[editar] Henrique II
Henrique II (1180 ou 1190-1254) apelidado o Rico, co-Conde de Nassau 1198-1239, Conde de Nassau-Wiesbaden 1239-1249, quando abdicou, mandou construir o castelo de Dillenburgo, à beira do rio Dill, afluente do Lahn (hoje em Hessen, na atual Alemanha). Dillenburgo se tornou a sede da dinastia. Ali nasceriam o mais ilustre deles, Guilherme o Silencioso, ou o Taciturno, e o Nassau brasileiro. Casou em 1221 com Matilde da Guéldria (morta em 1288) filha de Oto II, Conde da Guéldria e de Zutphen. Dividiu as terras entre os filhos. Seus descendentes bifurcaram-se no ramo walramiano, que herdou as terras ao sul do Lahn, e no ramo otoniano, que herdou a área ao norte do Lahn, inclusive Siegen e Dillenburgo. Em 12 de dezembro de 1255 seu descendente Walram fundou a linha Nassau-Weilburgo (de onde sairá Adolfo de Nassau, eleito no século XIII Imperador contra um candidato Habsburgo), seu outro descendente Oto I de Nassau fundou a Linha Nassau-Dillenburgo.
No final da Guerra dos Oitenta Anos, levou à independência dos Países Baixos.
Apesar de os Países Baixos terem optado pelo regime republicano, o comando do país continuou nas mãos dos Orange-Nassau na função de Stadholder, cargo que no século XVIII tornou hereditário para a Casa de Orange-Nassau até serem derrubados pela onda revolucionária que varreu a Europa após a Revolução Francesa.
Com a restauração em 1813 o Príncipe Guilherme VI de Orange-Nassau tornou-se Príncipe Soberano dos Países Baixos e em 1815 Rei dos Países Baixos.
A dinastia de Orange-Nassau continua até hoje no poder.