Biota Ediacarana
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Em Paleontologia, chama-se Biota Ediacarana a um grupo de fósseis encontrados nas Colinas Ediacara, no sul da Austrália, e em outros lugares, que parecem representar os primeiros organismos multicelulares, inclusive verdadeiros animais. Esses fósseis datam de cerca de 565 a 543 milhões de anos atrás, durante o período Ediacarano da era Neoproterozóica do éon Proterozóico, na escala de tempo geológico, precedendo em cerca de 20 milhões de anos a Explosão Cambriana que deu origem à diversificação das formas multicelulares.
Como até recentemente o nome do período Ediacarano era Vendiano, também se usa a denominação Biota Vendiana. E ainda, como boa parte dos seres em questão parecem ser animais primitivos, são também comuns os termos Fauna Ediacarana e Fauna Vendiana. No entanto, como a classificação desses seres é incerta, biota é um termo mais apropriado do que fauna para designar seu conjunto.
Os fósseis ediacaranos foram incialmente achados na Formação Fermeuse da Península Avalon na Terra Nova, dentre os quais Billings em 1872 descreveu a espécie Aspidella terranovica. Um segundo conjunto de fósseis com as mesmas características foi descoberto na Namíbia, por Gürich em 1933. Finalmente, a formação australiana foi descoberta por Reginald Sprigg em Março de 1946. A partir daí, foram encontradas formações semelhantes em quase todos os continentes.
Não está muito claro que tipo de seres eram aqueles. Os fósseis ediacaranos podem ter sido organismos marinhos multicelulares, com formas variadas – ovulares, frondosos ou fusiformes. Alguns fazem lembrar celenterados, outros vermes e ainda outros parecem antepassados sem carapaça dos artrópodes. Já foram considerados algas, líquenes, "protozoários gigantes" e até como formas de vida que não cabem nos reinos atualmente aceitos. Já se propôs para eles, inclusive, um novo filo (Vendobionte), que teria sido extinto durante aquele conturbado período da vida da Terra.